Nobre Povo, Bloggers…estranhos:

Não apoiei Fernando Nobre nas presidenciais. Aliás, se a memória me não falha, nem falei sobre ele antes e durante a campanha. No final apenas sublinhei a minha surpresa com o seu resultado.

Quando soube da sua escolha para liderar a lista do PSD em Lisboa não fiquei muito surpreendido. Como não ficarei quando outros nomes de independentes forem anunciados. Já temo pela reacção de alguns bloggers, incluindo alguns companheiros do Aventar.

No último jantar de Pedro Passos Coelho com bloggers ele foi bem claro em duas coisas: na necessidade, independentemente do PSD ter ou não maioria absoluta sozinho, de alargar o governo a uma coligação com o CDS, o PS e independentes, se todos eles assim o desejarem e de molde a enfrentar com toda a força os desafios do futuro; e o seu desejo de aproveitar a chamada “quota nacional” para incluir nas listas de deputados nomes de não filiados no PSD que, pelo seu currículo, disponibilidade e capacidade fossem uma mais valia para uma Assembleia da República mais próxima da realidade e mais competente.

Por isso mesmo, espero que não se espantem quando virem homens e mulheres independentes de diferentes quadrantes ideológicos e das mais diversas profissões (empresários, professores, universitários, sindicalistas, jovens, etc.). Ora, Fernando Nobre, corresponde a essa vontade real de abertura à sociedade civil. [Read more…]

O TGV descarrilou

Há, em tudo isto – um troço em andamento, outro suspenso, indemnizações a pagar, teimosia até ao precipício, avanços e recuos, fugas em frente, etc. – um amadorismo, uma falta de sentido de estado, um desgoverno, um malbaratamento do dinheiro público, um desprezo pela verdade, uma insistência nas aparências – não é por acaso esta suspensão hoje, com o “líder” incontestado reconfirmado ontem e o FMI a aterrar na Portela em breve – que faz doer a alma e desejar ter nascido noutro sítio.

O TGV descarrilou a alta velocidade, como se estava mesmo a ver. E quem era o maquinista? José Sócrates, por supuesto, o homem que diz hoje o contrário do que vai dizer amanhã, sempre com 100% de certezas. Praticamente a mesma percentagem que teve no congresso do PS.

Fernando Nobre, a carochinha

Durante a campanha presidencial, Fernando Nobre acusou Manuel Alegre de ser o candidato do nim. Fernando Nobre é, pelo contrário, um homem do “sim”, um verdadeiro “yes-man”, alguém que não consegue dizer que não. Se fosse mulher, noutros tempos, isso seria suficiente para que fosse considerado pouco séria, eufemismo desagradável para mulheres com ouvidos, essa parte da anatomia cuja ausência era marca de seriedade

Nos contos infantis, Fernando Nobre seria a carochinha, debruçada à janela, alardeando um decote abundante que permitiria entrever a sensualidade de uma intervenção cívica apartidária e a abundância de uma mediatização apetitosa. É certo que chegou a afirmar que nunca aceitaria cargos partidários, mas também não é verdade que seja fácil a vida das mulheres de vida fácil e, por vezes, é necessário estarem dispostas a coisas que nunca pensariam vir a fazer. Quando é preciso lutar pela sobrevivência, ser nobre torna-se difícil.

 

Passos de Nobre

“Depois da minha candidatura presidencial e da caminhada que comigo fizeram milhares de portugueses, muitos desiludidos com a política e sequiosos de encontrar uma alternativa de cidadania, não foi simples nem óbvio para mim encontrar a resposta justa e assertiva ao desejo que o dr. Pedro Passos Coelho me colocou”

Fernando Nobre, no “Facebook”

O conceito de ‘sociedade civil’, em meu entender, sempre foi uma definição demasiado abstracta. De tão inclusiva, corresponde a uma representação teórica capaz de albergar todas as personalidades, mesmo as mais contraditórias entre si. Basta analisar  com minúcia  o antagonismo de projectos de organização social e política defendidos – ou ignorados -por grande parte dessa amálgama espúria de societários da tal sociedade.

Do médico, presidente da AMI, já neste ‘post’ descrevi o que entendi ser justo e a verdade da AMI, as personalidades de topo do organograma da associação, ainda actual, e respectiva situação económica e financeira de 2009 – os principais financiadores eram, e eventualmente continuarão a ser, o Ministério da Segurança Social e Municípios; ou, dito de forma sintética, dinheiro público. Fui vergastado por críticas. É, porém, ineludível a autenticidade dos dados publicados, cuja fonte foi a própria AMI.

Pedro Passos de Coelho, fruto da doença infantil da originalidade,  acaba de estender a honrosa passadeira aos ‘Passos de Nobre’ para a caminhada como “cabeça-de-lista” do PSD até à presidência da AR. Diga-se, porque oportuno, com a mesma devoção de Mário Soares nas presidenciais e a confiança de Francisco Louçã nas eleições europeias.

Que pensar de tudo isto?

Êta-lê-lê…!

A Senhora Dona Gabriela Ventura, funcionária do Ministério da Agricultura e gestora do Proder . Segundo informação passada ao Aventar, uma foto tirada quando da realização de uma sessão de esclarecimento de agricultores.  Com a chegada da época de incêndios, urge a limpeza de floresta e o desmatar de bermas. Poderá sido esta, o tema da conferência? Quem saiba, que nos informe.

O Diário do Professor Arnaldo – Começam as avaliações

Começaram hoje as avaliações do 2.º Período. Em grande.
Logo na primeira reunião, um aluno teve 6 negativas. Tinha apenas uma negativa no 1.º Período e ninguém percebe as razões de tal descida, porque os pais não aparecem na escola.
O problema é que, como tinha apenas uma negativa, o Conselho de Turma não elaborou Plano de Acompanhamento para o aluno. Este faz-se apenas quando há risco de retenção no final do ano lectivo.
E segundo a lei, quando não se faz Plano de Recuperação, o aluno já não pode reprovar. Ou seja, o miúdo já passou, nem que tenha 10 negativas no final do ano lectivo. Felizmente, não sabe…

Descarrilamento

Adaptado daqui

Nota: a imagem é também um labirinto, com uma solução.

Diz que tal, para eu dizer mal!

Antes

Os partidos estão demasiado voltados para si próprios. O caciquismo não permite que se ouça a sociedade civil.

Depois

Vendeu-se. Só quer é poleiro. E o outro o que quer é votos. “Rais os partam” a todos. É tudo a mesma “choldra”.

Conclusão

É preciso muita, mas mesmo muita, pachorra!

Momento publicitário para gulosos:

Ouvi falar em resmas e paletes de Pão-de-Ló e Doces Tradicionais. Por isso, eu vou!

 

O Povo é que Paga

 

Na senda do Poema Azul

(adão cruz)

Na senda do Poema Azul

Cruzaram as portas correram os campos das árvores novas e os olhos de trabalhar não cederam ao sono nem triangularam o medo nem cavaram rugas no solo imponente das alamedas sombreadas de tílias.

Nesse dia demorou um pouco mais o beijo que ele habitualmente depunha na sua face sedosa e apertou-a levemente contra o peito era uma mulher cheia de ternura e singularmente bela uma daquelas belezas que roubam tudo o que se é no curto instante em que os olhos se cruzam. [Read more…]

Três factos bizarros do fim-de-semana

Primeiro acto: O Presidente da República Portuguesa pede “imaginação” à União Europeia para encontrar formas de emprestar dinheiro a Portugal. Quem é, afinal, que precisa de ajuda?

Segundo acto: Acrítico, acéfalo, vazio, o Congresso do PS foi um longo comício e um espaço de veneração ao líder. Terminou com o líder a dizer que, como chefe do Governo, aceita negociar o empréstimo. Era de esperar outra coisa?

Terceiro acto: Depois de clamar desprezo pela forma de fazer política dos partidos, Fernando Nobre aceita entrar nas listas de um partido político ‘do sistema’. Mais um caso de ‘o que ontem era verdade, hoje é mentira’?

amizade e solidaridade

amizade1.JPG

 

….para as pessoas que se estimam minhas amigas… e lembram-se de mim…

Hoje em dia, a amizade e a solidariedade, parecem ser dádivas. Mas dádivas raras. Em outros dos meus textos tenho definido, mania académica, o que é amizade: uma atracção recíproca com a pessoa que nos entendemos. Não envolve nem erotismo nem amor, apenas entendimento, alegria de se estar juntos e poder confidenciar assuntos que a mãos ninguém diríamos.

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O PS mudou em dois dias

Ontem, no congresso do PS:

image«José Sócrates aproveitou hoje o encerramento do congresso do PS, em Matosinhos, para garantir que o seu Governo “assumirá a responsabilidade de liderar as negociações” da ajuda externa com a União Europeia, prometendo o “acompanhamento do processo” pelo Presidente e pelos partidos.»


Há dois dias atrás:

«O ministro das Finanças defende que cabe à missão europeia que vier a Portugal acordar a ajuda externa a responsabilidade de negociar com a oposição o pacote de assistência, enquanto Bruxelas considera que essa é a tarefa do Governo.»


Isto é só para mostrar aos crentes que um partido que muda de opinião em dois dias é capaz de não ser o mais fiável para cumprir promessas eleitorais. Como aliás já foi patente nas duas últimas legislativas.