Terramoto do Haiti: As imagens duras e frias merecem mais que um simples juízo de valor?

No Bitaites, o seu autor, Marco Santos, coloca “A velha discussão entre jornalismo e pornografia” em debate. Por causa de uma fotografia. Em causa, a ética e a moralidade de publicação de uma imagem dura, cruel, que ali é apelidade de pornográfica. É uma velha questão, de facto. Deve a imagem de Olivier Laban-Mattei, que venceu na categoria General News Stories, do World Press Photo, ser mostrada, seja onde for, num jornal, numa revista, num site, numa exposição? A fotografia foi tirada a 15 de Janeiro do ano passado, num dia normal das prolongadas operações de limpeza que se seguiram ao terramoto no Haiti.

Todos nós vimos imagens de momentos únicos de salvamentos no pós catástrofe no Haiti. Daqueles que nos fazem encolher o peito, embargar a voz e humedecer os olhos. Eram momentos felizes. Dos escombros saiam vidas, depois de horas, dias e até uma semana em suspenso. Gostamos dessas imagens. Proporcionam esperança. Sabemos que há milhares de mortos mas é nestas que obtemos mais uma recarga de humanidade.

Por isso, é tão duro olhar para a imagem do homem que efectua limpezas na morgue do repleto hospital central de Port-au-Prince. Ali, parece não haver humanidade.

Um corpo de uma criança voa em direcção a uma pilha onde já há outros cadáveres. Há um despejar literal, como se fosse um pedaço de madeira. Como se fosse nada. O nosso espanto é ainda maior porque se trata de uma criança.

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Crédito: Olivier Laban-Mattei, França, Agence France-Presse

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Cuidado: não recomendado a pessoas sensíveis

Notícia pornográfica, daí a bola vermelha, não recomendada a pessoas sensíveis. Se se impressionar com facilidade não leia. Não digam que não avisei.

Será o CM feito por um bando de garotos excitados?

A capitã Patrícia Almeida poderá, muito em breve, sair do Comando do Destacamento Territorial da GNR de Santarém. A oficial que protagonizará, em conjunto com a cabo Teresa Carvalho, o primeiro casamento gay da história daquela força de segurança, pediu para ser transferida para o Comando Administrativo e de Recursos Internos (CARI), em Lisboa.

In Correio da Manhã

O Correio da Manhã faz destaque hoje desta informação. Com chamada à primeira página. Parece que por lá dizem ser uma ‘notícia’. Não consigo é perceber porquê.

É a primeira oficial da GNR a fazer um pedido de transferência? É a primeira oficial de nome Patrícia a pedir a transferência? É a primeira vez que o Correio da Manhã publica uma notícia sobre a GNR? É a primeira vez que o Correio da Manhã (CM) publica uma notícia? Ou não há notícia e o CM tinha falta de assunto? O CM faz notícias de todos os pedidos de transferência? Ou só dos pedidos de transferência de elementos das forças de segurança? O CM faz notícias ou é o boletim interno da GNR?

Só não quero é acreditar que o CM faz esta ‘notícia’ – e com chamada à primeira página – porque quem pede a transferência é uma senhora homossexual que vai casar. Porque não quero acreditar que o CM seja um feito por um bando de miúdos que se excitam com informações deste teor.

Jaz morta e arrefece

Augusta Duarte Martinho completaria 96 anos no próximo dia 12. Completaria, porque está morta há nove anos. Mas apenas agora é notícia. Porque só ontem o seu corpo foi encontrado.

O andar em que vivia foi vendido em leilão pelas Finanças e quem o comprou encontrou o corpo da idosa. Terá morrido sozinha. Não sei se era boa ou má pessoa. Se mereceu ou não viver os últimos dias em total solidão, como uma espécie de castigo.

O desaparecimento de Augusta Duarte Martinho tinha sido participado à GNR, em Novembro de 2002, por uma vizinha. Parece ter sido a única interessada. Ela e o cão que lhe fazia companhia. E que foi encontrado morto na varanda da casa.

"Que parva que sou" de Deolinda, ou como nascem os hinos sociais

Acredito que um dia ainda se vai fazer história sobre como se fazem os hinos sociais. Não aqueles que dão colorido a uma qualquer nação, sem dúvida significativos mas que perdem importância perante aquelas canções que, num dado momento, num certo contexto, são sentidas por toda uma comunidade. Não por todos, claro, porque há, em todo o lado, uns palermas que fazem gala em não querer gostar do que os outros gostam.

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Voltemos ao hino social. Aquele que é nosso, que fala para nós. Mais: somos nós que estamos ali retratados, um pedaço da nossa vida que ganhou relevância naquele instante. São assim os hinos. Há aqueles que o são por fruto do acaso. Paulo de Carvalho ganhou um lugar na história de Portugal porque interpretou a canção que serviu de senha para a revolução de 1974. Outros resultam do momento e ajudam a transformar-lo, como alguns dos temas dos Beatles, autores de diversos hinos ao longo da agitada década de 60 do século passado. Há uns dois anos houve quem visse em Movimento Perpétuo Associativo (MPA), dos Deolinda, o tema adequado para ilustrar o verdadeiro espírito português. O hino nacional a sério. [Read more…]

É melhor não dizerem aos senhores do Governo…

… que houve um senhor chinês, a residir em Portugal, que penhorou a mulher como garantia do pagamento de dívidas.

Uma dívida de 50 mil euros entre chineses, sujeita a juros altíssimos, foi o pretexto para um credor raptar e manter em cativeiro durante uma semana a mulher do devedor. A vítima foi libertada pela PJ-Porto. In JN

Se o Governo sabe, ainda penhora toda a gente, mulheres, homens, como garantia de pagamento da dívida externa.

O último adeus de Maria Schneider

Maria Schneider morreu hoje, aos 58 anos. Para a história ficou famosa da forma que menos queria, como uma “sex symbol”. Graças, sobretudo, a "O Último Tango em Paris". Tinha 19 anos e, no filme, envolvia-se com um empresário dos EUA, interpretado por Marlon Brando.

Tinha sido escolhida por Bernardo Bertolucci, a quem, mais tarde, acusou de manipulação e de ser o pior inimigo dela e da carreira que poderia ter tido.

O filme, de 1972, foi polémico em todo o mundo e mais em Portugal. Foi censurado e ficou de fora das salas nacionais até depois da revolução. Mas quando chegou, chegou com grande impacto. A curiosidade fez deste um dos primeiros grandes sucessos da sétima arte no pós-25 de Abril.

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Decidiu nunca mais aparecer nua. Mas acabou por aceitar o repto de surgir sem roupa num filme de Michelangelo Antonioni, com Jack Nicholson.

Fez muitos mais filmes depois, mas deles pouco reza a história. Pouco interessa. Ficou, para desgosto, O Último tango em Paris.

Sócrates em jeito de olha para o que digo e não para o que faço

No Parlamento, José Sócrates indignou-se. As crianças, disse mais ou menos desta forma, não podem ser utilizadas como forma do protesto das escolas particulares contra a redução dos valores dos contratos de associação. Foi ontem. Tem razão, não deviam.

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Já não sei é se é o mesmo José Sócrates que fez demonstrações do Magalhães com crianças contratadas a 30 euros.

Gilberto Madaíl, pá, a sério que não era preciso

Os homens providenciais sempre me assustaram. O mundo pula e avança graças a um conjunto de indivíduos e nunca por obra e graça de um só. Mesmo que esse homem especial tenha uma importância extra no desenrolar da história.

Gilberto Madail

Messi pode ser determinante no Barcelona mas se não tiver outros dez jogadores a ajudar não ganha nenhum jogo. Há um anos, quando Cavaco Silva garantiu que ou era ele ou o caos, tremi. Foi por isso que nunca fui fã do reeleito presidente da República. Por isso e por causa do episódio do consumo de bolo-rei com a boca aberta. É um crime comer bolo-rei daquela forma.

Há dias, Gilberto Madaíl admitiu recandidatar-se à liderança da FPF, depois de ter dito, várias vezes, que não, que não faria mais nenhum mandato. Comecei a ficar assustado.

Depois, já hoje, Horácio Antunes anunciou que desistia. O pior estava para aconter e, pumba, aconteceu. Hoje, Madaíl confirmou: se os novos estatutos forem aprovados, ele recandidata-se.

É que não era preciso. A saúde já não ajuda, a idade começa a pesar e a FPF até funciona em piloto automático.

Vamos descobrir do que é capaz Cavaco Silva

Estavam à espera que viesse aqui comentar as presidenciais? Claro que não. Nem estavam à espera, nem eu as vou comentar. O que tinha a dizer, já disse no chat do Aventar na noite eleitoral.

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Vim aqui hoje apenas dizer que a melhor frase de todas as análises das presidenciais foi escrita pelo Pedro Rolo Duarte. É esta:

A reeleição de Cavaco vai trazer-nos a revelação: vamos finalmente saber quem é este homem. E do que é capaz.

O espantoso, no mau sentido, discurso de vitória de Cavaco, cheio de azedume, com laivos de rancor, deve ter servido para levantar o pano. E não vale a pena ir mais longe.

Em dia de reflexão sobre as presidenciais, reflecti e cheguei a uma conclusão sobre o melhor candidato

 

 

 

 

 

Pronto.

Democracia e povo em dois momentos zen de uma campanha presidencial

Primeiro momento zen: Manuel Alegre, em Vila Real, acena com os perigos para a democracia

“Esta é uma luta de vida ou de morte para a democracia nacional”

Segundo momento zen: Cavaco Silva em Aveiro, ‘gasta’ a palavra povo

http://player.soundcloud.com/player.swf?url=http%3A%2F%2Fapi.soundcloud.com%2Ftracks%2F9287352 CAVACO POVO by josefreitas2

E se o moço for culpado?

Não, claro que não. Claro que não tenho a certeza de que foi Renato Seabra que assassinou Carlos Castro. Não estava lá. O que sabemos acerca de uma eventual confissão terá sido soprado aos jornalistas pela polícia. E a polícia de Nova Iorque, como toda a gente sabe desde A Balada de Hill Street, não é de fiar. Ainda se o interrogador tivesse sido o Frank Furillo… Assim, nunca se sabe quais as reais intenções dos polícias.

O comportamento alegadamente suspeito do jovem pretendente a manequim, o sangue na roupa, a alegada tentativa de suicídio são tudo coisas que se podem explicar ou, não podendo ser clarificadas, podem sair da fértil imaginação de detectives com muito tempo livre ou dos poderosos adversários do ex-concorrente de programas televisivos. Uiii, que segredos não terá ele a revelar?

Não, não sei se Renato Seabra é ou não o assassino. Não estava lá. Não sei eu nem sequer as boas pessoas que, pelos vistos, sairam à rua na sua terra. Para, alegadamente, se solidarizarem com um eventual homicida. Se tiverem razão e o moço for inocente, podem cantar vitória. Se for culpado, quero vê-los a promover uma sessão de homenagem a Jack, o Estripador, Charles Manson, Ted Bundy ou o Estripador de Lisboa.

Enquanto o pau vai e vem, já nem as costas folgam

Na missão de escolher prémios Nobel da Economia para sustentar as posições que defendemos, dei por mim a escolher Paul Krugman. Não porque partilhe sempre as mesmas opiniões mas porque tem sentido de humor e, acima de tudo, é daqueles vencedores do dito prémio que dizem coisas que o comum dos mortais entende. Isto é, não é preciso ter sido ministro das Finanças, servidor do Estado no Banco de Portugal ou professor de finanças públicas para entender o homem.

Ontem Krugman lembrou-se novo de Portugal, país pelo qual nutre certo carinho. E o que disse? Que Portugal é a próxima pedra do dómino a cair, que a recuperação passa pela deflacção e que, atendendo ao volume da dívida privada, esta será bem tramada.

Até parecia premonição.

Hoje, por breves momentos pudemos respirar, até que nos voltaram a atirar ao tapete. Diz o ditado que enquanto o pau vai e vem, folgam as costas. O problema é que o tempo entre cada cacetada está cada vez mais curto.

Eis que descubro que Cavaco Silva andou à pancada e acha que é agricultor

Estou deslumbrado. E tudo em pouco mais de 24 horas.

Até ontem a pré-campanha eleitoral estava a ser uma perfeita chatice, feita de frases e ideias banais, em redor de questíunculas bancárias do BPN e do BPI, em jeito de rodriguinhos de jogadores da bola pouco habilidosos mas muito convencidos. Estava a ver que nada de novo iria surgir do sexteto, com excepção do assertivo Coelho, da Madeira.

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De repende, fez-se luz. Tudo mudou. Comecei a aprender. E sempre graças ao mesmo candidato. Num dia descubro que Cavaco Silva "era tão normal, que até andava à pancada com os outros miúdos". Numa penada, duas descobertas. Primeiro que é preciso andar ao estouro com outros putos para se ser normal. Depois que o pequeno Cavaco era rapaz para esfregar os nós dos dedos na cara de outros petizes. Vá lá, também deve ter despachado um ou outro pontapé.

Poucas horas depois, novo momento extraordinário.

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Carlos Castro, Renato Seabra, o saca-rolhas e a capa do JN

Ah, quem não se lembra das fantásticas capas que O Independente nos proporcionou? Naquele tempo Paulo Portas tinha em Cavaco Silva o seu odiozinho de estimação, não havia governante que não tremesse à quinta-feira à tarde, com medo de uma chamada daquele jornal, e até o Expresso lançava manchetes que dominavam as agendas informativas durante alguns dias.

Hoje não temos nada disso. Mas, de vez em quando, temos o JN. Às vezes consegue surpreender. Hoje, por exemplo, à boleia do caso Carlos Castro / Renato Seabra oferece-nos uma capa de elevado humor negro. Ao nível do melhor humor britânico. Aposto que amanhã trazem um saca-rolhas.

Será que a caixa negra lhe cabe no bolso?

O vice-presidente da bancada do PS Ricardo Rodrigues vai presidir à IX comissão de inquérito ao caso Camarate, que será discutida e aprovada quarta-feira no Parlamento.

In Sol online

Parece que é o mesmo Ricardo Rodrigues do caso irreflectido.

Dúvidas existenciais sobre o pântano

Neste pântano imenso que é o caso BPN só há um gajo preso? E os outros? E os contribuintes, palavra que está a substituir o termo cidadãos, têm de suportar este esterco por mais dez anos?

Porque é que o banco não foi falência? Por medo de afectar o resto da banca nacional? O BPN? Ai, ai…

O Norte precisa de uma bússola

“No 3º trimestre de 2010, voltou a atenuar-se a tendência negativa do emprego na Região do Norte. Face ao trimestre homólogo do ano anterior, o número de empregados residentes na Região do Norte registou uma queda de 0,4% (equivalente a menos sete mil indivíduos empregados). No trimestre anterior, a variação homóloga  tinha sido de – 0,9%. A taxa de emprego (dos 15 aos 64 anos) atingiu novo mínimo histórico, fixando-se em 63,0%”.

Destaque para “novo mínimo histórico”.

Está no relatório de conjuntura divulgado esta terça-feira pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

João Salgueiro e o elefante no meio da sala

João Salgueiro é um dos suspeitos do costume. Teve o dom de contruir uma boa carreira profissional de braço dado com a política e a banca, logo os dois principais sectores artíficies da crise mundial – e interna – que enfrentamos.

Numa entrevista sauve que concedeu ao jornal Público deixou conselhos para ultrapssar a crise. Os conselhos do costume.

Com profundos laços que o mantém emaranhado no mundo da política e da alta finança, não se lhe ouviu uma palavra sobre o seus gananciosos confrades do mundo da banca. Nem um simples ‘mea culpa’, nem um reconhecimento de erros, de falhas de avaliação, de caminhos enviesados. Nada. Um imenso nada.

Até na estrondosa queda do comunismo, os dirigentes dos países do leste foram mais humildes.

Estou triste…

… afinal, o candidato Vieira não é candidato.

“Acabei a pintura que estava a fazer. O Papa ficou satisfeito”

“Acabei a pintura que estava a fazer. O Papa ficou satisfeito”. A frase é atribuída a Miguel Ângelo, um dos maiores artistas da história, depois de concluir o trabalho que o Papa lhe tinha encomendado: pintar a Capela Sistina.

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Não foi o único autor de um dos mais esplendorosos trabalhos artísticos jamais executado. Rafael, Bernini, Boticelli, entre outros, também espalharam tinta nas paredes da mais famosa sala de todo o Vaticano, restaurada entre 1477 e 1480 por indicações do Papa Sisto IV. Mas foi Miguel Ângelo o criador das mais celébres áreas da sala, a cena do juízo final e a criação de Adão. Além do tecto.

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Em apoio a Vera Fischer, como a compreendo

A actriz brasileira Vera Fischer, agora armada em escritora (e com elevada produção, pelos vistos escreveu 10 livros no espaço de um ano), foi bem clara na apresentação da sua, por certo, obra prima: “Eu não sei escrever pra gente pobre. Eu detesto.” Diz que a vida dos ricos é mais interessante. "Cada livro tem pelo menos uma viagem ao exterior." Uau…

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Como a compreendo, Vera. Há que fazer opções, não é?

Por mim, há muito optei não ler livros de gente reles. Por isso, os nossos caminhos nunca se irão cruzar.

Parece que, afinal, não somos dos que trabalhamos menos horas…

… podemos é trabalhar pior, mas isso é outra história.

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Via: Credit Score Blog

Como se dorme na Suécia?

Desengane-se. Aqui não vamos falar sobre o caso de Julian Assange. A palavra ‘dormir’ não vem aqui num sentido figurado mas sim na sua verdadeira essência.

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Sabem aquela coisa de dizer que dormir bem, além de fazer bem à saúde, torna as pessoas mais bonita? Parece que é verdade. Há mesmo um sono de beleza. Pelo menos é o que garante um grupo de cientistas depois de um estudo experimental liderado por John Axelsson, do famoso Karolinska Institute, da Suécia.

O estudo concluiu que que as pessoas que dormem mal “parecem menos saudáveis, menos atraentes e mais cansadas quando comparadas com quem descansa bem”. Foi assim na Suécia.

Our findings show that sleep deprived people appear less healthy, less attractive, and more tired compared with when they are well rested. This suggests that humans are sensitive to sleep related facial cues, with potential implications for social and clinical judgments and behaviour. Studies are warranted for understanding how these effects may affect clinical decision making and can add knowledge with direct implications in a medical context.

Agora vamos lá a uma beleza de sono. Até amanhã.

Pensei que em Portugal já não havia discriminação

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Não sei quem colocou o cartaz, algo tosco e com uma caligrafia irregular. Mas não posso deixar de classificar como delicioso o remate, uma pequena tira de fita-cola de uma marca associada, normalmente, a produtos para crianças e jovens.

O homem mais importante do planeta

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Hoje bateram à minha porta. Queriam falar do ‘homem mais importante do planeta’. Não especificaram de quem estavam a falar. Como tenho noção de que ‘o homem mais importante do planeta’ varia de pessoa para pessoa, achei que não eram merecedores da minha atenção.

Para respostas destas é preferível o silêncio

O Orçamento da Câmara do Porto prevê um investimento de 800 mil euros para reabilitar parte da Avenida da Boavista e 300 mil euros para alargar o parque de estacionamento nascente do Parque da Cidade.

O vereador da CDU, Rui Sá, desconfia que tenha a ver com a realização de mais uma edição do Circuito da Boavista. Disse isso mesmo na reunião da autarquia destinada a aprovar o orçamento. Na reunião ninguém desmentiu a suspeita.

Ao Jornal de Notícias, a câmara responde assim: : “Se o PCP diz, então é porque é. Ficamos a aguardar a justificação pela qual assim é, já que julgamos que a maioria da Câmara também tem o direito de saber porquê; a não ser que seja tabu”.

Pronto, estamos esclarecidos. Sobretudo os cidadãos do Porto, que têm direito a uma informação decente por parte da respectiva autarquia. Devem ter ficado a perceber tudo. Eu fiquei.

Se o Wikileaks incomoda muita gente…

Primeiro, a Amazon retitou ao seu cliente Wikileaks a possibilidade de continuar a alojar nos seus servidores (AWS) as páginas do site. Depois foi o site Paypal, utilizado para donativos, que recusa processar mais pagamentos. Ambos alegaram violações à sua política de utilização. Uma vez que o Wikileaks apenas está a fazer o que sempre fez, o argumento utilizado não passa de uma treta.

Logo, são opções tomadas após inevitáveis pressões.

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Só não tenho a certeza de onde tenham chegado as maiores pressões: se da administração norte-americana, pela divulgação de 250 mil documentos da diplomacia dos EUA, se das todas poderosas entidades bancárias. É que o Wikileaks já anunciou que a próxima vítima é um grande banco.

É raro mas desta vez concordo, no essencial, com Mário Soares

"A UE corre o risco de afundar-se por os dirigentes e as instituições não demonstrarem capacidade nem estarem à altura para gerir a actual crise (…) Os dirigentes da UE já não falam de projetos globais, não têm visivelmente nenhum, apenas falam entre eles de dinheiro".

Mário Soares ao Expresso

Eu sei que não sou ninguém mas há muito ando a dizer isto mesmo. A quem me quer ouvir, para ai uns dois ou três que não têm alternativa quando os apanho a jeito.

Certo é a maior parte dos países da União Europeia não têm políticos a sério há uns anos, têm apenas uma comissão de administração.