"Boas razões para (não) votar Cavaco Silva"

Mas há outras boas razões.

Presidênciais 2011:

Hoje, no Porto Canal, pelas 23h30.

Apareçam.

Banhos de multidão

parecer-parecem

parecem muitos [Read more…]

Presidenciais: Cavaco defende o fim das eleições

Já que o candidato Silva defende que não deve haver segunda volta, porque fica muito caro, não seria ainda mais barato acabar com as eleições todas? A Democracia é uma coisa muito cara, efectivamente. E pouco cara a alguns que não gostam de ser contrariados, escrutinados, avaliados. Uma maçada!

Os candicaricaturados

Seis candidatos, seis retratos sem lápis, uma campanha presidencial em caricaturas.

 

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Cavaco Silva   Francisco Lopes Fernando Nobre

    

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Defensor Moura Manuel Alegre José Manuel Coelho Cavaco vs. Alegre

 

Texto e revisão por João José Cardoso

Sobre presidenciais…

-Há 5 anos sem entusiasmo votei Cavaco Silva nas presidenciais. Acreditei na altura que a luta, seria entre o actual inquilino do palácio situado nas proximidades da Antiga Fábrica dos Pasteis de Belém e Mário Soares, uma espécie de figura tutelar do regime, pela qual não sinto apreço. Na noite das eleições confesso ter ficado surpreendido e até mais satisfeito, pelo segundo lugar obtido por Manuel Alegre, do que propriamente pela eleição do candidato em que votara algumas horas antes. Ao longo deste tempo não fiquei convencido pela actuação do Presidente da República, cuja actuação várias vezes critiquei, não propriamente pelas trapalhadas a que o seu nome surge ligado. [Read more…]

As Sondagens, Mesmo as Estapafúrdias, Dizem que nos Ficamos pela Primeira Volta

O sonho dos candidatos, a segunda volta

O sonho de qualquer dos cinco candidatos à Presidência da República Portuguesa, é forçar Cavaco Silva, o sexto candidato, a uma segunda volta nestas eleições presidenciais. Deixá-los sonhar, coitados, já que as sondagens e estudos de opinião, mesmo que nos digam que são estapafúrdias, nos vão dizendo que a vantagem do candidato Cavaco é tão grande que está quase garantida a vitória na primeira.
Para que nos serviria então uma segunda volta? Só mesmo para gastar mais dinheiro e energias e, caso fosse outra a escolha dos Portugueses, nessa segunda volta, serviria também para que muitos sapos fossem engolidos e o Presidente que nos coubesse em sorte (?), mais não fosse que o Presidente de uns quantos poucos Portugueses e a décima sétima escolha de muitos outros. [Read more…]

Presidenciais, com pancada ou sem pancada, tudo na mesma

Com pancada ou sem ela, nada se altera na campanha e os candidatos agem como deles se espera.

Mas será mesmo assim? Vejamos:

Cavaco, igual a Cavaco, fala para dizer que não fala. Um presidente inspirador e profundo, como se vê. E não fala porquê? Porque hoje, naquele momento, usava o chapéu de PR e não o podia tirar. Usava, note-se, o chapéu deste PR, porque o próximo, está prometido, será Cavaco, lui même, versão “mais interventivo”. Nessa altura falará, atuará, criará crises políticas, está o país adiantadamente avisado.

Mas foi Cavaco – ou terá sido Silva? – quem há menos de nada apelou aos estudantes (e professores) que se manifestassem. Das duas uma:

– O que vale para estudantes não vale para sindicalistas.

– Os estudantes manisfestam-se, Cavaco põe o chapéu de PR, e fala para dizer que não fala. Estudantes atirados aos leões.

Já Alegre, igual a Alegre, não se cala, ninguém o há-de calar, como é óbvio. E condena, claro. Mas ressalva ” Atenção, muita atenção, José Sócrates não está em Portugal”, que é como quem diz, a polícia malhou na direita, correção, nos sindicalistas, mas o governo nem sonhava, não estava cá. E com esta postura de quem não se cala mostrou que, uma vez PR, perante um primeiro do PS que cá esteja, cala-se. [Read more…]

Duelo de candidatos

duelo dos candidatos alegre e cavaco

Democracia e povo em dois momentos zen de uma campanha presidencial

Primeiro momento zen: Manuel Alegre, em Vila Real, acena com os perigos para a democracia

“Esta é uma luta de vida ou de morte para a democracia nacional”

Segundo momento zen: Cavaco Silva em Aveiro, ‘gasta’ a palavra povo

http://player.soundcloud.com/player.swf?url=http%3A%2F%2Fapi.soundcloud.com%2Ftracks%2F9287352 CAVACO POVO by josefreitas2

Falta um Renato Seabra na campanha para as Presidenciais

Não me interpretem mal. Sim, faz falta nesta campanha eleitoral um Renato Seabra com o instrumento que Deus lhe pôs na mão – o saca-rolhas. Mas como não quero fazer concorrência ao rapazinho de Cantanhede, o saca-rolhas é em sentido figurado. Não desejo assim tanto mal a nenhum dos senhores e um tapume na boca, pelo menos até ao dia 23, chegava perfeitamente.
Cavaco é o mais detestável dos candidatos. Fez muito mal a Portugal ao longo de décadas e só um povo burro como o nosso é que voltará a dar-lhe uma vitória à primeira volta.
Manuel Alegre representa tudo o que de mau tem a política. Viveu na sombra dos Partidos durante mais de 30 anos, mas não hesitou em virar-se contra eles quando precisou de se travestir de anti-sistema. Foi sol de pouca dura e é vê-lo agora a defender o Governo Sócrates como se não tivesse passado nem memória.
Fernando Nobre é o homem errado no local errado. É um bom Homem, não podia ser um bom político.
Francisco Lopes tem sido uma agradável surpresa e o melhor dos candidatos. Tivesse mais carisma e podíamos ter uma surpresa no dia 23.
Defensor Moura foi um bom autarca em Viana, mas sempre que fala de política nacional sai asneira. Foi utilizado para roubar votos a Alegre, mas nem para isso vai servir.
José Manuel Coelho tem dito as verdades que tinham de ser ditas. Fazia falta alguém como ele na Presidência da República. O problema é que, para voto de protesto, falta ali alguma coisa. Talvez não ser um candidato tão a sério.

Presidenciais: Cavaco e a troca de companheiros de almoço

Cavaco sabe tudo, tudo, tudo. Previdente e sagaz, e tendo nascido apenas uma vez, sabe em rigor com quem deve almoçar em determinados dias de campanha. Se for necessário, à última hora manda alterar o programa. Sucedeu hoje no distrito de Aveiro. Mandou às favas um almoço-convívio com  a populaça, preferindo uma almoçarada empresarial. Esta e outras trocas e baldrocas são próprias do elitismo genético de Cavaco Silva. Por mais que se esforce, não o consegue disfarçar.

O dia de campanha do ‘presidente candidato’ teve, pois, alterações de última hora. Acabou por ser contemplado um grupo de gente de nível social e económico superior.  Em Santa Maria de Lamas, discursou diante de empresários corticeiros com quem manjou. Muito provavelmente, entre estes, estava Américo Amorim ou alguém por ele. Ufanando-se de ser o homem mais rico do país e, a despeito dos resultados positivos anunciados no site da Corticeira Amorim, não hesitou em despejar no desemprego 193 trabalhadores em Fevereiro de 2009. 

Com este género de trocas nos derradeiros instantes de convivas para almoços do candidato Cavaco, parece irrealizável o sonho de  vir a petiscar com ele, nem que seja um pratinho de couratos eleitorais.  Não sou empresário.

I love you, you pay my rent: comentários sobre a banalidade.

Sabe Deus o que me custa comentar notícias em cima do joelho. Bem sei que o ferro deve malhar-se enquanto está quente, mas eu, apesar de descender desta ilustre cepa de oficiais mecânicos, não aspiro, hoje, às artes da ferragem. Por isso, dispenso correr para cronicar sobre factos que a comunicação social atira à cara dos leitores, à espera que o barro pegue e seque.

As presidenciais são assunto que não interessa. Já o disse aqui. De resto não há grande assunto para falar. Os candidatos podem prometer (e prometem) mundos e fundos. Mas a única coisa que farão será cortar fitas, fazer discursos bonitos e limitar-se a cumprir a constituição. Dissolver o Parlamento? Para quê? Isso são resquícios de um anti-parlamentarismo que não combina com a ideia constitucional. Ao contrário do que diz o senhor Cavaco Silva, que faz homem do povo,  ele não é a aduela no arco institucional da república, nem a sua figura moderadora. O senhor Cavaco Silva é uma criação ideológica. Foi primeiro ministro, conhece muito bem o Estado e pertence ao aparelho partidário do PSD. É um hábil manipulador por detrás daquela imagem de wannabe-salazar, filho do gasolineiro de Boliqueime, pobre e honrado, como o de Santa Comba Dão que o país tanto amou, durante tanto tempo.  [Read more…]

Campanha de Alegre: Onde está o Wally?


Que mal pergunte: não falta ninguém na campanha eleitoral de Manuel Alegre? O Primeiro-Ministro já apareceu e discursou, outros dirigentes socialistas também, mas… e os outros? Por onde andam? Por que motivo se escondem?
Afinal, onde está o Wally?

Não Merecemos Melhor do que Isto!


Não merecemos mais que isto. Seis candidatos que nos mostram o nível do nosso País.
Nos seis, encontramos de tudo, desde o que se poliu subindo na vida e de quem toda a gente fala e toda a gente ouve, o que deveria ter nascido já polido mas que infelizmente ficou baço e cada vez mais fala para ninguém, os que pela formação deveriam ser-se polido mas descambam de vez em quando e pouca gente lhes liga, o que polido ou não está numa situação em que tem de debitar a cassete e só os teimosos o ouvem, e o que não será nem quererá ser ou mostrar-se polido.
Destes seis, cinco têm uma coisa em comum, o desejo de derrotar o sexto. E para isso, tudo fazem, descendo ao nível mais baixo das relações entre as pessoas, mostrando não o que valem, mas tentando demonstrar o que vale ou não vale o outro.
O reflexo e a imagem do que nós somos. [Read more…]

Vai votar ou vai deixar outros decidirem por si?

Vai a campanha eleitoral a meio, ou muito provavelmente a um quarto, já que cheira-me a segunda volta, e o que sabemos sobre o que tenciona fazer o próximo presidente? E quanto do anterior mandato já foi escrutinado?

Muito se tem falado de espingardas e de venda de acções mas quando, daqui a uns meses, não mais for possível esconder a ruína das contas públicas, o que vai o presidente fazer? Soubemos que o governo vendeu à China, na semana passada, títulos da dívida soberana, sem que tenha sido tornado público a taxa de juro do empréstimo nem que outras condições foram negociadas. O que pensam os futuros presidentes de uma plausível venda de soberania? Preocupá-los-á mais uma temporária incursão do FMI ou compromissos não publicitados que tenham sido estabelecidos com outras nações?

Estas e outras questões laterais, como insistir em iniciativas de carácter legislativo numa eleição presidencial, têm saltado das campanhas eleitorais para as parangonas. E no entanto, surpreendem-se os candidatos com a abstenção que se prepara para, novamente, ganhar as eleições. O que será uma pena, pois não votar é delegar nos outros a pouca voz que cada português ainda tem na condução deste país. Contrariamente às outras eleições onde o eleitor não tem voto na matéria quanto à escolha dos deputados, dos ministros e dos autarcas, nas respectivas eleições, a eleição presidencial é a única verdadeiramente democrática. Onde o eleitor elege de facto quem se apresenta a votos, em vez de votar em listas de pessoas escolhidas pelos partidos.

Não votar na próxima eleição é renunciar à democracia, somando poder à partidocracia. Mesmo quem não se reveja em nenhum dos actuais candidatos, continuará a ter duas outras, o voto nulo e o voto em branco. É por esta razão que no próximo domingo não deixarei de exercer o meu direito de voto.

Jornalismo e presidenciais: um exemplo absurdo

Imagine uma notícia com o antetítulo “Absurdo”. Sobre a campanha eleitoral. Assim:

ABSURDO

Cavaco recebe banho de multidão no Funchal e teve de encurtar arruada

cavaco tejadilho(…)

Cavaco Silva chegou junto do teatro municipal Baltazar Dias, na capital madeirense, subiu ao tejadilho do carro para saudar as centenas de pessoas que o aguardavam há 30 minutos para realizar um arruada que deveria terminar no mercado da cidade, radiante por mais um show off.

(…)

Não imagina pois não? caía o Carmo, a Trindade e um jornalista, fora o editor. Agora veja esta:

Screenshot_2

“Já estava a contar com isto”, comentou Coelho, “porque as pessoas são mal formadas. Há liberdade de circulação em todo o território nacional e isto é território nacional. Não é do senhor professor Cavaco Silva. Aqui na rua é praça pública”, conclui, radiante por mais um show off.

O absurdo está em José Manuel Oliveira e o Diário de Notícias seguirem a escola Judite de Sousa e não terem vergonha na cara. Como se não bastasse o artigo da Visão sobre a casa de férias de Cavaco Silva ter sido ignorado por toda a comunicação social (pode entretanto ser lido nos Tabus de Cavaco),  absurdo é um candidato insistir com o jornalismo ultra suave (para alguns) e este achar isso absurdo. Criticar a comunicação social é um absurdo, só pode, porque também nunca se enganam e têm sempre razão.

Maria Cavaco Silva pedirá o divórcio logo após as eleições

Promiscuidade do Presidente da República deixa primeira-dama revoltada

Depois de ter lido que Cavaco Silva volta a namorar funcionários públicos, a primeira-dama já declarou em círculos mais próximos que aguardará os resultados das eleições para pedir o divórcio, tendo acrescentado, entre soluços, que “pior do que a traição é ele ir meter-se com essa gentinha. Ainda se fosse com banqueiros ou assim…”

Entre os funcionários públicos, a notícia tem gerado um enorme mal-estar acompanhado de vómitos.

Hino da campanha presidencial


e este aqui, é dedicado a todo o “bom povo” republicano…

Demagogia eleitoral

-O candidato presidencial Cavaco Silva criticou ontem os cortes salariais na função pública. No entanto os mesmos apenas foram possíveis graças à aprovação do Orçamento de Estado, que o Presidente da República, Cavaco Silva, tão diligentemente procurou garantir, nomeadamente junto do PSD, deixando pouca margem de manobra a Passos Coelho para tomar outra opção, com um grupo parlamentar que olha para o líder com alguma desconfiança. Cavaco protagoniza um remake de péssima qualidade da Olívia patroa e Olívia empregada, com um comportamento em Belém e outro na rua, em campanha. Não perceber que o governo é impotente para aplicar igual medida ao sector privado, ainda é mais grave, pois significa desconhecer a Lei. Ou defenderia o professor de economia um aumento de impostos ainda maior? Não me passa pela cabeça que possa estar a utilizar demagogia, como arma para conquistar votos, a boa moeda nunca se alia ao populismo…

-Manuel Alegre por sua vez afirma ser o garante da defesa do Estado social. Mas omite pertencer ao partido que nos últimos 15 anos, governou 12, tendo sido deputado durante mais de 3 décadas. Apenas falta desenterrar velhos fantasmas da luta pela Liberdade, mas provavelmente recordará as suas próprias palavras há 5 anos, quando afirmou que a eventual eleição de Cavaco Silva, não lhe retiraria o sono, na altura pretendia atingir Mário Soares, agora porque o feitiço se virou contra o feiticeiro, clama por união. Na noite do dia 23, quando for merecidamente derrotado pelos portugueses, iremos assistir ao início das facas longas no PS. O BE por sua vez sairá incólume, afirmando ter contribuído com o seu empenho para uma vitória, que a desunião e alheamento da máquina socialista, não permitiram. Não será bem assim, muitos militantes do Bloco estão ao lado de Fernando Nobre, mas isso parece estar a passar ao lado da atenção geral.

Defensor Moura por sua vez ainda é mais bizarro, indigna-se contra a introdução de portagens nas SCUT, fala em defesa do comércio tradicional, com o maior desplante, porque sendo actualmente deputado na Assembleia da República, não lhe conhecemos qualquer iniciativa legislativa que suporte o discurso.

Renato Seabra e Cavaco Silva, a mesma luta, o mesmo combate

A revelação de que Renato Seabra, o jovem prostituto acusado de assassinar Carlos Castro, era o mandatário para a juventude de Cavaco Silva no concelho de Cantanhede, é sem dúvida mais uma calúnia. Comunistas, lóbi gay, conspiração, calúnia, calúnia, calúnia.

Não pode ser de outra forma. Não que o candidato presidencial vá verificar a idoneidade moral de todos os seus mandatários concelhios, que diabo, o país tem muitos, mas seria impensável o “namorado” de Carlos Castro aceitar aparecer na campanha presidencial ao lado do seu ídolo político.

É tudo mentira. Isto, o BPN, a SLN, o processo disciplinar, a casa de férias, tudo coisas que nunca aconteceram, tudo manobras comunistas tentando difamar um homem que não precisou de nascer duas vezes para ser quem é.

Entretanto podemos desde já adiantar em rigoroso exclusivo que Cavaco Silva só se pronunciará sobre esta calúnia depois das eleições. Nem com um saca-rolhas lhe tiram uma palavrinha da boca antes disso.

Boas razões para votar Cavaco Silva

Claro que as há. Estas são as boas. As más ficam para outra ocasião.

Candidatos presidenciais 2011 – Defensor Moura

candidatos presidenciais - defensor moura

Esta é sexta e última parte destas caricaturas sobre os candidatos presidenciais 2011.

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A casa de férias de Cavaco Silva

cavaquistão-da-coelha Cavaco Silva também não se lembra como e a quem comprou (por permuta, diz-se) a sua actual residência de férias. A escritura não aparece na conservatória, o que agrava a amnésia.

Boa vizinhança (Oliveira Costa e outros amigos do BPN/Sociedade Lusa de Negócios), numa urbanização que terá passado por offshores. Fernando Fantasia, administrador de empresas do grupo SLN, adquiriu a sua casa através da Opi 92, envolvida na compra pela SLN dos terrenos de Rio Frio semanas antes da decisão sobre a localização do novo aeroporto na Ota. Tudo gente bem informada, portanto.

O problema de Cavaco Silva com o dinheiro, e neste caso as propriedades, além da amnésia parece ser o de quanto mais se mexe mais cheira a SLN. Nada de estranho, se recordarmos que foi nesta sociedade que investiram os seus ex-ministros.

Também não se compreende porque foram os jornalistas da Visão investigar estas coisas. Enfim, trocou a vivenda Mariani, que não tinha nada a ver com cocaína, note-se, por uma gaivota azul. Tudo uma questão de bom gosto.


Actualizado com um vídeo sobre o caso das vivendas dos vizinhos Cavaco e Oliveira [Read more…]

Presidente Oliveira da Figueira


Tivemos o sr. Teófilo e as suas positivas burrices. Logo a seguir, chegou o sr. Arriaga patrocinando “golpe de espadas” e descoroçoados lamentos acerca de quem o rodeava e daquilo que significava a instituição. O Bernardino, esse que não merece o senhor, consistiu numa tisana de cogumelos venenosos, engrossada com Agarol. A brincadeira Sidónio, coisa que ficou entre o pingalim à entrada da sopa dos pobres e o general Tapioca. Os impotentes srs. Almeida e Gomes e as águas paradas do sr. Carmona que por uns tempos deram a beber a mais uma excelsa burrice, de seu nome Higino Lopes. O loquaz sr. Thomaz e o arrependido que se des-arrependeu Spínola. O saltitante sr. Gomes II, do esquecido crachá da PIDE e do Movimento para a Paz e Cooperação, a expensas dos generosos cofres da URSS; o nosso Monk adiado que se conhece por sr. general Eanes e entramos, finalmente, na 3ª República em toda a sua plenitude.

Vamos então, à conhecida paternidade da geração rasca, a da conversa fiada dos “Oliveiras da Figueira”.

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O Meu Amigo Tiago

Às vezes vai à Suiça ver a família e muitos comboios a passar; Alguém que raramente-se-engana-e-nunca-tem-dúvidas foi ontem a Mirandela e sente muito orgulho em tudo o que legou a Trás-os-Montes. A falta de memória é uma coisa verdadeiramente fodida.

Presidenciais: Cavaco, o genial feiticeiro

cavaco_campanha_PRConhecemos há muito o elevado grau de auto-estima em que Cavaco Silva se empoleira.  É o único candidato presidencial – e cidadão português, acrescente-se – com sabedoria e aptidão para “moderador da vida nacional”, garantiu a apoiantes, algures na Beira Alta. No fundo, ao próprio País, dada a cobertura da comunicação social.

Cavaco, no habitual estilo ostensivo, aproveitou também para conjugar a qualidade do ser genial com a arte da feitiçaria:

 “Não podemos excluir a possibilidade de uma grave crise em Portugal, não apenas económica e social, mas também política”

Bradou a advertência com voz assustadora. Os convivas entreolharam-se, boquiabertos e de pálpebras estendidas. Subjugados pelo medo, refugiaram-se, ainda assim, nos caminhos da fé :  “Portugal vai entrar em grave crise e este homem é o nosso salvador”.

Mesmo ausente e a larga distância, também fiquei pensativo: “Portugal vai entrar em grave crise?”, interroguei-me, perplexo, pelo tom convincente e premonitório de Cavaco. Afinal, Portugal, com excessivo endividamento externo, fragilidade económica acentuada, unidades fabris e comerciais a encerrar, o desemprego em alta, as reduções de salários dos funcionários públicos, a eliminação e o congelamento de prestações sociais, aumentos de impostos directos e indirectos, prejuízos da banca socializados, acesas polémicas partidário-políticas sobre o PEC I, o II e o III; afinal Portugal, repito, a despeito desta pesadíssima carga, ainda está em crise limitada. Pensamentos diferentes. Do País,  eu tenho uma visão e ele uma antevisão.

Será apenas uma diferença temporal? Sei que é o suficiente para não lhe dar o meu voto. Além do resto, horroriza-me a ideia de ver o Palácio de Belém convertido na ‘Embaixada de Vilar de Perdizes’. Ou em Palácio de Bruxaria.

O equívoco Alegre

-Inicio aqui a minha colaboração no Aventar. Deixando para trás as apresentações, começo por cumprimentar todos os autores do blogue, mas principalmente os leitores, sem os quais nada disto faria sentido. Ponderei o tema a escolher para este post, hesitando, acabei por me decidir sobre a eleição presidencial, mais concretamente Manuel Alegre e sua relação com o PS, partido onde milita desde 1974.

Almocei há dias com uma amiga, militante socialista, que me confessou estar incumbida de mobilizar os filiados na estrutura local a que pertence. Começou como habitualmente por enviar mails e sms, mas estranhou receber menos telefonemas de retorno que noutras ocasiões, até que constataram no primeiro evento realizado, uma apresentação em sala num Concelho dos arredores de Lisboa, adesão abaixo do mínimo expectável. A minha amiga terá efectuado a partir daí alguns telefonemas, mas encontrou de tudo um pouco, os que vão porque sim, não podem, sabem ou lhes convém recusar, mas outros menos dependentes ou assíduos, apresentam justificações como trabalho excessivo ou falta de saúde, que segundo a minha amiga, se percebe facilmente serem desculpa. Quando lhe perguntei a interpretação para o facto que me acabara de confessar, respondeu que os militantes do PS estão habituados a vitórias, as notícias de sucessivas sondagens com resultados desfavoráveis para Manuel Alegre, estarão a contribuir para a falta de entusiasmo que todos percebem nas hostes. [Read more…]

Afinal o FMI não se veio hoje

A direita ejaculou precoce, a direita quer os orgasmos todos aqui, já, agora e não chegam.

Mais tarde ou mais cedo vai-se vir com o FMI, a menos que por uma vez na História nos valha aquela mania do resto do mundo meter Portugal no mapa da Espanha e perante o impensável custo de continuar a dar de comer aos banqueiros por via do estado espanhol os boches se acautelem. Para todos os efeitos 20% do que Portugal pediu emprestado hoje foi comprado por bancos portugueses, felizes e contentes pelos empréstimos que receberem a 1%.  Foi bom não foi?

O cavaquinho lá se danou na agenda de campanha mas insiste: agora tenta capitalizar para si o legítimo ódio que o governo em função merece. Tivesse tomates e assumia que sendo reeleito o demitia. Mas só tem anonas. Nem sequer é pena, aquela parte que é das aves e das pessoas que com uma esmola consolam a sua sofrida consciência. É apenas a vida de um agricultor do Poço de Boliqueime que por alguma semelhança física com um outro, vindo de S. Comba Dão, chegou onde nem a nossa direita merece como castigo. A impressionante forma como anda caladinha só o confirma, e bem a compreendo.

Vou botar o meu voto no José Manuel Coelho

JoseManuelCoelho Onde botar o voto nestas presidenciais estava complicado.  O voto rege-se pela sua utilidade e necessidade,* e perante António Cavaco Silva só votando noutro gajo se fica com a consciência tranquila. Qual gajo?

Manuel Alegre foi demasiadas vezes deputado por Coimbra para não ter reparado nele. É da geração do meu pai na sua passagem pela aldeia universitária, quando deixei de o ouvir em ondas curtas continuou a ser um poeta muito pouco interessante para o seu tempo (convém lembrar que Herberto Helder é seu contemporâneo mas sempre escreveu poemas e não se lhe conhecem rimas para cantarolar), caçador, e aquela parte da voz ficou-se-me eternamente associada a coisas politicamente muito más quando passou a ouvir-se em frequência modulada. Voto numa segunda volta, sem urticária, mas irrita-me. Os tactitismos dos meus camaradas que continuam no Bloco de Esquerda são tacticismos muito pouco estratégicos, que é quando se faz da politíca um jogo de sorte e azar. Para a próxima espero que tenham sorte.

Fernando Nobre, que não é grande apelido para um presidente da República como Mário Alberto Nobre Lopes Soares percebeu ao deixar-se conhecer simplesmente por Mário Soares, li esta piada algures e copiei, escutei-o numa missa no Pátio da Inquisição quando a Marisa Matias e o Rui Tavares eram candidatos ao parlamento europeu e fiquei com a ideia de que não iria votar nele para a presidência da república se uns meses mais tarde lhe desse para ser candidato, julgamentos de Inquisição em seu pátio, admito, precipitado, aceito, mas sem dúvidas pelo menos para uma 1ª volta. [Read more…]