O horror e a demagogia de Sérgio Sousa Pinto

Não percebo como tanta gente anda tão incomodada com a entrada de Sampaio da Nóvoa na corrida presidencial. Principalmente quando a esmagadora maioria destas pessoas parece não ter dúvidas que o reitor não tem a mínima hipótese. Se ele é tão irrelevante como tanta gente diz, porquê tantos holofotes e enxovalho? Não se percebe.

O que também não se percebe é a violência da reacção do socialista Sérgio Sousa Pinto. Segundo o DN, o deputado foi arrasador com o candidato a Belém:

Não lhe basta a sublime virgindade de, em 60 anos, nunca se ter metido com partidos, de que fugiu como do tifo. Também parece que agradece a Deus a graça de ser pobre. Antes do partido dos mujiques que do movimento do Mujica. Assistimos com horror à demagogia venezuelana do PODEMOS e o fenómeno político latino-americano apareceu-nos pela porta traseira. Esta não é a minha esquerda

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Ironias fiscais e desculpas esfarrapadas

evasão fiscal

Corria o ano de 2005 e Rudolfo Rebelo, à data jornalista do DN e hoje assessor económico de Pedro Passos Coelho, denunciava em primeira mão o incumprimento fiscal de Paulo Macedo, à data Director-Geral dos Impostos, hoje Ministro da Saúde. Perante a acusação, Macedo escudou-se por trás de uma das desculpas esfarrapadas que o primeiro-ministro usou no início desta polémica, alegando não ter sido notificado.

É irónico que o director-geral de Impostos entre em incumprimento fiscal e alegue a ausência de notificação para justificar a situação. Igualmente irónico é o facto de Passos Coelho ter hoje um assessor que denunciou uma situação muito semelhante àquela que agora coloca o primeiro-ministro em xeque. Mais irónico ainda é saber que, não contente com as justificações de Paulo Macedo, Rudolfo Rebelo citava, em artigo publicado no DN à data, um especialista em direito fiscal que afirmava que “os contribuintes, pelo facto de não receberem o aviso não têm desobrigação fiscal de pagar” e, indo ainda mais longe, referia também que “um diretor de impostos tem especiais responsabilidades e tem de permanecer acima de toda e qualquer suspeita”. O mesmo se aplica, claro, a um primeiro-ministro. Imagino o tormento de Rudolfo Rebelo quando confrontado com o calote passista.

É caso para perguntar: onde estava este senhor enquanto o primeiro-ministro se ia enterrando, declaração esfarrapada após declaração esfarrapada? Tanta trapalhada que poderia ter sido evitada pelo assessor Rudolfo…

Meet António Albuquerque

Uma história com insultos, ameaças e um marido de uma ministra pronto para partir cabeças.

Pedro Marques Lopes trucida o cherne no DN

Durão Barroso saiu mal de Portugal e deixou a União Europeia ainda pior. É um político que entra sempre pela porta grande e sai sempre por uma muito pequena. O seu mandato só não fica para a história como um terrível fracasso porque nem para a história fica.

Turismo

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Hoje estive em Lisboa e por acaso assisti à partida dos ditos cruzeiros.

Nos últimos tempos é a segunda vez que vou a Lisboa e encontro uma cidade repleta de turistas. Como diria o Herman, “resmas” e “paletes” deles. No Porto, como bem sabe quem por cá anda, o cenário é idêntico (obviamente que em menor número, são realidades distintas).

Até que enfim!

Sócrates não se irritou na RTP: apenas foi igual a si mesmo

No DN lê-se

Sócrates irrita-se: “Não vinha preparado para isto”
No seu habitual espaço de comentário, transformado numa entrevista sobre a sua governação, o ex-primeiro-ministro foi confrontado com afirmações que fez em 2010 e 2011. E a actualidade quase que ficou para segundo plano.

Aproveitei para ver o programa em causa e tenho que concluir que a peça do DN não passa de fogo de artifício. Sócrates foi igual ao que costuma ser, não tenho visto nada que justificasse o título.

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O Especialista

Rainbow FrogEspecialista em rapacidade disserta em modo gagá sobre delinquência.

A demissão de Gaspar segundo o DN

Que muitas das suas intervenções eram difíceis de entender, já se sabia. Que algumas das suas decisões eram estranhas, idem. Agora, o DN foi mais longe e publicou a carta de demissão de Gaspar em “gasparês”. Não havia necessidade….Por falar nisso, o CAA teve razão antes do tempo. Só para recordar os mais desatentos.

 

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Assim se perde o respeito por um jornal (2)

A dança dos jornalistas que alegremente passeiam entre as redacções e as assessorias dos gabinetes não é de agora. Mas continua, apesar das promessas de mudança. Desde que me lembro, o DN sempre esteve colado ao poder e esta OPA à respectiva redacção não surpreende – mas não deixa de ser outra machadada na credibilidade do jornal.

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(clicar na imagem para ler o artigo; os destaques são da minha responsabilidade)

Câncio Sobre Passos Coelho

«Não há como negar: temos o primeiro-ministro mais aldrabão, incompetente, irresponsável e perigoso de sempre (desde que há eleições livres, bem entendido).» Em geral, a opinião de Fernanda Câncio não vale a ponta de um corno. Passe o eufemismo, um monte de merda a pronunciar-se acerca de um monte de lixo deixar-nos-á invariavelmente na dúvida quanto à pureza de intenções do monte de merda, pelo menos. Conhecida por distorcer e maleabilizar os factos, os pressupostos, as preposições argumentativas, até ao limite dos seus interesses facciosos e pontos de vista do mais tendencioso e venenoso que a imprensa nacional já conheceu, o que tem passado basicamente por suportar o socratismo, todos os seus refinados roubos, desvarios e excessos, Câncio não serve para mais nada. Especializou-se em aputalhar e debochar o debate tanto pelo que omite quanto pelos alvos que privilegia: está tudo bem com a Segurança Social Portuguesa? Bagão Félix é assim tão insuspeito? Passos é um superlativo aldrabão? Até poderia ser verdade. Tudo. Mas há um problema. Se e quando é Câncio quem o afirma, a força performativa da afirmação inverte-se. Aquele que Câncio execra ou detrai só pode ser um santo.

Ponto de partida

O DN coloca, diariamente, uma frase no topo da primeira página, num tamanho de letra mínimo. O Público, por seu turno, seleciona também uma frase por dia (Escrito na Pedra) que, ao invés, vem na última página. Tanto num caso como no outro, as frases devem passar despercebidas a muita gente, atraída pelas letras gordas e a negrito. A minha leitura começa, justamente, por lá, pelo que é mais pequenino e quase não se vê (típico das mulheres!).

Hoje, no DN, da escritora e filósofa Simone de Beauvoir (mulher de Sartre), uma frase curta mas muito rica em sentidos. Partilho com os leitores do Aventar:

Nós, para os outros, apenas criamos pontos de partida.

E já não é pouco!

OM, O Provedor dos Anónimos:

O Senhor Provedor OM decidiu responder à blogosfera. Fez bem. É sempre gratificante ver o Senhor Provedor OM do DN a falar para a blogosfera.

 

Ao contrário do que pensa o Senhor Provedor OM, boa parte dos leitores do DN gostam de ler os blogues. Aqui está a prova. Se é verdade que o Senhor Provedor OM lê os blogues, não o é menos que a malta também lê a prosa do Senhor Provedor OM. Sobretudo quando destacada pelos seus amigos marretas.

 

Só uma nota, coisa pouca, o Senhor Provedor OM continua na senda dos nossos amigos marretas, não diz tudo. Fica pelas meias palavras. É pena. Sempre gostava de saber quem são os pesos ditos pesados ou os pesados ditos pesos. Mera curiosidade, tão só. Servia para descodificar a coisa. Caso contrário, fico com a ideia que o Senhor Provedor OM gosta mesmo é de falar sobre anónimos e anonimatos…

 

A repetição constante do anonimato continua a ser a arma preferida do Senhor Provedor OM.

E o óscar vai para…

… depois de ler o douto artigo do Provedor do Leitor do Diário de Notícias, só posso endereçar o óscar de melhor argumento adaptado aos abrantes. Então os marretas tiveram a arte de enviar mails madrugadores ao Senhor Provedor e este, todo lampeiro, não se fez rogado e de tal conteúdo fez jurisprudência. Eu, ingénuo, olhava para o Senhor Provedor e via-o como uma espécie de blogger do 5Dias. Afinal, enganei-me, ele é mais “corporações“.

Governo vai eliminar 50 mil funcionários

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Só falta conhecer o método de execução. Parece que no Texas os condenados já não têm direito a última refeição, e cá? Com um título destes, não percebo como falharam estas informações.

Um título assassino

Só Salazar cortou como o Governo quer cortar

A dimensão da redução na despesa prometida pelo ministro das Finanças só é comparável ao ano de 1950

O Governo comprometeu-se a cortar 10% da despesa primária do Estado em 2012. É o maior corte de sempre nessa rubrica, pelo menos desde que o Banco de Portugal disponibiliza dados. Só António Oliveira Salazar se aproxima dessa redução, com um corte de 5,81% da despesa primária, em 1950.
A despesa primária consiste na despesa total, depois de subtraídos os encargos com juros. Entre 1947 e 1995, só em 1950 é que se registou uma queda. Ainda assim, a redução de 5,81% fica muito aquém daquilo que o ministro das Finanças prometeu fazer para o ano.

no DN

Da esquerda à direita, todos condenam a redução do défice feita pelo aumento de impostos. Subentende-se que a alternativa seja o corte na despesa.

Qual é portanto a utilidade deste título, para além de estabelecer uma ponte entre este governo e a ditadura?

O amigo oliveira continua em grande forma. Isso e a guerra que ainda agora começou por causa da futura privatização da RTP, em que a escandaleira nas secretas é um episódio e a missiva de Balsemão aos seus empregados para se moverem contra a privatização do canal público é outro.

Hoje no Diário de Notícias:

Entrevista Pedro Passos Coelho

“O eventual recurso ao FMI não pode deixar de ter consequências políticas”

Esta é a última entrevista de fundo que Pedro Passos Coelho concede até ao fim da campanha presidencial em curso. A partir de agora, só fará intervenções pontuais, e uma delas está marcada para Vila Real, ao lado de Cavaco Silva, num comício.

João Marcelino entrevista José Sócrates na TSF

Quando José Sócrates entrou para o gabinete onde geralmente reune com a imprensa, já o Director do DN e entrevistador da TSF, José Marcelino, o esperava. Vestira o seu melhor fato para a ocasião, comprado de propósito na melhor loja de Manhattan.
– Boa tarde, sr. Director – disse o primeiro-ministro.
– Muito boa tarde, sr. primeiro-ministro -João Marcelino levantou-se atarantado para cumprimentar o primeiro-ministro, mas logo se pôs na posição original. Atabalhoado, deitara abaixo um pass-partout com a foto de um projecto que José Sócrates acarinhava especialmente, o da moradia de Valhelhas, dos tempos em que era técnico na Câmara da Covilhã.
– Peço desculpa, sr. primeiro-ministro.
José Sócrates dirigiu-se ao seu lugar e, sem querer, calcou João Marcelino enquanto passava por ele.
– Peço muita desculpa, sr. primeiro-ministro.
Sem tempo para conversas de circunstância, José Sócrates foi directo ao assunto:
– Sr. Director, não sei se o nosso amigo Joaquim falou consigo… [Read more…]

Sondagem Legislativas: PSD a subir, PS a cair, BE a levantar, CDU e CDS a dormir

Se houvesse hoje eleições legislativas os resultados, segundo o Diário de Notícias, dariam vantagem ao PSD – 40%- sobre o PS – 26%. O BE duplicaria o seu número de votos relativamente às sondagens anteriores- 12%-, a CDU e o CDS disputariam a liga dos últimos com 8 e 7% respetivamente.

“Ora agora governo eu, ora depois és tu, a seguir volto eu, descansas e voltas tu, desta vez a crise é minha, a seguir será a tua, eu terei mais uma ou duas e vou intervalá-las com as tuas. Virou”.

Siga a música, que os dançarinos são os mesmos.

Saramago – está na hora de acabar!

1975 – Saramago é nomeado director adjunto do DN. “Quem não está com a revolução, é melhor não estar no DN.” diz para os atónitos jornalistas e colegas. Em tempo de opções radicalizadas, os editoriais vinham ao serviço da facção gonçalvista do MFA. O saneamento de 30 jornalistas colou ao seu nome um rasto de polémica que o acompanhou sempre” – Publico de hoje.

Foi preciso lutar para termos uma democracia em Portugal. Primeiro contra a tentativa totalitária da esquerda, depois contra a tentativa totalitária da direita. Foi preciso lutar e foi preciso vencer, há nomes e rostos que estiveram de um lado e outro da barricada e isso não se esquece passando uma esponja de elogios inflamados.

Saramago foi um homem de susceptibilidades à flor da pele, mal tratado por um alucinado medíocre que esteve sub-secretário de estado da cultura, não mais perdoou ao país o que considerou um agravo . País, esse, onde vendia os seus livros e utilizava a língua mãe para escrever, foi viver para longe porque o país não era digno dele. Eu estou do lado do meu país, mesmo que tenha burros como o sr. Sousa Lara .

Inchei de orgulho por lhe ter sido atribuído o Prémio Nobel da Literatura , admiro a sua obra e fiz do Memorial do Convento um dos livros da minha vida. Nunca gostei de Saramago tambem porque perfilhava uma ideologia contra a qual luto e continuarei a lutar.

Mas é tempo de enterrar velhos sentimentos, não ódios, porque eu não perfilho ódios, mas também não tenho “santinhos” a quem dedicar as minhas preces.

É pois tempo de acabar. Descansa em PAZ José Saramago!

O JN, o Aventar e CAA

Como todos sabem, a relação entre o JN e o Aventar nem sempre foi pacífica. Se alguns aventadores não hesitaram em criticar o JN quando este o merecia, igualmente somos os primeiros a aplaudir quando é caso disso. E é.

A recente aquisição de Carlos Abreu Amorim pelo JN (e pelo DN e NS) é uma excelente iniciativa. Independentemente dos laços de amizade que nos unem, o CAA é um dos melhores comentadores políticos da actualidade e sendo um homem do Porto é lógico que a sua “transferência” do Correio da Manhã para o Jornal de Notícias foi uma decisão acertada.

Os meus parabéns ao JN, ao seu Director José Leite Pereira e ao João Marcelino: acertaram em cheio como se pode verificar pelo artigo de hoje.

Face Oculta – 2 despedimentos

Dois quadros da Galp arguidos no processo “Face Oculta” já foram despedidos após inquérito interno da empresa anuncia o DN

Mãe Querida

Ao longo dos anos já me habituei à constante preocupação do Prof. Cavaco Silva com o que os outros pensam de nós. A sua carreira política é pródiga em momentos como este último: “O Presidente da República felicitou hoje o novo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, sublinhando que Portugal precisa de estabilidade política porque, neste momento, “depende muito” da apreciação de outros países”.

A minha mãe, uma santa, também pensa assim. Ao longo da minha vida sempre lhe ouvi tiradas como: “coloca uma gravata, filho, olha que eles estão a olhar para ti”. Lá fui e vou resistindo como posso, explicando-lhe que não é a gravata que nos torna melhores, etc e tal. Quando era mais novo e um valente cábula na faculdade, a minha mãe consumia-me a alma com as comparações com primos e vizinhos. É por isso que a minha mãe é uma santa. O que ela aturou.

Ora, o Prof. Cavaco Silva é a modos que a minha mãezinha, um Santo. Anda sempre preocupado com o que os outros possam pensar destes imberbes. Quando foi Primeiro-ministro, fartou-se de recordar a oposição do que os outros, no caso a Europa, podiam pensar de Portugal ao ouvi-los dizer aquelas coisas. Agora, enquanto Presidente da República, anda preocupado com o que possa Pedro Passos Coelho vir a fazer e dizer. É o espírito maternal a vir ao de cima.

Até no modo: a minha mãe adorava mandar recados. Mas a Maria da Conceição é a minha mãe e a uma mãe perdoa-se tudo. A uma mãe, claro está.

Playboy Portugal

Até nisto somos fraquinhos: Rute Penedo foi a playmate da primeira edição e agora passa para a capa. Fraquinho, muito fraquinho ou uma Playboy tuga…

Proposta: a próxima manif de blogs pela liberdade deve seguir o exemplo daquela outra de Sidney do Spencer Tunick (ver no DN), todos nus pela liberdade de expressão!

A verdadeira resposta de João Galamba ao DN

O Luis Rainha cita um «post» de um outro blogue, no qual se diz que João Galamba, à pergunta «Alguma vez escreveu para o blog Câmara Corporativa?», terá respondido:
– «Não, nem consigo perceber a que propósito me dirige essa pergunta.»
Não foi assim, caríssimo Luís. Depois da consulta dos mails internos de um blogue extinto, o Aventar está em condições de revelar em primeira mão que a verdadeira resposta do futuro deputado João Galamba ao DN foi igual à que costuma ser quando não gosta de determinada afirmação:
– «Não, nem consigo perceber a que propósito me dirige essa pergunta, seu filho da puta!»