Luís Montenegro: a cópia, o original e o comunismo

Marcelo avisou, aquando das lamentáveis declarações sobre a imigração, mas Montenegro fez orelhas moucas. Talvez seja parte de uma estratégia de curto prazo para atrair eleitorado do CH, mas, no longo prazo, a lição do presidente da República será implacável: entre o original e a cópia, o original leva sempre a melhor. Sempre. E isso terá um custo enorme para o maior partido da oposição.

Não contente, o líder do PSD continua na senda da radicalização. Nos últimos dias, o discurso de Luís Montenegro vem a apostar num delírio populista, que assenta na ideia de um PS comunista. Nada o distingue, a este respeito, daquela que é a narrativa do CH. Mas nem o PS é comunista, nem o governo tem políticas comunistas. É uma absoluta falsidade com a agravante de ser deliberada. [Read more…]

Luís Montenegro: do México, com amor

“O PSD não terá um segundo de descanso.”

Alguém ponha o Carlos Moedas a funcionar, perdão, a aquecer, que o PSD precisa de reforçar o sector da atacante.

Marcelo vai a jogo

A presença “inesperada” na flash, no final do Portugal X Macedónia do Norte da passada Terça-feira, foi um prenúncio daquilo que seria a sua intervenção na tomada de posse do novo governo. Marcelo vai finalmente a jogo, num país de oposição minoritária, fragmentada e sem liderança, e assume-se, desde já, como contrapoder. E assim se manterá, até que a direita consiga encontrar um protagonista capaz de incomodar o poder quase absoluto de António Costa.

Vai ser interessante, assistir ao afastamento entre o Senhor Feliz e o Senhor Contente, dupla que fez aa delícias de milhares de portugueses, ao longo das duas últimas legislaturas. Mas será pelo melhor. Já era tempo de colocar um ponto final nesta farsa.

Oposição – é muito pouquinho ter Cabrita como único tema

Saberá quem me conhece e vai lendo que já estou bastante cansado deste governo e mais ainda de um ambiente de “patrulha ideológica” que apoiantes os do PS vão perpetrando pelos redes sociais e caixas de comentários. No entanto, o assunto do acidente do carro onde seguia Eduardo Cabrita, que vitimou uma pessoa, evidencia uma oposição à direita muito fraquinha ou mesmo sem noção do tanto que há para criticar na acção governativa.
Vejamos, qual a responsabilidade que se pode atribuir a Cabrita neste acidente? Por acaso era ele que ia a conduzir? Sejamos honestos, não tem qualquer responsabilidade. É um não assunto!

Mas o carro seguia a alta velocidade, mas as obras estavam bem sinalizadas, mas as obras não estavam bem sinalizadas, mas o carro não está registado, mas o carro tem uma guia de circulação. Haja decoro, o Ministro que tanto critiquei noutros assuntos e que considero que já Ministro não devia ser, não tem nada a ver com um acidente onde viajava como passageiro!
Não é bem assim, porque o Ministro deveria [Read more…]

Esquerda Direita Volver 8 – Nem geringonça nem lua-de-mel?

É o oitavo episódio da rubrica de debate “Esquerda Direita Volver”. Desta vez dedicado à recente “crise política” por força dos apoios sociais aprovados no Parlamento e promulgados pelo Presidente da República, e o respectivo envio pelo Governo para o Tribunal Constitucional. Após o fim da geringonça, não há mais lua-de-mel entre Belém e São Bento?

A debater, os aventadores João Mendes, Fernando Moreira de Sá, Francisco Salvador Figueiredo, José Mário Teixeira e António de Almeida. Tudo com a moderação do bem regressado do Gulag, António Fernando Nabais.

Esquerda Direita Volver
Esquerda Direita Volver
Esquerda Direita Volver 8 - Nem geringonça nem lua-de-mel?







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Notas sobre as Presidenciais 1: António Costa, o grande vencedor da noite eleitoral

António Costa é, na minha opinião, e a par de Marcelo, o grande vencedor da noite eleitoral.

Porquê?

Pelos motivos que se seguem:

  1. Escolheu o candidato vencedor, antes mesmo do partido desse candidato, ou do próprio anunciar a (expectável) recandidatura, e anunciou-o publicamente, lançando Marcelo na corrida, a um metro de distância dele, sem lhe dar hipótese de fuga. Com isto colou-se à popularidade do presidente, garantiu a cohabitação pacífica para o mandato seguinte, quando a tentação de afastamento, pela impossibilidade de reeleição, poderia ser maior, garantiu a sua – não do PS – vitória nas presidenciais e poupou uns milhares ao seu partido, em falência técnica há vários anos. [Read more…]

E dizem-se democratas

Está fácil de ver que a solução apresentada pelo Governo para “achatar a curva”, é limitar-nos a liberdade.

Isto quando a curva chegou onde chegou, e o SNS abeirou-se da ruptura, porque o Governo não fez o que lhe competia e permitiu o que não devia.

Milhões terão de ficar em casa, para que umas dezenas de milhar pudessem fazer aquilo que queriam.

Milhões terão de ficar em casa, porque a economia tinha que trabalhar, ao ponto dos hotéis poderem exibir o selo “Clean & Safe” com base em mera declaração de compromisso dos donos, e não numa efectiva avaliação técnica. E as praias tinham semáforos, mas se estivesse vermelho, podia-se ir na mesma.

Não houve uma única campanha nacional de sensibilização digna desse nome. Num país em que constantemente se juntam cantores, actores e afins, em campanhas solidárias. Algo para o que esta pandemia, pelos vistos, não teve dignidade suficiente.

Só tivemos direito às constantes conferências de imprensa a debitar números, por entre disparates que uma DGS, claramente inapta para o cargo, lá ia dizendo por entre a estatística.

Ficam na memória as máscaras que davam uma falsa sensação de segurança, e a desnecessidade de distanciamento nos aviões porque as pessoas vão a olhar para a frente.

O SNS está à beira da ruptura, porque, contrariando os apelos dos médicos que estavam no terreno, o Governo não aproveitou a Primavera e o Verão para reforçar os hospitais com recursos humanos nas valências mais sensíveis como a dos cuidados intensivos.

Descurou a segunda vaga, que há meses que a comunidade científica, nacional e internacional, avisou que ia chegar. Mas que pelo vistos o PM nunca ouviu falar, a avaliar pela entrevista que hoje deu a Miguel Sousa Tavares.

Ao contrário, foi-se pelo mais barato: mandar sms para quem tinha consultas agendadas, a desmarcar e a dizer para não ir ao hospital nem sequer telefonar. E, mais tarde umas sms a disponibilizar apoio psicológico gratuito. Enquanto consultas, rastreios, tratamentos e cirurgias eram desmarcados por todo o país.

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A direita incapaz de se livrar do diabo

Agora foi Cavaco Silva que surgiu a auspiciar algo de grave lá para 2050, mas o que constato é que, infelizmente, de há uns largos anos a esta parte, a direita não oferece nenhuma ideia positiva de governação, remetendo-se ao papel de lançar medos de um futuro que nos esmagará! Não há uma luz futura, um caminho que não seja de trevas e que não nos conduza a um abismo de labaredas infernais!

Gus Fink – Clown Apocalipse

Isto não é oposição, é um portefólio de profecias de demoníacos apocalipses!

Olha quem fala

O valor da fala ou do texto político são inseparáveis de quem o produz. Não faltam, por estes tempos, as críticas de esquerda ao Governo. Elas têm origem nas pessoas e forças que pertencem ou apoiam os partidos da solução governamental. Percebe-se a insatisfação quanto aos investimentos públicos, designadamente em áreas especialmente sensíveis a caras à esquerda – saúde, ensino, segurança social, direitos laborais, transportes e obras públicas e tudo o mais. Elas entendem-se e são, na sua maioria, justas.
Mas ouvir críticas semelhantes vindas de quem toda a vida combateu o Serviço Nacional de Saúde, a Segurança Social e todas as áreas em que as suas propostas não passaram de tentativas de destruição e privatização do serviço e património públicos e empobrecimento de quem trabalha, quando não é cómico, é revoltante. A direita portuguesa tem-se desdobrado em piedosas lágrimas pela situação do SNS que sempre odiou e, quando foi governo, quase destruiu. O mesmo acontece no que respeita a todas esferas de obrigação social do Estado, as quais deixou exangues.
Mas agora há mais. [Read more…]

Tem toda a razão, Dra. Maria Luís Albuquerque

Agora que não tem barretes para enfiar na cabeça dos portugueses, estilo devolução pré-eleitoral da sobretaxa, ou bancos para varrer para debaixo do tapete, para simular uma saída limpa que, no fim de contas, mais não foi do que outro barrete, Maria Luís Albuquerque foi entrevistada pelo Público e fez questão de recordar a plebe que o país precisa de uma alternativa. Mais ou menos como a senhora deputada, que quando não está no parlamento a levantar a mão conforme lhe manda o partido, está ao serviço dos abutres da Arrow Global.

Mas desta vez, extraordinariamente, estou com a Dra. Maria Luís. O país precisa de uma alternativa, capaz de fazer oposição responsável ao governo minoritário de António Costa. Pena que o seu partido esteja tão ocupado com discursos catastrofistas, sanções e resgates imaginários, diabos e aritméticas da treta, sempre à espreita da próxima tragédia para dela capitalizar. Fosse liderado por gente mais responsável e o cenário talvez fosse diferente. Entregue a figuras tão distintas como Hugo Soares, Marco António Costa ou a própria Maria Luís, não podemos esperar muito. Excepto gargalhadas.

Um cheirinho a oposição

Goste-se ou não, com o roubo de Tancos houve finalmente oposição a este governo. Duvido que a fase da azia tenha sido ultrapassada. Mas se tiverem juízo, engolem o sapo e dedicam-se a escrutinar a acção governativa, em vez de perpetuarem as teses auto-justificativas na linha do “connosco estava tudo bem e estava a resultar”. 

Ninguém quer o passado, nem os rostos e as soluções que o marcaram. As sondagens mostram-no e só quem se alapa ao poder é que não o vê. Aparentemente, Montenegro, ao abandonar o cargo de líder da bancada parlamentar, vi-o. Mantendo-se nos cargos, o trabalho do governo fica super-simplificado, bastando apontar-lhes o que eles próprios fizeram e que agora procuram fazer de conta que ninguém disso se lembra.

É fundamental uma oposição forte e capaz de escrutinar o governo, seja ele qual for. De outra forma, a governação fecha-se na sua redoma, sem ouvir o país, e basta um pequeno passo para os negócios ruinosos se repetirem. Os sucessivos artigos na comunicação social sobre as sondagens sorridentes ao governo e alguns tiques de arrogância de governos maioritários já se notavam no executivo de Costa.

Livrem-nos de maiorias absolutas. Por isso, gente da direita, deixem-se desse papel de oposição incompetente e façam o vosso trabalho. É para isso que os vossos ordenados de deputados servem.

PSD desesperado

breaking-news

Não há outra explicação.

Quanto vai custar a caixa a cada um de nós?

Não importa!

Quem é que “mamou à grande” com a Caixa?

Não importa!

Quem vai pagar a despesa?

Não importa!

Depois admira-se com as sondagens!

Golpe de Estado em curso na São Caetano à Lapa

ppc

Diz o Expresso que os críticos de Pedro Passos Coelho já reuniram as assinaturas necessárias para forçar um congresso. Um ano depois, o fantasma do Golpe de Estado está de volta: a oposição a sair do armário, as intrigas palacianas, a imprensa com Rui Rio em ombros, os sucessivos trambolhões nas sondagens e até o chefe da Geringonça já pisca o olho aos patrões, oferecendo-lhes uma simpática descida da TSU, qual capitalista com pele de esquerdalho.

O Estalinismo minou tudo à tua volta, Pedro. Até a Assunção te tem na mão. És o elo mais fraco. Adeus.

Foto: Daniel Rocha@Público

O que é que se passa com a oposição?

Hoje houve duas notícias espantosas. Por um lado, a ministra da justiça é chamada de manipuladora e mentirosa pelo Expresso. Por outro, Passos Coelho, escapulido para o Japão, acha que é normal continuarmos a ser visto como lixo pelos seus adorados mercados.

Durante a semana assistimos à ministra das finanças dizer que os políticos, afinal, não precisam de ter responsabilidade sobre aquilo que tutelam. Tal como Paulo Núncio, prefere o rótulo de incompetente em vez da saída pela porta da frente.

E a oposição, tem capitalizado com este governo colado a cuspo presidencial? Nada que se veja. Palavras de circunstância mas sem trabalhar os dados existentes, nem fazer luz sobre o estado do país.

O problema é que uma oposição incompetente dará um governo incompetente, como o demonstra o presente governo. Façam o vosso trabalho, ó gente da oposição, que é para isso que são pagos.

Intenção

Quem já pegou num livro de psicologia ou, mais simples ainda, quem teve um puto a jogar à bola dentro de casa sabe que as coisas se partem por obra e graça do espírito santo. “Partiu-se”, “Não fui eu”…

Tenho pensado muito nisto quando vejo no poder pessoas como Nuno Crato ou como a Paula Teixeira da Cruz. A existência de um erro isolado é algo absolutamente natural e, em alguma medida, compreensível. Mas, um olhar atento para a matriz desta governação permite perceber que estamos longe de encontrar um acto isolado. Até parece que há uma intenção deliberada de destruir tudo o que é serviço público.

São os concursos de professores, aliado ao aumento do número de alunos por turma e ao investimento no ensino privado.

É a Ministra Paula Teixeira da Cruz que resolveu meter um pilar da democracia e do estado de direito dentro de um computador avariado.

São os laranjinhas da UGT que assinaram um acordo com o governo que retira dinheiro à segurança social para pagar o aumento do salário mínimo.

Educação. Justiça. Segurança Social.

Podia trazer aqui outras dimensões, mas penso que estas referências são suficientes para que, pelo menos, se questione o governo: incompetência ou intenção?

 

Num país onde houvesse oposição…

Num país onde houvesse oposição, a ministra da justiça não o era há tempo, graças à absoluta incompetência como o novo mapa judiciário e respectivo apoio informático foi gerido. Processos com mais do que uma morada e que impedem o sistema informático de funcionar? Sistema que funciona mas não tem os processos carregados? Funcionários a saltitar de sítio em sítio? Não era preciso muito, bastaria que começassem por pedir a cabeça da ministra e, que se note, tal não está a acontecer.

justice

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A letargia da nação e a atonia da oposição

Santana Castilho

Dou por mim, amiúde, agora que se aproximam os 40 anos sobre Abril, a rever lutas e ilusões de poder mudar a história em que nasci e o futuro dos que se seguirão. Mas, em vez disso, vejo a letargia emocional duma nação, que permite o retrocesso e o êxito dos tiranos.

Para a situação em que Portugal está contribuiu fortemente um sistema político baseado na alternância de partidos fechados, que chegam ao poder sem linhas programáticas sólidas e fundamentadas e sem apresentarem a votos as pessoas que governarão. A saída da crise também passa por mudar este paradigma. Para ser alternativa, o PS deve varrer ambiguidades, perceber que o mundo político em que cresceu mudou e evoluir de simples estrutura de conquista de votos para instituição aberta à sociedade.  [Read more…]

Criptogâmicos do PSD. Castrati do PS

Colocado pelo PS à mercê do que e de quem viesse a seguir, Portugal defronta-se com o seu magnífico precipício: ou uma destruição sem precedentes ou a união que faz da fraqueza a coragem empreendedora contra tudo e contra todos. Não basta dizer que este é um dos piores momentos da nossa História em matéria de destruição de empresas, de emprego e de vidas: é preciso afirmar em que e como se faria diferente para que não fiquemos com a sensação de nada haver a esperar senão ser sucessivamente esfaqueados pelas costas ora pelo PS ora pelo PSD, cujos discursos criminosos na fase eleitoral têm sido imediatamente desmentidos na fase de Poder assumido. Contra nós.

Não basta grasnar o óbvio, que a recessão se agrava, o desemprego atinge recordes, o défice orçamental supera todas as metas, e que a dívida pública, em boa parte devido ao dinheiro garantido pela Troyka, aumenta. Que o caminho é mau até Gaspar o assume. Mudar a nossa forma de ajustamento para sair da crise não depende do voluntarismo dos Governos nem das quimeras das Oposições. Também nada resolve atirar responsabilidades ora para a dominação económica alemã, ora para o suposto fanatismo financeirista do Ministro de Estado e das Finanças, ora para a incapacidade para liderar e defender o País por parte do Primeiro-Ministro. Era preciso que os Partidos de Merda, o PS, o PSD, o CDS-PP, assumissem a sua incompetência histórica, a sua corrupção visceral, a traição consecutiva às nossas mais legítimas expectativas. Não o fazem. [Read more…]

Carta de Seguro a Passos Coelho

Senhor Primeiro-Ministro
O diálogo político e institucional é uma das marcas identitárias do PS à qual permaneceremos fiéis e da qual não nos afastamos. Se o Primeiro-Ministro convida, formalmente, o PS para uma reunião, o PS não a recusa.

É esta conduta que temos adotado. Continuará a ser esta, em situações normais, a postura do PS no relacionamento com o senhor Presidente da República, como o Governo, com os partidos políticos e com os parceiros sociais. O diálogo é condição para o relacionamento institucional num regime democrático.

Por exclusiva responsabilidade do seu Governo, este diálogo foi praticamente inexistente, com claro prejuízo para o interesse nacional. O PS foi mantido à margem da condução de processos de enorme relevância para o interesse nacional, de que as cinco atualizações do Memorando de Entendimento, o envio para as instituições europeias do Documento de Estratégia Orçamental e o processo de privatizações são exemplos elucidativos. [Read more…]

Miguel Relvas tem toda a razão

Miguel Relvas tem carradas de razão. Depois, chegou a ministro. Folgazão como é, não me espantaria que mostrasse este vídeo aos amigos e dissesse, sufocado de riso: “Ó pá, as coisas que um gajo diz para ganhar eleições!”

Vídeo do Ministério da Verdade

Diz-se por aqui

Que o corno é sempre o último a saber.

O que sobra

Nunca um Governo permitiu como este permitiu o seu próprio escrutínio.

Nunca um Governo tentou ser tão transparente nas suas medidas e acções.

Nunca um Governo recrutou os seus Membros com base em critérios de competência e mérito tão restritos.

Nunca um Governo teve tão poucos filiados e militantes nas suas fileiras.

Nunca um Governo se marimbou tanto para os desejos e ambições do seu próprio aparelho partidário.

Nunca.

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O Governo é oposição

A estratégia comunicacional do Governo consiste em retirar espaço à oposição defendendo várias posições contrárias ao mesmo tempo. Ao princípio, talvez por mau funcionamento da máquina partidária ou por disfunção psiquiátrica, esse papel cabia unicamente a Passos Coelho, o que chegou a trazer alguns problemas à integridade física do primeiro-ministro, porque é muito difícil separar o agredido do agressor quando são a mesma pessoa. A última vez que se assistiu a um fenómeno semelhante remonta à primeira metade do século XX, quando Álvaro de Campos escrevia cartas à namorada de Fernando Pessoa.

A nova estratégia começou a ser testada com as polémicas “piegas” e “se és professor, emigra” e ganhou consistência aquando da recente e aparente confusão relativa à reposição adiada dos subsídios de férias e de Natal: primeiro, Vítor Gaspar garantiu que voltariam em 2013; depois, Passos Coelho afirmou que talvez voltassem em 2015; finalmente, Vítor Gaspar, opondo-se a si mesmo, garantiu que já tinha afirmado o mesmo que Passos Coelho. [Read more…]

É tão giro ser oposição

O PS, na oposição, quer o que nunca quis no governo. Agora há-de ser o PSD que não quer, mas vai querer quando estiver na oposição e o PS, no governo, já não quiser. Na oposição são sérios, transparentes, corajosos e têm, em ambos os casos, a arreigada mania de que somos todos papalvos.

72 horas sem ser oposição…

….é complexo. Eu perdi a inspiração. Já para o CAA deve estar a ser um martírio. Compreendam, é da falta de hábito 🙂

O PS mudou em dois dias

Ontem, no congresso do PS:

image«José Sócrates aproveitou hoje o encerramento do congresso do PS, em Matosinhos, para garantir que o seu Governo “assumirá a responsabilidade de liderar as negociações” da ajuda externa com a União Europeia, prometendo o “acompanhamento do processo” pelo Presidente e pelos partidos.»


Há dois dias atrás:

«O ministro das Finanças defende que cabe à missão europeia que vier a Portugal acordar a ajuda externa a responsabilidade de negociar com a oposição o pacote de assistência, enquanto Bruxelas considera que essa é a tarefa do Governo.»


Isto é só para mostrar aos crentes que um partido que muda de opinião em dois dias é capaz de não ser o mais fiável para cumprir promessas eleitorais. Como aliás já foi patente nas duas últimas legislativas.

Apelo à oposição

Tenho estado a ouvir Sócrates na abertura do congresso do PS. É notória a reacção entusiasmadíssima da audiência a determinadas partes do discurso, facto que leio como estando o PS a começar a acreditar que poderá ganhar as eleições. E esta é, parece-me coisa que o PSD não tem e, quiçá, não virá a ter.

Sócrates tem estado a pegar em todos os temas onde qualquer mexida assusta um extenso eleitorado, como as privatizações, o despedimento, o estado social, a escola pública e o SNS e acusa o PSD de querer fazer tudo aquilo que o PS tem vindo a fazer. O partido que deu origem a este governo é o que mais tem destruído o que existia nestas áreas. Terão os partidos da oposição arte suficiente para explicar de uma forma clara e simples, item a item, esta óbvia realidade?

Organizem-se! O pior que nos pode acontecer é termos um compulsivo manipulador a governar-nos de novo. Que não hesitou colocar o país em risco com a sua demissão. Que não se coibiu de exponenciar o endividamento nacional, expondo-nos assim de forma imprudente aos nossos credores.

A bem de todos, deixem de reagir ao guião socrático e preparem um caminho próprio, com um objectivo claro e tangível. Os eleitores saberão distinguir um charlatão de um líder.

Oposição Medíocre na Câmara Municipal do Porto

O DR RUI RIO É QUE SABE

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O dr Rio explicou-se e disse das suas razões e das da Câmara Municipal do Porto para vetar o nome do falecido Nobel Saramago para uma rua da cidade.
Após essa explicação ficamos a saber uma de duas coisas:
1 – A oposição, na Câmara, não conhece as leis da cidade nem as regras pelas quais ela se rege
2 – A oposição, na Câmara, conhece as leis da cidade e também as regras pelas quais ela se rege
Dessa forma, e no primeiro caso, pergunta-se o que é que andam a fazer por cá.
No segundo caso ficamos a saber o que por cá andam a fazer. Unicamente a usar de falsidades para colocar a opinião pública contra o executivo da edilidade, sem cuidar de fazer saber a verdade.
De uma forma ou de outra, é triste que fiquemos a saber que a oposição na Câmara Municipal do Porto, tem um nível tão baixo.

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Eurostat: O desemprego em Portugal subiu para 10,8%

Pobreza

O primeiro-ministro, José Sócrates, bem se pode ufanar do crescimento de 1% do PIB no 1.º trimestre do ano. O propagandeado sucesso ficou dissipado por um fenómeno económico-social dramático: desemprego atinge novo recorde e chega aos 10,8%, segundo o jornal “i”.

Quando se estanca esta chaga social que, à luz das novas medidas acordadas entre PS e PSD, intensificará a miséria de ainda mais milhares de portugueses? O país real, que uns governam mal e a que outros pedem desculpa, é cenário de milhares de dramas em crescendo, amassados na indigência, na fome e na incapacidade de acesso a uma vida minimamente digna.

Pela evolução dos números, nem a OCDE acertará na previsão da taxa média de desemprego de 10,6% para 2010. A probabilidade de um valor superior é, de facto, elevada. Como dizem certos especialistas, o desemprego não pode ser visto simplesmente como uma estatística, “uma contagem de cadáveres”. A UE, os governos dos países e os partidos de oposição têm a obrigação de concertar e aplicar  medidas para contrariar tamanha calamidade social. Ou então, a coesão social, na Europa, é o que sempre pareceu: uma farsa.

 

Raios Partam os Gregos

Estou cada vez mais em sintonia com o nosso governo e com alguma da nossa oposição. A nossa oposição não se ‘oposiciona’ e o nosso governo não nos governa.

E a culpa de quem é? DOS GREGOS!

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