Viva a República!

Isso dá Monarquia é muito bonito para quem gosta, e dá bom material para as revistas Caras deste mundo, mas se é para escolher, prefiro a República. Até porque a República permite-me escolher. Não me condena a ter que levar com malta que nasceu com o direito de ser mais que os outros. Se os eleitores por vezes escolhem políticos corruptos, ou tratantes de outras artes larápias, a culpa não é da República. Não faltam tratantes nas famílias reais. É ela por ela. De maneira que, senhoras e senhores, tenho a dizer-vos o seguinte:

Viva a República!

Viva a República!

Foi há 111 anos, neste mesmo 5 de Outubro, que Portugal viveu a sua primeira revolução democrática, 64 anos antes da liberdade de Abril. Uma revolução que derrubou uma monarquia decadente, varrendo do nosso país, para sempre, o privilégio de governar baseado na hereditariedade. Bem sei que a República tem os seus defeitos e lacunas (e a primeira foi particularmente desastrosa, tão desastrosa que abriu as portas para o regresso da ditadura), mas poder eleger os nossos representantes, ao invés de estar condenado a dobrar o joelho a alguém que nada mais fez que não fosse nascer na família certa, não tem preço. E quem não está contente tem bom remédio: vote, candidate-se, lute pelo poder. Em monarquia comia, calava e ainda se punha a jeito de levar uns açoites por querer ser mais do que um escravo da coroa.

Viva Portugal, viva a Democracia, viva a República!

 

Meghan, Harry e Oprah: a anatomia de uma encenação

brilhantemente escalpelizada por Pedro Boucherie Mendes

Monárquicos que alucinam

Sinceramente, não sei o que se passa na cabeça desta gente. Não tenho nada contra aqueles que acreditam e defendem uma causa que é legítima, nem tenho dúvidas que o filho varão de Duarte Pio de Bragança tenha recebido uma “educação esmerada”, ainda que tenha as minhas reservas sobre “o brilho de uma inteligência superior e uma vontade de saber e qualidades notáveis de um Estadista”, que para além de ser uma afirmação com um certo odor fascista, levanta inúmeras dúvidas.

Porém, o resto desta publicação facebookiana, escrita por um conhecido militante monárquico, que optei por não identificar, é um chorrilho de absurdos, dignos de um fanático religioso. Vejam bem: o pseudo-príncipe é ruivo, tem barba e um semblante formoso, algo nunca antes visto neste país de hereges! Que país estúpido é este, que não se apressa a abolir imediatamente a República, quando tem um descendente real destes, ruivo e formoso, que ainda por cima está pronto para ser rei? Estaremos loucos? [Read more…]

Quanto custa um rei?

A Voz Pública, 11 de Julho de 1891

Por onde andas querida democracia?

democracia
Hoje, em pleno século XXI, num país livre e democrático, por incrível que possa parecer o conceito de democracia para alguns é inexistente ou então lamentavelmente é algo completamente desvirtuado.

A democracia teve origem na Grécia tendo a palavra por base os vocábulos demos “ povo ” e kratós “ poder ” e/ou “ governo ”. O conceito de democracia é milenar tendo começado a ser utilizado em Atenas no século V A.C.

A democracia contrasta com outras formas de governança em que o poder é mantido por um pequeno número de indivíduos como numa oligarquia ou então onde o exercício do poder é detido por uma única pessoa como no caso do sistema monárquico absoluto.

Também em absoluto contraste com a tirania ou ditadura a democracia proporciona que todos os cidadãos tenham uma participação activa e directa nas tomadas das decisões que afectam o seu livre quotidiano.

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9 meses depois, o resultado…


Nada mais natural, faz parte da natureza humana desde sempre. Nascem por ano biliões de seres humanos em todo o planeta, a esmagadora maioria resultam de acto sexual entre homem e mulher, existem algumas excepções que precisaram auxílio médico-científico auxiliando na reprodução, mas ainda assim, todos passaram pelo processo do espermatozóide fecundando um óvulo. Mas nem sempre o resultado é anunciado desta forma, apenas quando o sangue que irriga os vasos nervosos do pénis e vagina que deram início ao processo é azul… Dito isto, parabéns aos pais e a maior das felicidades à recém nascida, pois não é isso que está aqui em causa.

E eis que a esperança no futuro do país renasce

Sua Al(ol)teza real

Foto@Carlos Pires/Monárquicos Portugueses Unidos

Portugal tem um “príncipe” que “enche o coração de Portugal de esperança, de alegria e de confiança num futuro risonho e promissor pela qual todos nós Portugueses sonhamos“. Confesso que fiquei comovido. Para além da maravilhosa descoberta de que Portugal tem um príncipe – espero que mais barato de manter que os restantes aristrocratas políticos que por cá andam – fiquei a perceber que o jovem de 19 anos acabados de fazer é um hino à esperança num futuro risonho e promissor. Aquele com que todos sonhamos.

Agora vou ali ouvir D. Nuno da Câmara Pereira para acalmar estas emoções. O meu batimento cardíaco está muito acelerado.

Ai!

Os vários canais de televisão estão embevecidos com estas histórias de princesas e princeses. Ai que magnânimo e sábio que foi o rei! Ai que jovem tão aprumado e educado que é Filipe! Ai a anorexia de Letícia! Ai que bondoso foi o príncipe que casou com uma plebeia! Ai o partido socialista espanhol que é republicano mas jurou defender para sempre a monarquia! Ai que os malandros dos republicanos, que não percebem nada disto e não sabem nada de amores românticos, andam na rua a exigir um referendo! Aiii!!

Num país perto de si

Num país perto de si.

Monárquicos, mentirosos e repetitivos

A peta de os Borbons ficaram mais baratos aos nossos vizinhos que nos custa o Palácio de Belém foi uma das bases da propaganda do senhor que se sonha herdeiro da “coroa” portuguesa. Baseavam-se numa velha fraude jornalística, reduzida a 30 segundos  e publicada em 2009 no youtube.

Quanto custa uma monarquia, neste caso a espanhola, foi mito entretanto mais que desmontado. Na realidade o estado espanhol suporta através de diversos ministérios os diversos gastos do inúteis que mantêm na chefia do estado, sendo a renda directa que recebem apenas uma parcela do custo total. Viagens, pessoal, palácios, segurança, automóveis e os 1500 efectivos da Guardia Real são pagos à parte, não se conseguindo ainda hoje saber exactamente quanto custam.

A ver se passa, alguém republicou o mesmo vídeo e anda a circular por aí.  São séculos de prática, e bem vistas as coisas a defesa da inutilidade régia não podia passar por outra coisa que não fosse a mentira. A menos que um Hitler e outro Mussolini voltem do túmulo, não passarão.

no pasaran

Não pode ser!

Letizia pinta as unhas dos pés de vermelho

O cineasta e o imperador

Quando o imperador Francisco José I, que esteve 68 anos a liderar o Império Austro-Húngaro, morreu, em 1916, um cidadão vienense chamado Maximilian quis que o seu filho Billie, então com 10 anos, aproveitasse a oportunidade de assistir a um momento histórico. Bom conhecedor de Viena, escolheu o café Edison, subiu à sala do segundo andar, e instalou o filho em cima de uma mesa junto à janela para que ele tivesse uma vista privilegiada do cortejo fúnebre.

– Vais lembrar-te deste dia toda a tua vida, Billie – profetizou.

O miúdo ficou a olhar a lentíssima peregrinação de gente vestida de negro. A carruagem com o caixão era puxada por cavalos negros. Os homens vestiam fatos negros e negros eram também os uniformes dos oficiais. Entre as mulheres, não havia vestidos de outra cor, e negros eram igualmente os chapéus, as luvas e os véus.  O negrume e o silêncio absoluto impressionaram Billie.

Foi então que na procissão apareceu um rapaz, de quatro ou cinco anos, todo vestido de branco, com o uniforme dos Hussardos e um capacete branco e reluzente, encimado por uma pluma branca. [Read more…]

Amor em Tempos de Catástrofe

Definitivamente, a amargosa pílula-panorama nacional não se pode dourar. É transversal reconhecermos que, algures no início de Setembro, o Governo Passos rompeu unilateralmente um compromisso tácito e explícito com o Povo Português: havíamos aceitado abnegadamente a nossa quota parte de sacrifícios imprescindíveis para a saída rápida deste buraco monumental-colossal composto por dívida pública, por um défice galopante, a cada passo agravado pelo estalar ora dos juros altíssimos da própria dívida ora pelo início de pagamentos de negócios, contratos, PPP bombas-relógio deixados alegremente para trás em grande número pelos anteriores Governos, bombas suficientes para surpreendentemente tingir de mais incompetência a manifesta incompetência que quase todos atribuem a este Governo de Crise ele próprio em Crise.

A partir daí, o que avulta é um grave divórcio Governo-Povo, a percepção geral do relvismo mega-lobista em todo o seu esplendor baço, intercontinental, tacticista, politiqueiro, e a consciência de que o Executivo se encontra inapelavelmente cindido. Na medida em que, contra todas as promessas, Passos foi surgindo como mais do mesmo, no seu labirinto por cumprir o Memorando, com movimentos perros, dados muito a medo no corte da Despesa Pública, e o peito inflado de sádica ousadia na captação selvática de receita fiscal, muito mais legitimamente toda a gente, cada um de nós, vai enchendo a serena Rua da Liberdade Exasperada. [Read more…]

Monárquicos: Estúpidos, ignorantes ou tenebrosos?

Por mais que me esforce, não conseguirei compreender nunca os argumentos em que se sustentam os defensores dos regimes monárquicos. É verdade que não tenho a bagagem intelectual de alguns vultos da nossa blogosfera e se calhar por isso é que não compreendo.
Curiosamente, tenho amigos monárquicos e já debati com eles inúmeras vezes. A conclusão é sempre a mesma. Por que razão alguém, só porque sim, há-de ser o representante máximo de um país? Que razões justificam que uma mesma família se perpetue no poder séculos a fio através da hereditariedade e que nunca seja sujeita ao crivo popular? Qual é afinal a diferença entre um ditador e um rei? Entre Kim-Jong-Il e Isabel II? E o que leva pessoas que são inteligentes a defender regimes em uso em países como a Arábia Saudita, o Qatar ou o Brunei?
Serão todos os monárquicos estúpidos, ignorantes ou tenebrosos? Obviamente que não. Porque são monárquicos, logo, de uma casta superior. Mesmo aqueles que militam em Partidos políticos que até pertencem ao arco da governação republicana. O CDS, por exemplo, está cheio de monárquicos.
Lá está. Sendo de uma casta superior, são incomparavelmente superiores. Tudo o resto – Esquerdistas em geral e a ralé comunista em particular – não presta. Quem me dera ser como eles…

Vem aí a esquerda comer criancinhas ao pequeno-almoço, valha-nos Deus!

Tudo indica que a Europa mudou, virando à esquerda, seduzida, mesmo que não apaixonada, por um discurso que torna evidente a evidência: durante os últimos anos, acentuou-se uma governação submetida ao poder financeiro e à visão macroeconómica pura e dura, em detrimento do bem-estar dos cidadãos. Como é óbvio, porque o ensina a pedagogia do bom senso, a virtude está no meio e governar implicará sempre a procura do equilíbrio entre o individual e o colectivo, equilíbrio difícil que não se alcança, com certeza, governando contra as empresas ou contra os trabalhadores.

Tudo truísmos, dirão. É verdade, mas, por vezes, tendemos a esquecer o óbvio. Por falar em óbvio, está à vista o resultado da obsessão pela austeridade: as contas públicas continuam a derrapar, o desemprego aumenta, a dívida cresce, o nível de vida dos cidadãos regrediu. Como se de uma religião se tratasse, os responsáveis por estas políticas garantem um futuro paraíso aos que agora sofrem. [Read more…]

Viva o Rei

O Rei vai nu!

Reforma administrativa: um único concelho no país

Estado eucalipto-centralizado
(Clicar para ampliar)

O Aventar soube que o próximo passo da reforma administrativa será a fusão de todos os municípios num único. Para que não haja críticas de favorecimento a Lisboa, a sede do futuro município português em Vila de Rei, centro geográfico de Portugal. Assim, e de acordo com as palavras de Álvaro Santos Pereira, “o centro do país ficará mesmo no centro de Portugal.”

É certo que todas estas alterações obrigarão à construção de um vasto conjunto de edifícios, mas a poupança gerada pela diminuição dos gastos com pessoal compensará largamente o investimento a ser realizado. Será, ainda, construído um aeroporto ao lado do marco geodésico a 10 km de Vila de Rei, que será dotada daquele que passará a ser o único hospital do país. No que respeito à Educação, será também em Vila de Rei a sede do Hipermegateragrupamento da Escola EB1,2,3 com Secundário Portugal.

Assim, haverá três juntas de freguesia: Vila Real, Vila de Rei e Vila Real de Santo António. Para evitar gastos supérfluos, o Presidente da Câmara de Vila de Rei será também Presidente da Junta e será, por inerência, Presidente da República. O cargo de Primeiro-Ministro será extinto e Vítor Gaspar passará a acumular a Pasta das Finanças com a da Economia e a da Agricultura. Santana Lopes já declarou que será candidato a qualquer um dos cargos que sobra.

A Causa Monárquica rejubilou com a escolha de povoações cujo nome está relacionado com a realeza e vê aqui um sinal de que a monarquia estará prestes a regressar. Dom Duarte Nuno já declarou que aceita Santana Lopes como Presidente da Junta.

O País da Austeridade Cívica e do Relativismo Ético

Hoje, a divulgação de uma nova sondagem. Ela mente, claro. Mas o clima é benigno. Não há lobotomia mediática quotidiana sobre a Opinião Pública. Não se pratica a sobreexposição tóxica, estelar, circense, do produto adulterado primeiro-ministro que deixou de ser produto e voltou a ser gente. Cessou a horrenda a meticulosa construção dúctil do discurso e da pose para parir patranha e insídia. De resto, a esmagadora dos votantes e dos sondáveis não vota. Nunca. Não sabe nem quer saber disso por se encontrar em austeridade cívica há mais de quarenta anos, pavlovianamente condicionada a alhear-se de judicar e decidir Política. Se a esmagadora maioria dos cidadãos pudesse votar segundo uma esperança nova, mudaria quase tudo o que diz respeito à cartelização partidária do Parlamento e à miséria dos seus jogos florais perfeitamente infantis e indiferentes ao País. Nessa sondagem, todas as lideranças partidárias descem, mas se nas intenções de voto nos partidos, sobem PSD, CDS e BE, afunda-se o PS. Não há fuga à avaliação serena da profusão de desmandos acumulados. Já só faltam Consequências.

Em defesa da Monarquia

O meu amigo Nuno Resende vai ficar todo contente com o título. Mas só com o título mesmo. Como sabem, o Nuno incluído, não sou Monárquico.
Confesso a publicidade enganosa. O post nada tem a ver com esta questão a não ser lateralmente.
Numa aula de 9.º ano, após falar não sei quantos minutos das Ditaduras e da sua implantação na Europa dos anos 30, lembrei-me de que talvez os alunos não soubessem o que era uma Ditadura.
Perguntei e confirmei. Não sabiam. Nem sequer suspeitavam.
Após deambulações várias sobre liberdade, partidos políticos, eleições e demais exemplos que lhes permitissem perceber o que é uma Democracia, fiz a pergunta do costume: «Então, qual é o contrário de Democracia?»
E levei com a resposta do costume: «Monarquia».
Ironicamente, é quase sempre a resposta dos alunos àquela pergunta.
Foi então que me vi na obrigação de defender a Monarquia. Não, a Monarquia não é uma Ditadura – e expliquei por quê, dando vários exemplos e fazendo notar que, à Monarquia, deve opor-se a República e não a Democracia ou a Ditadura.
– «Ó setor, mas se o povo não vota no Rei, então isso é uma Ditadura.» [Read more…]

Uma pausa para Pub.:

O Partido Popular Monárquico promove esta sexta-feira um debate sobre o regime actual através de um confronto de ideias pouco usual com republicanos. A iniciativa «Tenha calma: beba um copo com o regime» tem lugar no bar Frágil, em Lisboa, pelas 22:30, e junta várias personalidades políticas pró e contra a monarquia.

Os protagonistas serão pela república o deputado socialista João Soares, o deputado do PSD Carlos Abreu Amorim, o ex-vereador da Câmara Municipal de Lisboa Tomás Vasques e o candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Oeiras, Francisco Silva. Pela monarquia estarão presentes o
ex-deputado e membro do Conselho Monárquico da Causa Real Luís Coimbra, a dirigente do PPM Aline Gallasch-Hall, o publicitário João Gomes de Almeida e o bloguer do 31 da armada Miguel Castelo Branco.

A moderação ficará a cargo do jornalista da TVI24 Filipe Caetano.

 

Texto palmado AQUI

Regresso ao passado

Parece que ontem uns assinaram pela energia nuclear e outros pela monarquia. O nuclear após Fukushima e a monarquia com aquele patusco que faz filhos e tem um bigode castiço mas não vai ao concurso do bigode do ano.

Aguardo ansiosamente um manifesto que exija às escolas a reposição da terra no seu lugar aristotélico. Quem anda é o sol, carago.

Dêem-nos um Rei

UM REI, PRECISA-SE

Portugal, nesta crise cheia de crises em que vivemos, precisa de um Rei.

Só um Rei pode ser realmente o elo de coesão Nacional.
Ao fim deste experiência de cento e doze anos, acabamos por entender que este regime não funciona. Nem bem, nem mal.
O actual Presidente desta República, o senhor Cavaco silva, demonstra, como os que o antecederam, uma total falta de preparação para ser realmente a alma Portuguesa e o elo de ligação entre todos nós.
A abismo à borda do qual vivemos e no qual estamos prestes a afundar-nos, provém de uma crise financeira e moral sem precedentes, acentuada nos últimos anos por acção dos que nos têm (des)governado.
Um Presidente deveria ser leal aos seus concidadãos, e a grande maioria dos Presidentes desta República não o foram. E ainda menos este que agora temos, já que neste período difícil que atravessamos se tem demonstrado de uma insensibilidade gritante para com o povo de Portugal. Talvez que por estarmos em crise, se note mais, mas a verdade é que a sua falta de lealdade para connosco se vê em demasia.
Estamos à beira da total perda da nossa soberania, e ninguém o vê defendê-la.
A alternativa não é mudar o Presidente, é mudar o regime e passarmos a ser uma Monarquia.
Temos excelentes exemplos de Monarquias por aqui e por ali, que são prósperas. Vejam os exemplos da Dinamarca e da Holanda. Ponham os olhos nessas Monarquias e perguntem-se se não gostariam de viver num País assim.
Retornemos a ter orgulho nos nossos antepassados, no seu orgulho de serem Portugueses, no seu sentido de independência, nos seus valores morais e nas façanhas que cometeram por esse mundo fora.

31 de Janeiro de 1891, a última grande revolta da cidade do Porto


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Quanto custa uma monarquia?

Nunca acreditei na muitas vezes vendida teoria de que os Bourbons castelhanos ficam mais baratos aos nossos vizinho que o Palácio de Belém. E um dia o azeite viria à tona de água. No orçamento de 2010 tivemos “como despesas orçamentadas da Presidência da República: 17.464.000,00 €”, cito um blogue de propaganda monárquica.

Hoje o Público apresenta-nos os custos no ano transacto da família real:  8.434.280 euros,

Pero los 8,43 millones son sólo una parte mínima del coste real de la Corona. Hay que sumar las partidas que el Gobierno reserva para Juan Carlos y su familia –viajes oficiales, recepciones, salarios del personal de la Zarzuela…– y para la conservación de los palacios y jardines, y que figuran en otras partidas de los Presupuestos. Escondidas, pero ahí están. Ello haría un total de 59,28 millones. Aún habría que añadir los gastos de seguridad, de coches y chóferes, o de la Guardia Real. Estos costes los asumen los ministerios del Interior, de Defensa y de Hacienda, pero el importe se mantiene en secreto.

A mentira, as monarquias e os seus gastos ocultos sempre andaram de mãos dadas. Esta semana teremos números mais exactos.

Os demónios de Alcácer-Quibir

Rodrigo Moita de Deus queixa-se porque “nos últimos cem anos a república faliu quatro ou cinco vezes o país“. Não vou contar quantas vezes a monarquia o tinha falido antes que as falências ocorrem em qualquer regime e a da última década do séc. XIX até deu muito jeito aos republicanos. Já levar Portugal à perda da independência foi até hoje exclusivo da monarquia, primeiro com os casamentos que procuravam a união dinástica, iniciados ainda no séc. XV, e tendo como corolário um tolinho, vítima de tanta consanguínidade, que foi brincar às guerras para Alcácer-Quibir. Em 1580 o mouro é que jogava em casa e levámos uma abada.

Efectivamente sem “patriotar”.

Londres, Covent Garden, 2011, NR (c).

Visito Londres durante a preparação para o casamento do século, o do Príncipe Guilherme de Windsor com Catherine Middletton. O acontecimento é um estado febril. Por todo o lado lojas oficiais e não oficiais desdobram-se em merchandising: canecas, pratos, bandeiras, bules, etc, etc, tudo com a efígie do casal. Não há mãos nem braços que cheguem para abarcar a publicidade que se faz à cerimónia, ao cortejo e a toda a preparação para o real enlace. Na rua, a somar às incontáveis Union Jack que edifícios públicos e privados exibem com brio, várias pessoas transportam consigo pequenos estandartes e bandeirinhas. De resto, nas exposições que se multiplicam sobre a Monarquia, ouvia as crianças perfeitamente familiarizadas com o nome de cada um dos seus anteriores monarcas e sobre uma ou mais características  da sua vida ou reinado, por mais desinteressantes que fossem.
O símbolo da Coroa está por todo o lado, desde as obras dedicadas ao Jubileu da Rainha, à lembrança de Diana de Gales, até aos príncipes Guilherme e Harry. O turismo vive, afinal, destas “futilidades” de castelos, reis, princesas, como se vê pelas filas intermináveis para entrar na Torre de Londres.  As Jóias Reais da Coroa Britânica estão entre os objectos mais vistos do mundo (quem afinal pagaria para ver o guarda roupa da primeira-dama de Portugal?) E quanto mais difíceis estão os tempos, mais aquelas régias figuras (que alguns consideram vazias) significam algo para o povo que as exalta, o mesmo povo (a maioria) que as trata com respeito e alguma reverência, como o capitão do barco que fez a visita guiada pelo Tamisa e que nunca se dirigiu à monarca pelo nome, mas por Her Majesty The Queen.
Volto a Portugal. Os jornais dirigem-se, desde o presidente ao primeiro-ministro por tu, os políticos tratam-se uns aos outros por ladrões e, nos cafés e na rua, todos se tratam mal. Não é uma questão de respeito, é uma questão de auto-estima. Um país que não gosta da sua História, que não acredita nela nem nos seus intervenientes, que não se agrega em redor dos seus símbolos em tempo de crise, dificilmente conseguirá chegar a ser um país. E isto é assim há muito tempo.
Somos como muitas das bandeiras republicanas espalhadas por edifícios públicos: cheias de surro, esfarrapadas e mal representadas.

Monarquia ou República – só mudam as moscas

Monarquia ou República – só mudam as moscas.
Claro que a República é um regime infinitamente mais justo. É o povo que escolhe o seu representante máximo e não uma família que se eterniza no poder não se sabe por que motivo. Mas na prática, na prática vai dar ao mesmo.

No dia de hoje, os «Homens da Luta» foram os únicos a estar de Parabéns.

Cem Anos Sem Rei

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CEM ANOS SEM REI

O que me lixa não é que se comemorem os 100 anos da república, cada um é para o que nasce e “chacun s’amuse à ça façon”.
O que me lixa é que se comemore o centenário da república como se a instauração da dita correspondesse à realização da vontade democrática do povo português; como se estivessem a celebrar 100 anos de democracia, ou lá que raio de sucedâneo de democracia é esta coisa em que vivemos actualmente.
A nossa suposta democracia é uma jovem prestes a completar 36 anos que, talvez por acumular erros de juventude e devido à sua descuidada cultura e educação, para já não falar de uma capacidade financeira que a tem vindo a comprometer na sua ética e na sua independência, apresenta um aspecto desgastado, e pouco atraente.
Será por isso que agora tendem a confundi-la com uma centenária?

A república tem 100 anos e Portugal cumprirá este ano 867.
Quase tudo o que foi importante se passou nos primeiros 767 [Read more…]

Bandeira Monárquica no Parque

O nosso Nuno já nos tinha avisado que hoje era um dia especial e tal, metia massa, carbonara, facebook e pensei logo na Mónica. Grande malha. Eu gosto sempre de ver uma bandeira azul e branca.

Depois do 31 da Armada e do anúncio do nosso Aventar, mais um sinal da força e irreverência das redes sociais.