Sempre que Cavaco abandona o seu retiro presidencial para fazer política, interrompendo a luxuosa transumância entre o Convento do Sacramento e a propriedade na Herdade da Coelha, permutada com o impoluto amigo Fernando Fantasia, três coisas acontecem.
A primeira é o cerrar de fileiras dos partidos à esquerda. Não que se vão entender todos para ressuscitar a Geringonça, mas parece-me evidente que Cavaco tem o poder de, aparecendo, recordar muita gente daquilo que foi o cavaquismo. Que teve todos os defeitos do Costismo e de outros ismos mais.
A segunda é a menorização da liderança do PSD. Montenegro, o primeiro político da história deste país que se propôs a estar 5 anos em campanha para umas Legislativas, tem sido uma desilusão. Não consegue impor-se, apesar da sucessão de casos em São Bento, não consegue travar a ascensão do CH, que se faz, sobretudo, à custa de antigos eleitores do PSD, não se liberta, ele próprio, dos casos e casinhos que o ensombram, entre ajustes directos, ligações opacas em Espinho e uma mansão não declarada, e não descola nas sondagens, pese embora o valor relativo dos estudos de opinião. Teve que vir Cavaco para provocar a agitação que Montenegro é incapaz de causar. [Read more…]
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