Mentir. 

Infelizmente, hoje em dia, politica e mentira são pleonasmos e,  ao afirmar isto, quase que estou a citar o deputado João Almeida, do CDS.

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Neste assunto da CGD/Centeno, terá havido algum tipo de mentira, isso já se percebeu há muito, seja pela omissão, seja pelo recurso a factos alternativos.

É motivo para uma comissão de inquérito, abertura de telejornais, conferências de imprensa e comunicados do Primeiro-Ministro e do Presidente da República?  Obviamente que não. E se for preciso enquadrar, vejam-se os anteriores posts desta série, sobre a mentira na política, para se comparar entre o que pede PSD e CDS agora e o que fizeram quando foram governo – essas sim, enormes mentiras e com consequências para o país. Já esta lengalenga com o Centeno  só o interesse em destruir a mantém na agenda.

Enoja mais a atitude hipócrita de quem anda com moralismos a pedir a demissão do ministro, depois do exemplo que deram, do que a mentira branca de Centeno. E o povo vai mostrando o que pensa disto. “O outro queria era o tacho sem mostrar o vencimento”, ouvi há dias comentarem. Ninguém sairá a ganhar desta triste novela. E, paradoxalmente, parece ser esse  o ganho de Passos, que acha que ganha quando o país perde.

Nota: sequência de posts agendada no dia 15. A ver vamos se a realidade não os atropela. 

O novo Aeroporto do Bloco Central

A 21 de outubro de 2016, na minha página de facebook, escrevi isto:

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Hoje ficou a coisa devidamente decidida. Como mandam as regras. E no twitter Romeu Monteiro lembrou isto:

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O Bloco Central nunca falha. Melhor dito, o “Arco da Governação” nunca falha. Mesmo agora que foi alargado e para além do PS, PSD e CDS já conta com o BE e a CDU.

Matos Correia (quem?!) lida mal com a democracia

Será melhor pedir conselhos ao seu colega Albino de Azevedo Soares.

Mentir? 

Mentira foi a demissão irrevogável de Portas. Um golpe palaciano que afundou ainda mais a débil economia portuguesa.

 Tal como mentira foi a apresentação de um suposto guião da reforma do Estado, escrito em corpo 16 a dois espaços, para encher chouriços, e que nunca teve por objectivo ser implementado. Serviu, isso sim, para Portas acabar com o bullying de Passos Coelho, o qual perguntava pela reforma do Estado sempre que o Portas se esticava. 

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Claro que Mário Centeno mentiu

Mário Centeno mentiu, obviamente. E mentiu com quantos dentes tem na boca – da mesma forma que alguns riem a bandeiras despregadas.
Não é preciso ser um génio para saber que ele mentiu, nem sequer convocar a teoria dos fractais.

28 de Julho – Governo isenta administradores da CGD de apresentarem os rendimentos no Tribunal Constitucional

25 de Outubro – O Ministro das Finanças confirma em nota oficial que a nova administração da CGD só terá de prestar contas sobre os rendimentos ao Governo.

15 de Novembro – António Domingues envia carta ao Ministro das Finanças, onde relembra que «A não sujeição da administração a esse estatuto (…) tem, para além do mais, como consequência a não submissão ao dever de entregar ao TC a declaração de património e consistia, desde o início, uma premissa essencial para o projeto de recapitalização da CGD e foi uma das condições acordadas para aceitar o desafio de liderar a gestão da CGD e do mandato para convidar os restantes membros dos órgãos sociais, como de resto o Ministério das Finanças confirmou”

Depois disto, o que falta? Uma assinatura? Um SMS?
Não são precisos óculos especiais para ver que o Ministro das Finanças mentiu. A inexplicável isenção de declaração de rendimentos esteve acordada desde o primeiro dia.
Mentiu, pronto. E agora? Não é essa a matriz de um político, mentir? Olha o Eduardo Vítor com o caso da mulher! Acaso fazem outra coisa, os políticos, senão mentir? Claro que não se vai demitir por causa disso. Aliás, ele e qualquer outro político devia demitir-se era se algum dia dissesse a verdade. Porque isso é que é defraudar o pessoal.
Posto isto, são todos uns hipócritas. [Read more…]

Última hora: CDS junta-se ao ultimato do PSD

Ou Centeno mostra os SMS, ou Cristas revela a identidade de Jacinto Leite Capelo Rego.

Mentir? 

A mentira foi o que esteve na base de não se tratar do BANIF quando tal era menos grave, para não estragar a chamada “saída limpa”.

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“Estou consciente que tempo adicional foi repetidamente dado para que o banco [BANIF] endereçasse os problemas.Isto foi motivado por considerações de estabilidade financeira e, recentemente, por considerações de não colocar em perigo a saída do país do Programa de Ajustamento Económico.” Margrethe Vestager, Membro da Comissão Europeia, 12 de Dezembro de 2014

Preto no branco, a Comissária afirma que o problema do BANIF não foi resolvido para não estragar a saída limpa (mais detalhes). Em causa também estiveram cartas, mas estas foram as enviadas pela CE sobre o BANIF e que o anterior governo ignorou, com dolo.

Última hora: foi conhecido o ultimato do PSD

Ou Centeno mostra os SMS, ou Passos Coelho se demite da liderança do PSD. 

Jornalista ao poste, jornalismo ao lado…

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A história é simples: uma jornalista vai pela rua a tentar entrevistar Jorge Nuno Pinto da Costa. Este vai ao telefone e a ignorar a senhora. Ela, cumprindo a sua função, continua a fazer perguntas e mais perguntas. Até que um poste se atravessa no caminho e a senhora vai contra ele. E o que faz logo a seguir, em directo para o seu canal (CMTV), acusa Jorge Nuno Pinto da Costa de a ter empurrado/agredido…Sem se rir.

Por acaso toda a situação estava a ser filmada em directo. Por acaso todos vimos o que aconteceu. Por acaso a senhora foi contra o poste porque nem reparou que o dito estava ali, no meio do passeio. Se assim não fosse, estávamos todos a discutir os direitos dos jornalistas e a vergonha para o FC Porto de ter um presidente que agrediu uma jornalista.

Por acaso vários órgãos de comunicação social estão a dar a notícia de que Pinto da Costa insultou a jornalista sem se darem ao trabalho de colocar/explicar o que se passou segundos antes. Por acaso é com o FC Porto.

Por acaso eu não acredito em acasos. Porque é sempre assim. A diferença é que desta vez foi filmado. Todos vimos. Mesmo que alguns teimem em fazer de conta que não viram.

A importância de Centeno e a “guerra” ao Presidente da República

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Miguel Teixeira

(…) numa altura tão difícil da vida nacional em que o país se confronta com enormes desafios, em que qualquer perturbação ainda que estéril como o “arrastar” da “novela da Caixa”, pode custar caro a Portugal, Marcelo está a fazer o que deve ser feito. Transmitir uma imagem positiva do país, muitas vezes chamando a atenção para o que é preciso melhorar, mas assumindo uma posição de Estado e de lealdade institucional. Infelizmente, esta postura não tem sido compreendida por alguns ilustres que nele votaram, que não conseguem discernir o que deve ser uma postura de Estado que o PR deve assumir, dos interesses da claque ou clube de futebol da sua preferência, características que gostariam de visualizar no “modus operandi” do mais alto magistrado da nação. Tenho para mim que o país deve estar acima das “claques” sejam de esquerda ou de direita”. [Read more…]

SIC Notícias facilita acesso à pós-verdade

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Estes estalinistas não se dão nada bem com a verdade. Bloqueiam-na. Reconstroem uma sociedade cada vez sinistra, de informação manipulada, com o auxílio da imprensa em bloco. Com a excepção, claro está, da SIC, da RTP, da TVI, do Sol, do I, do Correio da Manhã, do Público Dinis, do Expresso, do JN e dos blogues disfarçados de jornais como o Observador, o ECO e o Jornal Económico. Tirando estes, está tudo ao serviço da maldita Geringonça. Conseguirá a resistência repor a verdade?

Imagem via Os truques da imprensa portuguesa

Dignificar a Assembleia da República

Passados 30 meses, Albino de Azevedo Soares deverá, finalmente, autorizar o acesso à correspondência que permitirá esclarecer se Passos Coelho violou ou não a lei enquanto deputado. Ao cuidado de Montenegro.

Se não, fazem o quê? Passam da guerrilha actual à guerra?

PSD e CDS fazem ultimato à esquerda: querem acesso aos SMS da Caixa até às 18h“. Eis que se chegou ao que já se adivinhava – zero de interesse nacional, 100% de jogo partidário.

Claro que podem

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Os mais recentes dados do PIB indicam que vocês eram mesmo experts na arte de virar o crescimento do país de pernas para o ar.

Mentir? 

Mentir ao país foi o que fez Passos Coelho com a sua história de incumprimento com a Segurança Social e o seu estatuto de deputado em regime de exclusividade. Alguém acredita que um político com capacidade para chegar a primeiro-ministro não soubesse que o pagamento à Segurança Social não era facultativo?

Para a história fica mais um caso polémico e nebuloso de incumprimento fiscal do primeiro-ministro, que se junta ao recente caso de alegada violação do estatuto de deputado em regime de exclusividade e fuga ao fisco. [Passos Coelho: entre a irresponsabilidade e o incumprimento]

Resumindo e concluindo, o que temos então? Desonestidade, violação do estatuto de deputado em regime de exclusividade, fuga ao fisco, 30 mil euros sacados ao Estado de forma ilícita, responsáveis políticos incompetentes e mentirosos, instituições que não funcionam, prescrições, boys e propaganda. Pelo meio ficaram declarações de IRS, requeridas por lei, referentes ao período 95-99 por entregar na AR, fundamentais para comprovar se Passos teria ou não recebido rendimentos incompatíveis com o regime de exclusividade que requereu. A impunidade é total. [Portugal Surreal – Passos, Tecnoforma e trafulhice]

Ide ler estes artigos do João Mendes e, sobretudo, este titulado “Tens a certeza que queres dar lições de honestidade ao Centeno, Passos?” para depois falamos de mentiras por parte de responsáveis políticos. 

Amadorismos!

António Vilela, “Presidente da Câmara de Vila Verde detido por suspeita de corrupção

Mentir? 

Mentir foi afirmarem que existiu uma “saída limpa”, quando o que existiu foi um embuste

Os problemas da banca não foram resolvidos; a meta do défice nunca foi atingida; a dívida pública continuou a aumentar; e as reformas estruturais não existiriam. 

Predrag Matvejevitch

Morreu dia 2 de Fevereiro. Escritor, mas também geógrafo, historiador, narrador, poeta.

Relembro o texto de  Bernard Henri-Levy.

Adoçante

que adoça. Cuidado com a *adoção e com a adução: elas andam por aí.

A conferência de imprensa

Queriam muito que Centeno falasse, que fosse a comissões, que enfrentasse o que eles não se cansam de chamar o “escrutínio da comunicação social”. Ora, o ministro, pressionado pelas circunstâncias, sim, enredado em telenovela menor, sim, mas compreensivelmente farto desta feira e resolvendo despachar este expediente, foi-se a eles num conferência de imprensa. Fez uma declaração e ficou em pose de “venham eles, quantos são, quantos são”. E eles acometeram. Nas sedes dos vários canais estavam todos a postos. Finalmente a caça tinha caído na armadilha. Comentadores sortidos – sortidos de cara, não de cor – afiavam a faca sentadinhos nas suas cadeirinhas de comentar. Começou a conferência, o ministro declarou, o ministro foi respondendo, o espectáculo não dava as broncas que se esperavam. Centeno respondia a perguntas às centenas. E como a coisa não estava a dar o resultado previsto e não havia foguetório, os vários canais foram deixando cair a emissão em directo e passando a palavra aos tais comendadores, perdão, comentadores, para que eles dissessem o que Centeno queria dizer com o que disse e, sobretudo, com o que não disse, com o que deveria ter dito e, até, com o que quase disse mas não disse. O resto ficará para o falar viscoso do Lobo Xavier. [Read more…]

Mentir? 

Mentir é isto:

Haja decoro. Não foi uma carta. Foi um mandato inteiro assente numa descarada mentira.

“Portugal à Frente” sempre tresandou a hipocrisia

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“Nós queremos que os próximos quatro anos não sejam anos de sobressalto, não sejam anos em que as pessoas não sabem o que é que vai acontecer com os salários, com as pensões, com os seus rendimentos ou com a sua vida. Queremos que os próximos quatro anos sejam anos de segurança, de estabilidade, de previsibilidade” – Passos Coelho, 4 de Junho de 2015

“Que bom para Portugal e para os portugueses não terem de viver em sobressalto à espera de novas medidas, de novos desenlaces, sem saber o que é que poderia acontecer, por causa da troika, por causa do Tribunal Constitucional, por causa da oposição. E todos passámos por isso. Não queremos voltar a passar por isso” – Passos Coelho, 4 de Junho de 2015

Agora que o país caminha para uma certa estabilidade financeira e social. Agora que até cresceu mais do que era previsto pelo governo e pela Comissão Europeia. Agora que viu alguns dos cidadãos recuperar alguns dos rendimentos que lhe foram indevidamente tirados pelos cortes cegos do seu governo, alguns deles declarados inconstitucionais pelo TC; no qual o salário mínimo cresceu e os custos com o trabalho estão a subir gradualmente, no qual os pensionistas e reformados também viram revistas (em alta) as suas pensões e reformas, o que não aconteceu no seu governo; no qual, 130 mil crianças irão receber o dobro do que recebiam de abono de família durante o seu governo, entre outras medidas que estão a melhorar paulatinamente o quotidiano de milhões de portugueses, o que é que propõe democraticamente o PSD para combater os problemas do país?

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