Vidas Alternativas desde os preservativos ao Papa, e à conjura ilícita contra o Governo

Hoje é dia 25 de Abril!

25 de Abril, Sempre! nos nossos corações!

A Liberdade custa muito a conquistar,mas tambem custa muito a manter.

Leiam o texto que publicamos  no VA  sob o titulo  “Liberdade”do portal Boas Noticias .pt.

Hoje foi dia de discursos e manifestações e boas intenções .

Entretanto,sente-se no ar  que continua em curso  uma operação , tentativa ilegitima, de derrube do Governo-seja ele  bom,ou mau- através de uma acção concertada de alguns magistrados,com outros tantos polícias, instalados em altos departamentos de investigação

Por outro lado em Espanha, alguns juízes de direita  também tentam derrubar o célebre juíz Baltasar Garzon, que luta contra a corrupção no seu país,em que está envolvido o PP, partido da oposição ao mais alto nível ,  e em tempos   quiz prender  o general chileno,Pinochet que derrubou o governo legitimo de Salvador Allende, e instalou uma ditadura feroz no seu país.

Milhares de pessoas têm  vindo a  a protestar em Espanha,França,  Argentina, e até em Portugal, a seu favor.

Começamos o programa de rádio  com Diogo Caldas  Figueira,  que nos fala do seu projecto de distribuição de preservativos nas ruas ,aproveitando a visita do Papa.Na rede dos seus aderentes do face book ,Preservativos ao Papa, em poucos dias ja tem mais de 10 mil aderentes, e muitas ONG´s ,mas sao precisos voluntários para o terreno.

Luís Mateus,militante republicano e laicista  fala sobre  a pedofilia.

Carmen Segarra, espanhola  que  veio para Portugal aprender a língua, compara a nossa situação com Espanha.

Dinka Amorim, são tomense , da rádio  Bué Fiche  constata -nos   o balanço  da sua actividade.

Enfim, Belmiro Pimentel ,polícia, do sindicato  independente dos polícias, fala- nos do departamento gay e lésbico que fundou  no seu sindicato independente.

Esta semana temos  a newsletter  onde se pode anunciar.

Venham ouvir-nos em www.vidasalternativas.eu

Antonio Serzedelo

Ps. Estive na manif em Lisboa de apoio ao juíz  Garzon,graças ao convite do Aventar.Nao vi   gente do blogue!… Havia  jornais portugueses  que  tiraram fotos. O El Pais refere a manif. O DN refere  as de Espanha, mas nada diz no que respeita a Portugal,e estava lá  em frente à embaixada de Espanha!!!!!

Venho da festa, pá, e falei com Fernando Nobre!

Grande manifestação na avenidade da Liberdade, uma multidão encheu a avenida, muitos cravos, muita “grândola vila morena”, muitas bandeiras de Portugal e vermelhas ( não do benfica…)

Este ano tivemos uma novidade importante, o Dr. Fernando Nobre acompanhado de um grupo de pessoas, ao qual me juntei, desceu a avenida muito aplaudido colhendo fogozas manifestações de simpatia. Sabemos que as máquinas tritutadoras dos partidos vão pôr-se em marcha e que tudo vai ser muito dificil para uma candidatura que emerge da sociedade civil, independente dos partidos, com poucos meios. Mas essas evidẽncias, não devem fazer-nos desistir de uma candidatura que, pela primeira vez, afronta os partidos, só isso, mostrar ao país que há soluções fora dos partidos, é um serviço inestimável prestado à democracia.

Ir a jogo, no caso do Dr. Fernando Nobre é já uma vitória, aligeirar o “bafo” partidário é uma conquista, poder escolher fora das tradicionais opções  propostas pelos partidos, é uma medida suprema de higienização da vida nacional. Porque não há que ter dúvidas, no momento certo todos os partidos sem excepção se unirão contra a candidatura independente.

Entretanto, fui dizendo a muita gente que lê o Aventar que aqui não há candidatos oficiais e, como tal, podem enviar o material da campanha que nós não enjeitamos a nossa responsabilidade de  a dar conhecer. Só falta dizer o mesmo aos outros candidatos mas esses vão ter muitos interessados em fazer esse serviço público.

Av. da República: Lisboa Arruinada


Chegar ao Porto dez minutos mais cedo, eis em resumo o que significa o mega-projecto do TGV. No exacto momento em que as cidades do país proporcionam um ridículo espectáculo de ruas esburacadas, prédios e casas a ameaçar derrocada, jardins ao abandono, transportes públicos deficientes e monumentos a carecer de intervenção urgente, as autoridades parecem querer insistir num erro vetusto de décadas. Se talvez se possa compreender a insistência na construção de uma linha de alta velocidade que nos ligue ao resto da Europa, as suas ramificações dentro do território nacional são por todos consideradas como teimoso desvario.

Sempre que uma autoridade concede uma entrevista, confirma os piores receios, mostrando sempre inamovíveis nas muito discutíveis opções de investimento. Continuamos então na senda das obras de fachada ao estilo aldeia de Potemkin, em vez de recuperarmos o imenso e quase fatalmente perdido património. As obras de pequena e média dimensão, proporcionam o trabalho de que as empresas tanto necessitam, dinamizando vendas, produção de materiais e consequentemente, ajudando a mitigar o problema do desemprego. Simultaneamente, prestar-se-ia um inestimável serviço a um país que pretende apresentar-se ao mundo como um destino turístico de primeira categoria. Para assim ser, não basta desfiar-se um caricato rol de campos de golfe e hotéis de charme, ao mesmo tempo que se esquecem as praias poluídas e sem infraestruturas de acolhimento, ou as muito danificadas estradas secundárias que conduzem os visitantes ao apregoado turismo num interior praticamente desertificado. Investe-se em grandes projectos turísticos no Alqueva, mas esquece-se todo o espaço circundante. É a opção pelos condomínios fechados levada ao extremo.

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Fui roubado

Prometeram-me uma terra da fraternidade e um dia inicial inteiro e limpo porque a poesia estava na rua e podia livre habitar a substância do tempo.

Fui roubado, quero apresentar queixa. Alguém sabe qual é o modelo do formulário?

Estórias de Abril


Após a longa invernia, o tempo cinzento de chumbo, a palidez das faces cansadas pelo frio e fustigadas pelas chuvas inclementes, temos sempre montões de cravos vermelhos, brados de vivas a Portugal!, canções patrióticas e a exaltação de heróis populares, uma parte indissociável de Abril. Há coincidências históricas neste calendário e uma delas remete-nos para os anos também conturbados e caóticos do início do século XIX.

Quando do movimento da Abrilada, os partidários de D. Miguel, os Apostólicos, eram cobertos por cravos vermelhos, uma flor desta estação e com claras conotações religiosas cristãs. A mãe do infante, a rainha D. Carlota Joaquina, comemorava o seu aniversário precisamente a 25 de Abril, altura em que ao passar em carruagem descoberta pelas ruas de Lisboa, via-se bombardeada por braçadas de cravos e sempre no meio de estrondoso vozear popular, alternando-se os ditos encomiásticos, com as canções da moda. O cravo vermelho ia-se tornando num símbolo dos adversários dos constitucionalistas e era comum os soldados serem presenteados com estas flores, procurando-se cativar a essencial simpatia de quem tinha a posse das armas.

Ansioso por se …”ver livre da pestífera cáfila de pedreiros-livres (1)“, a 25 de Abril de 1828, o Senado da Câmara Municipal de Lisboa proclamava D. Miguel como Rei e em delírio, era normal a sua carruagem ver-se desatrelada dos cavalos, sendo puxada ruas fora por populares que entoavam a plenos pulmões o “Rei Chegou!”:

“O rei chegou, o rei chegou!
e em Belém desembarcou;
na barraca (2) não entrou
e o papel (3) não assinou!
C’o papel o cu limpou!”

Tudo isto, no meio de uma chuva de cravos vermelhos atirados por raparigas da rua, senhoras burguesas e da sociedade, numa festa primaveril sem fim à vista e em antecipação aos Santos Populares.
Mais tarde, quando do cerco do Porto e posterior entrada das tropas liberais em Lisboa, a flor vencedora passou a ser a hidranja que aqui na capital se conhece pelo nome de hortênsia. Os soldados de D. Pedro desfilavam pelas ruas, tendo as espingardas decoradas com as ditas flores, invariavelmente azuis e brancas, as cores nacionais.

Estórias de outros Abris.

(1) A Maçonaria
(2) O Parlamento
(3) A Carta Constitucional

Os golos do Naval 0 – Braga 4

Coisas que já se sabem sobre este campeonato: Domingos Paciência vale 5 Paulos Bentos, 3 Jesualdos, e 4 Jesus (este último também por causa da gramática).

Levando também com túneis em cima, com um orçamento ridículo comparado com o das duas equipas que se lhe vão seguir na classificação, repetiu em maior escala o que tinha feito na Académica: levar a equipa a um lugar que nem os adeptos imaginavam. Com jogadores desprezados  pelos ricos (Luís Aguiar demonstrou hoje novamente que no Dragão também se dorme) fez um verdadeiro milagre no Braga.

Pode não ganhar o campeonato, mas já devia ter ganho o bilhete de regresso ao seu clube. Infelizmente duvido que tal aconteça, que a idade não perdoa, e a de Pinto da Costa também não.

0-1
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Web 2.0

A Web 2.0, ou seja, a Internet, é uma ferramenta indispensável para sala de aula. A sua utilização permite diversificar recursos e mesmo «o fim do velho manual». «And now something completly different» – bem se pode dizer da Internet. Oh, o mundo da Internet! O Mundo da Web 2.0! Como fazer com que os alunos entrem numa sala de aula e encontrem algo tipo «And now something completely different». Novos recursos, novos materiais, «o fim do velho manual» e tudo graças à Internet, graças à Web 2.0. Já pennsaram? O «fim do velho manual»? O que se pouparia em papel e nas despesas da família? Diversificar é pois a palavra de ordem. Diversificar, diversificar! Internet Internet, Web 2.0. E «o fim do velho manual». «And now something completely different». É possível, acreditem, o «fim do velho manual». Novos recursos na sala de aula.

Um País Novo…

Era um país de chuva e lama, com caminhos de terra batida fustigada pelo temporal da pobreza e da miséria a fazer de rosto público dos dias, onde os homens e as mulheres levantavam a cabeça na imagem dos valores éticos de então, cansados de fome e de tristeza… Era um país onde o futuro se parecia com a reprodução de si próprio, visto a um espelho estático, contrário à vida e sossegado no reflexo a preto e branco da ausência de expectativas… Era um país sem pão e sem palavras gritadas ao vento, onde a poesia parara à porta das prisões e onde o sonho se elevava apenas sob os véus das senhoras nas igrejas ao domingo, em missas que ninguém ouvia mas que todos cumpriam por bem-parecer, expressão de uma obediência incondicional e cega, sem sentido, à ordem pôdre das coisas que poucos ousavam pensar… Era um país moribundo numa casa a cheirar a mofo, velha, abandonada e fechada sobre si mesma até que um dia “os capitães da areia” atiraram, certeiros, as pedras que lhe quebraram os vidros sujos das janelas empoeiradas… e, pela calada da noite, sobreveio essa luminosa madrugada que, em 25 de Abril de 1974, devolveu a um Povo o direito não só à existência mas, à vida, à liberdade e à esperança! Viva o 25 de Abril!

25 de Abril, Sempre!

  

O 25 de Abril, 36 anos depois, tem um rosto

Domingos Névoa, o homem da Bragaparques. É o rosto de um poder judicial que nunca julgou os juízes dos tribunais plenários do fascismo.  É a imagem dos patrões que temos, analfabetos (60% dos nossos empresário não ultrapassaram o ensino básico), tipos que emprestam 25 000 Euros a vereadores, colados à igreja (cuja responsabilidade em séculos de opressão continua branqueada).  É a construção civil em todo o seu esplendor, que vai tornado inabitáveis as cidades e cada vez mais feios os campos e as praias, num país que tem mais casas do que aquelas que necessita.

Não foi para isto que o povo saiu à rua e fez de um golpe militar quase uma revolução. Acho eu, mas quem sou eu para saber o que o povo quer?

Uma Nova Revolução

Os 5 golos do BENFICA contra o Olhanense – falta um ponto

Depois de mais uma visita à Catedral, mais tarde do que o costume, aqui ficam os 5 golos do jogo de ontem. O mais fantástico ambiente num estádio de futebol viveu-se ontem na LUZ!

1-0 : Óscar Tacuara Cardozo (sim, com Z)

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2-0: Di Angel Maria (sim, eu sei que é ao contrário) [Read more…]

Uma afronta ao 25 de Abril

Na revista Sábado da quinta – feira passada, o título em destaque na primeira página, era a prisão dos milionários portugueses, durante o PREC. Estes senhores que estiveram presos e que constituiam, juntamente com a Igreja e as Forças Armadas, os três principais pilares do Regime Salazarento, são apresentados como vítimas inocentes e, veladamente, como alguem que passou por momentos dificeis com humor e dignidade.

Não sei se foi assim, o que sei é que o regime do qual lucravam e eram íntimos, amordaçou todo um povo durante quase 45 anos e em 25 de Abril de 1974 as cadeias estavam pejadas de pessoas inocentes. Muito mais inocentes que eles próprios que , até pela descrição que fazem, a sua prisão não passou de umas férias, com celas especiais e grandes almoços vindos do exterior. Nenhum foi molestado, e a democracia que nos negaram durante tantos anos, foi tão generosa com eles, que hoje em dia estão novamente milionários e a usufruirem de liberdade e proventos que a esmagadoria maioria não teve, não tem, nem terá.

A Sábado, aproveita sempre o 25 de Abril, não para se juntar à alegria de uma data histórica, mas à révanche de gente que não esquece os agravos apesar de terem recuperado a anterior influência, dinheiro e poder.

Antes do 25 de Abril, cada família milionária recebia de Salazar um banco, uma indústria ou mordomias no aparelho de Estado. Estão todos como estariam se não houvesse 25 de Abril!

Onde está a grandiosidade?

25 de Abril sempre: não dá muito jeito

Não sou grande adepto do “25 de Abril sempre”, como também me faz alguma confusão o “Natal todos os dias”.

Já imaginaram: “Em que dia é que chegas? Chego a 25 de Abril. Oh pá, mas 25 de Abril é hoje. Não pá, 25 de Abril é amanhã. E já agora, depois de amanhã também e depois, depois de amanhã, etc..” Era muito complicado.

O melhor era 25 de Abril ser apenas uma vez por ano. Até porque os cravos não são das flores mais bonitas.

O 25 de Abril e o PREC

 

O PREC (processo revolucionário em curso) foi o período, política e socialmente, mais intenso da ‘Revolução de Abril’. O chamado ‘Verão Quente’ de 1975 foi uma experiência de cidadania inenarrável; recheada de acontecimentos demasiado emotivos para serem relatados fiel e completamente, em fria e distante escrita, passados 35 anos.

O início do PREC deu-se a 11 de Março de 1975; marcado por fracassado ataque ao RAL 1, na ‘saída – norte’ de Lisboa, por aviões da Base Aérea 3 e uma força de pára-quedistas de Tancos. O comando superior era assumido pelo General António Spínola que, derrotado, acabaria por fugir de helicóptero para Espanha. Nessa noite, o MFA, reunido em assembleia agitada, acabaria tomar decisões drásticas, entre as quais a nacionalização da banca e seguros.

Os tempos posteriores foram abrasadores, tal como o Verão então sentido. Os conflitos entre ‘revolucionários’ e ‘moderados’ agudizavam-se gradualmente; o protagonismo de Cunhal ao lado dos primeiros e de Soares em apoio dos últimos dividiu também a sociedade civil. O País vivia sob ameaças à paz civil e em equilíbrios precários e instáveis, impossíveis de manter indefinidamente. A 25 de Novembro de 1975, sob a direcção do ‘moderado’ General Ramalho Eanes, o PREC finou; o último acto público foi dado por abrupto corte de sinal da RTP, quando o ‘revolucionário’ Capitão Durand Clemente falava ao País. A emissão foi reiniciada, mais tarde, com um filme de Danny Kaye, a partir dos estúdios do Porto.

Tantas e tão profundas divergências acabaram por ser socialmente digeridas; livres de monolitismos ou unanimismos, podemos, uma vez mais, comemorar colectivamente o 25 de Abril e as conquistas proporcionadas. Pena é que ainda tivesse ficado muito por realizar, como reconheceu, há dias, o General Eanes. Pois é… mas como a data é festiva, devo saudar com entusiasmo: “Viva o 25 de Abril, sempre!”.   

25 de Abril – o dia que vale uma vida!

Andava o cheiro no ar, as coisas iam mudar, dava-se a entender que se sabia mais do que na realidade se sabia, todos tinhamos contactos, amigos em posições privilegiadas, o tempo adensava-se. Naquela madrugada, mesmo ouvir canções que sabíamos proíbidas e que nunca se ouviam na rádio, não tirou a maioria da rotina. O grande medo era se Kaulza e outros anti-democratas se antecipavam e levavam a efeito um golpe de extrema direita.

Acordei com o telefone, mais estridente que o habitual, do lado de lá um amigo avisava-me que era preciso ir para a rua, o gajo era dos que estava “por dentro” e eu a julgar que era mais uma bravata, pois que escutasse a rádio, ele estaria no Martim Moniz. E a rádio dava música militar, mas conversa e notícias népias, nada, até que chegou a voz firme do locutor. “Cidadãos fiquem em casa, o MFA está na rua, quer evitar-se a todo o custo um banho de sangue. Pede-se a todo o pessoal médico que se dirija para os hospitais. É a hora da liberdade!”

O que se seguiu já contei em ” O Largo do Carmo“, vou uma e outra vez áquele lindo largo, hoje cheio de esplanadas, o sítio onde me encostei com duas hipóteses de fuga, se aquilo desse para o torto, os jovens militares de G3, o jovem e sereno Capitão, o Dr. Sousa Tavares em cima do Chaimite com um megafone, os tiros, a rendição…

Noites e dias sem dormir, uma torrente de sentimentos e de experiências, a vida palpitante como um filme em que participavamos, sem guião, e onde todas as esperanças eram possíveis.

Obrigado, Capitães de Abril !

Sons de Abril: Zeca Afonso – Grândola

Obrigado.

Como Se Fora Um Conto – 25 de Abril de 1974, o Dia de Todas as Perdas

Amanheceu cedo o dia de todas as perdas.

Amanheceu muito cedo o dia de alguns ganhos.

Dali para a frente, tudo foi feito às avessas.

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Naquele tempo, cumpria o serviço militar, e naquela manhã, estava «desenfiado». Desenfiado era o termo utilizado pelos magalas para definir quem, devendo estar de serviço dentro do quartel ou instituição militar, se encontrava fora, normalmente em casa, a dormir.

Ora na verdade, eu estava desenfiado. Dormia a bom dormir quando, pelas oito da manhã, uma tia me telefona a perguntar o que sabia eu da revolução. Nada, não sabia nada. Se calhar era outra intentona como a de Fevereiro, disse. [Read more…]