Já só falta o porto marítimo de Beja

Aeroporto de Beja não recebe passageiros há três meses

A culpa é do Pinto da Costa

Confesso que este é o fim de linha da argumentação de qualquer benfiquista que se preze, o que não é o meu caso.

Mas estou tentado a aderir. Palpita-me que na questão em apreço, das duas uma, ou é coisa do Gaspar ou do Pinto da Costa.

E qual é a questão?

Estava a ver que nunca mais perguntavam!

As ilegalidades nos concursos de professores, que tive o cuidado de trazer à cena neste palco e onde procurei explicar mais ou menos a coisa:

Ministério de Nuno Crato deixou as escolas e os Directores às escuras durante dois meses e só esta semana deu indicações sobre os procedimentos a seguir – naturalmente houve escolas que seguiram um caminho e outras que fizeram outras opções. Umas tiveram a sorte de acertar, outras não.

E nesta coisa da sorte e do azar, o Pinto da Costa costuma ter um papel central e daí a minha dúvida.

Para os Directores, a coisa é simples: a culpa é do Crato. Espero que ninguém na ANDE tenha um gato. Quer dizer, não tenho nada contra o felídeo, não me parece é muito correcto que depois de um Gaspar nos apareça outro gato com necessidade de aconselhamento psicológico. [Read more…]

Miguel Relvas tem toda a razão

Miguel Relvas tem carradas de razão. Depois, chegou a ministro. Folgazão como é, não me espantaria que mostrasse este vídeo aos amigos e dissesse, sufocado de riso: “Ó pá, as coisas que um gajo diz para ganhar eleições!”

Vídeo do Ministério da Verdade

Se votar Pizarro, Porto dá um prémio aos Governos PS


Em entrevista ao JN, o candidato do PS à Câmara Municipal do Porto, Manuel Pizarro, vem dizer que dar a vitória a Luiz Filipe Menezes nas próximas Eleições Autárquicas significa dar um prémio ao Governo do PSD.
Curiosa a forma como Manuel Pizarro faz a associaçãop descabida entre duas eleições completamente diferentes. Mas seguindo o seu raciocínio, então dar a vitória ao PS significa dar um prémio aos Governos de José Sócrates que dirigiram o país entre 2005 e 2011. Com uma piquena diferença, coisa de somenos: ao contrário do seu adversário, Manuel Pizarro participou desses Governos e, como Secretário de Estado da Saúde, foi um dos coveiros do Sistema Nacional de Saúde.
Durante a entrevista, o candidato do PS tem a distinta lata de apelar a uma convergência à Esquerda. Como se alguém com o seu currículo pudesse alguma vez na vida fazer a ponte entre o PS e os Partidos realmente de Esquerda.
Apesar de tudo, mais vale seguir o conselho de Pizarro. E não dar prémios a quem tem governado o país…

A lambreta do Pedrinho

Parece que tem marcha atrás.

Isto precisa de uma lipoaspiração

Gestão privada de hospitais gerou cerca de mil milhões de euros em 2011.

A sopa

O ser humano é complicado. Como se pode defender ou aplaudir um corte no subsídio mínimo de desemprego, esmigalhando a miséria para 377 euros por mês?

Simplificando, fico-me por uma frase chave da minha educação: “é um fenómeno há muito tempo conhecido que as pessoas que vivem em palácios pensam de maneira diferente das que vivem em choupanas“. Nem todos tiveram o privilégio da educação que tive, admito, e de ter nascido com isto numa parede  à entrada da casa, que variou da quase choupana ao pequeno palácio mas nunca mudou a moldura do sítio.

É gente triste, esta que vive em palácios e não percebe a diferença de 10% para quem tem muito pouco, falamos de uns 40 euros, coisa que gastam facilmente num almoço. Nunca entenderão que isso corresponde a umas 15  sopas familiares, nunca tiveram fome ou, pior ainda, não sabem decifrar o que é ter um filho com fome. Gente triste porque tem um destino triste; um dia os homens que vivem em choupanas assaltam-lhes os palácios. Da próxima vez espero bem que não os enviem para campos de reeducação, de má memória e um custo para o estado. Ficarem a viver com 178,15 euros  de RSI chega perfeitamente para se atingir a escala da sopa na explicação do género humano.

fotografia Margaret Bourke-White, Georgia, URSS, 1932, roubada-me aqui.

Enorme é a tua tia

Acabou a paciência!

(Com as devidas desculpas à tia.)

Reserva de Recrutamento 7

Saiu e não saiu, parece que a coisa está complicada – para além da angústia do desemprego, as dificuldades sempre presentes do sistema Cratiano. Para acompanhar ao minuto.

A justiça na Vinculação Extraordinária

Quanto mais penso na proposta do Ministério da Educação para colocar Professores nos quadros através do mecanismo de vinculação extraordinária, mais fico convencido que se trata de uma mão cheia de coisa nenhuma.

Na proposta apresentada o MEC define apenas as regras de um concurso, nada mais que isso. O MEC limita-se a dizer que vai abrir um concurso a que se podem candidatar os professores com 3600 dias (quase 10 anos) de serviço nas escolas públicas, desde que tenham trabalhado num dos três últimos anos.

No entanto, se houver dez mil candidatos, mas só existir uma vaga, só um docente entrará nos quadros, isto é, a proposta do MEC provavelmente não vai dar em nada. No entanto, por mero exercício teórico vamos procurar sistematizar algumas das reacções que se vão conhecendo, também por aqui.

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Quase 39

Um mês! Apenas um mês da pensão deste tipo daria para pagar 38,7 anos da nova proposta de mínimo para o subsídio de desemprego.

Ainda e sempre os privilégios dos funcionários públicos

O diário i, órgão oficioso do governo, faz mais uma notícia com os privlégios da função pública. O jornal é um animal de hábitos.

Altruísmo em altitude: Governo baixa o subsídio de desemprego

É só uma proposta, diz a Teresa Caeiro, mas não deixa de ser um grande exemplo.

A tal proposta é uma  atitude muito altruísta da parte do governo, em especial de Homens de grande estatura como o Pedro Mota Soares e o Marco António Costa. Julgo mesmo que se trata de um comportamento exemplar que fará escola, na área das políticas de antecipação.

Políticas de antecipação são aquelas que acontecem antes do tempo.

Brilhante explicação terá pensado o leitor que chegou a este ponto do post. Calma. Eu explico a estupidez em forma de explicação acima apresentada.

Políticas de antecipação são aquelas em que o político, enquanto responsável governamental, trata da vidinha dele para depois, de volta ao activo, não ter grandes problemas de adaptação.

É aqui que entram os dois exemplos de grande altura política: o Pedrinho e o Marquinho.

Ao baixar o subsídio de desemprego estão a preparar o terreno para que, no regresso à vida activa depois de deixarem o governo, não sintam grandes dificuldades.

377. [Read more…]

Portugal, país exportador de carne humana

Vi e ouvi nas notícias das 19 na televisão, as palavras de um membro do Ministério da Ciência e da Educação que disse estas palavras: Portugal deve-se orgulhar de ser capaz de exportar jovens licenciados em medicina, em medicina dentária, em farmácia, em direito, enfermagem, em ensino e outras profissões liberais, orgulho da nossa Nação

Qual foi o membro do governo que gere o saber em Portugal que disse estas desleixadas palavras? Bem sei quem é, mas não o identifico pela vergonha que causa em mim o atropelo aos direitos humanos que implica esta ideia nefasta. Formados por nós, na base do nosso saber académico e dos impostos que pagamos para sustentar às Universidades públicas e colaborar com as privadas, são pessoas que o país precisa para assistir aos doze milhões de habitantes que existem no nosso país lusitano.

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Lord of War

Lord of war: Filme de Andrew Niccol, com Nicolas Cage, devia ser dada mais relevância a este filme… Página IMDB.

Yuri Orlov: The reason I’ll be released is the same reason you think I’ll be convicted. I *do* rub shoulders with some of the most vile, sadistic men calling themselves leaders today. But some of these men are the enemies of *your* enemies. And while the biggest arms dealer in the world is your boss – the President of the United States, who ships more merchandise in a day than I do in a year – sometimes it’s embarrassing to have his fingerprints on the guns. Sometimes he needs a freelancer like me to supply forces he can’t be seen supplying. So. You call me evil, but unfortunately for you, I’m a necessary evil. [Da cena do Interrogatório]

Em inglês, sem legendas.