Fome na União Europeia

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© Louisa Gouliamaki/AFP Distribuição de frutas e legumes em Atenas. 26% dos gregos estão desempregados

Grécia: 90% das famílias perderam 38% do rendimento

Metade dos gregos não tem dinheiro que chegue para pagar as contas. (Fonte: Reuters, via Público)

Mais portugueses que não voltarão aos mercados

Desemprego: novo recorde de 16,5%, segundo o Eurostat

Gaia sempre à frente

Ninguém nos consegue parar – são 33349 que estão no mercado. De desemprego! É o concelho do país com mais desemprego! Será que este problema também se pode exportar para o outro lado do rio?

Da série ai aguenta, aguenta (21)

Assalto a infantário para levar dois pacotes de leite e quatro papas

Dinheiro do BANIF III

O Governo vai meter 1100 milhões de euros no BANIF. O que vão dar aos ladrões daria para pagar  5114138 meses de pensão social de velhice, isto é, daria para pagar esta pensão  a 426178 pessoas durante um ano…

Austeridade + reformas

= morte do povo português. “Uma aberração”, segundo José Gil.  “Restitua-se a energia ao povo”, pediu o filósofo esta noite na SIC-N.

A fábrica de miséria do FMI

A luz do comboio é o que o Coelho vê da toca

Confesso que a escrita nem sempre é uma companhia fiel e de tempos a tempos o síndrome da folha em branco passa por comboioaqui. E foi preciso uma luz para me devolver o prazer de escrever.

Descobri ontem o significado da palavra Láparo. E percebi o que o pai do Láparo está a ver.

Se fosse um pouquinho maior e nem sequer estou a pensar no tamanho, talvez visse fome, miséria, despedimentos, empresas falidas, bancos geridos por ladrões, boys a tomarem conta de tudo o que dá lucro…

Mas é um ser vivo menor! É um simples pai de um láparo, escondido na sua toca que levantando as orelhas pensa que consegue ouvir um comboio, mas não percebe que a luz ao fundo do túnel não é a da saída, mas a do comboio que vem em sentido contrário.

Será que teremos força, quer para descarrilar este comboio da desgraça que alguém colocou no nosso caminho, quer para colocar o pai do láparo bem na frente do bicho?

Noite de Reis: “mirra” é uma ordem

…e Gaspar é o seu mensageiro.

O Inferno é aqui [Portugal, 2013]

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Numa parede por aí, o Inferno da realidade da maioria, no momento em que o Governo de Pedro Passos Coelho resgata da falência mais um banco, em vez de cuidar das pessoas.

Da série ai aguenta, aguenta (18)

Matar a fome na escola

Da série ai aguenta, aguenta (14)

“Portugueses vão ficar no limite dos recursos até para consumir o mínimo” (Ana Isabel Trigo de Morais, directora-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição)

Da série ai aguenta, aguenta (10)

Perto de 375 mil pessoas com subsídio de desemprego em Outubro, mais 81 mil que em 2011

Da série ai aguenta, aguenta (7)

Hospitais falidos param cirurgias

Da série ai aguenta, aguenta (5)

Casal com bebé não tem comida

Da série ai aguenta, aguenta (3)

Taxa de desemprego em Portugal sobe para os 16,3%

Da série ai aguenta, aguenta (2)

Famílias devem 49 milhões de luz e de gás

 

Da série ai aguenta, aguenta (1)

Escola trava ajuda a menino

Alguns até tinham o descaramento de ter emprego

Primeiro-ministro diz que quem mais contesta o Governo é quem mais privilégios tinha antes da austeridade

Quase 39

Um mês! Apenas um mês da pensão deste tipo daria para pagar 38,7 anos da nova proposta de mínimo para o subsídio de desemprego.

Tapar os olhos ao povo

Os números conhecidos não enganam ninguém – o Governo está a falhar em toda a linha e apesar da miséria imposta a quem vive do trabalho, o país está cada vez pior. Como sempre escrevi, este não podia ser o caminho.

Admiram-se agora que o IRS tenha baixado? Claro, sem os descontos dos subsídios de férias dos funcionários públicos estavam à espera de milagres? O IVA e o IRC estão como se sabe…

Mas, o governo do licenciado Relva, não satisfeito, ainda tenta lançar umas cortinas de fumo para tapar os olhos ao povo – por um lado Pedrinho e o RSI e por outro a magia da RTP, que afinal, quem sabe ainda vai encher os bolsos de alguém.

Este triunvirato que nos governa, entre o Pedro-Gaspar-Paulo poderia ter o mesmo destino do Romano, mas com uma solução tipo António alargada a todos – seria o milagre da TROIKA!

E a salvação do povo!

 

Temos medo de viver neste fim de mundo

Uma mulher morreu na rua, na freguesia de São Romão, em Resende, porque, segundo o comandante dos bombeiros, as unidades de saúde mais próximas estão todas a uma hora de distância. Quando os governantes dizem que o país está no bom caminho, querem dizer o quê? O deputado Miguel Tiago explica, no vídeo.

Roubei o título a uma frase de um anónimo citado na reportagem: fiquei a pensar que se aplica ao país todo.

O tédio de Passos Coelho

“Não vale a pena estar sempre a gastar tempo a falar do desemprego, das casas que se entregam ao banco”. Declaração de Passos Coelho, hoje, no Parlamento. Está aborrecido, coitado. Roubado ao Ricardo M. Santos.

A miséria aguça o empreendedorismo

Antes de mais, João, o verbo “chamar” não rege a preposição “de”, a não ser no Brasil (eu compreendo que a gramática seja grande e que, às vezes, lhe dê preguiça lê-la), mas ainda bem que gosta que lhe chame giro e arejado.

De resto, é evidente que as enfermeiras em causa revelam iniciativa, mas isso deriva de uma série de erros de governação que acentuam a miséria, o isolamento, o desemprego e que criaram uma sociedade em que os mais desfavorecidos têm cada vez mais dificuldades em ter cuidados de saúde. Numa sociedade civilizada e, portanto, solidária, o Estado existe para corrigir desequilíbrios e não para os acentuar. Uma sociedade equilibrada será aquela em que o Estado não intervenha onde não deve e não se abstenha de agir em áreas cruciais, áreas que não podem ficar à mercê da iniciativa privada, entidade endeusada por neoliberais deslumbrados e/ou acarinhada por partidos que tomam conta do país para servirem de comissão liquidatária, vendendo-o aos privados. Entretanto, quem quiser saúde e educação terá de as pagar; quem não puder pagar, pode morrer ou continuar ignorante. Haverá, afinal, maior empreendedorismo do que morrer ou não ir à escola?

A besta do FMI

Christine Lagarde, de uma penada, descobriu que a situação da Grécia se deve ao facto de os gregos não pagarem impostos. Tendo em conta o exemplo desta senhora, fica-se com a impressão de que ser economista é, afinal, muito simples, embora a verdade seja a de que estamos diante de um discurso ideológico sem ponta de cientificismo ou de análise criteriosa.

Como se não bastasse a Lagarde deixar escapar afirmações tão simplórias, ainda acrescenta a bestialidade de que os problemas das crianças gregas perdem importância quando comparados com os das crianças do Níger. Não faço ideia se a alimária encanecida que preside ao FMI tem feito alguma coisa pelas crianças africanas, mas considero tristemente risível esta ideia de desprezar o sofrimento de uns por haver outros que estão pior: é uma falta de respeito por todos.

Nojo

O respeito que os nossos líderes nos merecem está ao nível do meu subsídio de férias. Ou melhor, porque isso poderá ser um exagero. Está ao nível do meu subsídio de natal. Deste ano. Ou melhor, deste e do próximo e do que virá a seguir e do outro que vem depois e, talvez um dia, ao ritmo da chuva pedida a Deus pela ministra, chegue uma migalha por ano até o pobre ter o pão todo.

Estes líderes são um nojo e merecem o nosso mais profundo vómito! Por vós, saio à rua!  Hoje, na Avenida dos Aliados, vou gritar – vão TODOS para a PQP!

25 poemas de Abril (V)

 
O Viandante
 
Trago notícias da fome
que corre nos campos tristes:
soltou-se a fúria do vento
e tu,miséria, persistes.
Tristes notícias vos dou:
caíram espigas da haste,
foi-se o galope do vento
e tu, miséria, ficaste.
Foi-se a noite,foi-se o dia,
fugiu a cor às estrelas:
e, estrela nos campos tristes,
só tu, miséria, nos velas.
 

Carlos de Oliveira

Europa, levanta-te e anda

bandeira europeia

Assim foi em 1789. As cabeças rolaram por causa da guilhotina. Foi a sangue e fogo, com crueldade e manifestos. E a França levantou-se, ajudou outros Estados a andar sem a opressão dos ricos, a ter o seu livre pensamento. O primeiro foi Mozart ao escrever e exibir em Viena, Maio, 1º, 1786, a sua revolucionária ópera Le Nozze di Fígaro. A acção desenrola-se no Castelo do

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Moçambique: contestação vence e governo recua

A África subsariana – ocupemo-nos desta agora – é região marcada por confrontos étnicos, miséria absoluta e altas taxas de mortalidade. Regimes políticos, tão autoritários quanto corruptos, sob interesseira indiferença do Ocidente e do Oriente, fabricam as causas de holocaustos de diferentes géneros. Milhões de seres humanos são vítimas de fenómenos endémicos graves, como a SIDA e a FOME, por exemplo.

O governo de Moçambique decidiu há dias um aumento de preços generalizado, aplicado a combustíveis, energia eléctrica, água e bens essenciais, como o pão e o arroz. A contestação popular eclodiu de súbito, em especial em Maputo e na Matola. No final dos tumultos, segundo a imprensa, registaram-se 13 mortos e mais de 90 feridos.

Hoje, segundo é anunciado pela comunicação social, televisiva e impressa, o governo moçambicano deliberou recuar na política dos aumentos de preços. No que se refere ao pão, a nova decisão governativa anulou mesmo o aumento antes decretado, 13%, passando a suportar uma subvenção para manter o preço anterior. Noutros bens e serviços, as taxas de aumento foram reduzidas.

Uma ilação pode ser extraída da capitulação governativa: o estado de miséria de vastos extractos da população é de tal forma intenso e aterrador que as autoridades temeram que, mais dia, menos dia, novos e mais pesados episódios de luta poderiam surgir e criar um cenário gerador de avultadas perturbações para a própria sociedade, a debilitadíssima economia, e ainda a imagem internacional do país.

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