Brincar às ciências

Cela de Afonso VI em Sintra, onde foi encarcerado por seu irmão e cunhado

No jornal I (versão reduzida no Ionline) Joana Amaral Dias entreteve-se a exercer a sua profissão com gente que não conheceu viva, e que em pelo menos um caso desconhece enquanto morta.

A História, que é uma ciência, vive também do contributo de todas as outras ciências, mas pedem-se trabalhos sérios, e que obedeçam aos mínimos de rigor científico. Muitos médicos, por exemplo, tentaram diagnosticar doenças dos nossos monarcas e não só, algumas vezes com uma probabilidade muito razoável de certeza.

No caso que mais me interessa não vou discutir se Afonso VI era ou não psicopata.  Discuto sim que os médicos da época lhe diagnosticaram um “imódico uso de Vénus” não por serem médicos mas por pressão política, que Afonso VI foi vítima de um dos mais escabrosos processos da História de Portugal, onde a mãe de um filho que provavelmente teve negou tal paternidade sob as pressões do costume, tudo às ordens de Versailles, que era quem cá mandava à época.

Afonso VI tinha um uso tão imódico de Vénus que pouco tempo depois de a sua esposa contratada cá ter chegado escreveu que dentro em breve esperava dar um herdeiro à coroa, e duvido que a senhora acreditasse em métodos in vitro, já que a despeito de ter sido uma das mais pérfidas personagens que ocuparam o cargo de rainha em Portugal de parva não tinha nada. [Read more…]

Um país de curta memória…


Eduardo Frei Ruíz-Tagle.

A segunda volta para as eleições para a Presidência da Republica do Chile, foram realizadas este passado Domingo 17 de Janeiro. Era uma segunda volta, o candidato mais votado na primeira volta, o industrial Sebastian Piñera, enriquecido pela mão do antigo e já falecido ditador, não apenas teve a maioria dos sufrágios, bem como um programa muito semelhante ao do seu rival, Eduardo Frei Ruíz-Tagle, filho de Presidente e Presidente ele próprio no segundo período presidencial, com a Democracia restabelecida no Chile.

Dois problemas aparecem no meu pensamento: o industrial enriquecido, recebe um imenso tesouro do Estado que, de certeza vai gastar em Obras Publicas e melhorar a arquitectura do Chile, para converter o país numa Nação de turistas, baseada nas suas empresas. Esse candidato que tem carisma, virtude que falta a Frei que parece ter esquecido as maneiras de falar e esse sorriso que conquista multidões. O Presidente Eleito sabe rir e cantar e dançar esse Berlusconi do Chile…enquanto Frei apenas pode falar palavras “huasas”, personagem folclórico do Chile, definido por mim noutros debates. Nem é capaz de seduzir a sua mulher….Conheço-o desde a infância: sabe ler, estudar e e excelente advogado, mas não conhece a realidade chilena.

Especialmente após o brilhante governo de Michelle Bachelet e o seu eterno sorriso e entusiasmo.. Nunca haverá outra Presidente com o seu carisma…um louvor para ela…um imenso beneficio para todos nós. [Read more…]

Mudar

O Pedro Passos Coelho apresentou o seu livro: Mudar.

No almoço com os blogues em Lisboa, no qual o Aventar esteve presente (ver AQUI, AQUI e AQUI), o candidato a Presidente do PSD já tinha avançado com algumas das ideias plasmadas na obra.

Uma das coisas mais acertadas que disse nessa apresentação foi: “Com ou sem congresso, o PSD não pode demorar muito tempo a resolver as suas questões internas”. É a mais pura verdade.  Quanto ao resto, vou ler o livro e depois farei comentários.

Os números da vida

O processo de envelhecimento, contínuo, inexorável, acompanha-nos a partir do fim do crescimento. Não damos logo por ele pois, durante um bom tempo, encaramo-lo como amadurecimento, onde vamos arquivando aquilo a que chamamos de “marcas do tempo”.

Pela frieza dos números da lapidar estatística, ultrapassei metade da minha esperança de vida. Já gastei metade do tempo que, previsivelmente, irei viver. E a verdade é que não dei por isso. Sem embargo das muitas coisas que vivi, e já foram algumas, não sabe a metade. Longe disso. [Read more…]

Haiti ou a hipocrisia americana

 

Como é relativamente longo, retirei de um texto de Eduardo Galeano apenas estes três parágrafos, os quais me parecem oportunos nestes dias de profunda hipocrisia. A sua transcrição isolada não me parece desvirtuar o sentido do texto.

 Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até
1934. Retiraram-se quando conseguiram os seus dois objectivos: cobrar
as dívidas do City Bank e abolir o artigo constitucional que proibia
vender plantações aos estrangeiros. Então Robert Lansing, secretário
de Estado, justificou a longa e feroz ocupação militar explicando que
a raça negra é incapaz de governar-se a si própria, que tem “uma
tendência inerente à vida selvagem e uma incapacidade física de
civilização”. [Read more…]

Pois é, pois é…

O Bastonário da Ordem dos Advogados afirmou HOJE que o Segredo de Justiça é uma farsa.

«O segredo de Justiça existe para dar cobertura à incompetência de alguns magistrados e investigadores», disse aos jornalistas, no final da audição na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde foi ouvido a propósito do casamento entre pessoas do mesmo sexo“.

As tardes da tia Júlia

O título é apenas um pretexto para vos dizer que vou em negócios a Angola em Fevereiro. Mas tive que ir a um hospital levar umas “picas” e, enquanto esperava, fui vendo a TVI, mesmo que não quizesse não havia mais nada para fazer e, além disso, quem é que aguenta os gritos estridentes da Júlia?

A Júlia arranja sempre uns ” indigentes mentais” que vão para ali contar histórias de fazer chorar a calçada, ter os seus quinze minutos de fama. Mas eu tenho pena das pessoas, a maioria são umas pobres, vão para ali fazer o programa a quem ganha muito com isso, sem perceber que estão a ser usadas.

Mas tambem aparecem umas “tias” a contar umas histórias de grandes amores e desamores, hoje era uma ao telefone a contar que tinha morrido com uma grande paixão, por amor, dizia ela, enquanto a estridente Júlia enchia o ambiente com os seus risos e ditos sem nexo, entre o gozo e o divertido.

Fui chamado para a “pica” contra a “amarela” o que me deixou da mesma cor , amarelo “Pombalino”, que é uma cor que faz rir muito as senhoras enfermeiras, enquanto me mandam tirar a camisa para me darem uma injeção no braço, ainda hei-de perceber como é que o meu braço chega à barriga e aos “rinholes”…

Bem, enquanto esperava pelo certificado que atesta que estou protegido da “amarela”, comecei a pensar como é que um gajo se protege de uma televisão que usa as pessoas e as põe a fazer de imbecil. Uma forma é ir para Angola, outra ir para o ” campo com lobos” sem luz e outra é desligar o televisor, que é o que eu faço. Mas isso não faz desaparecer a verdadeira questão que é haver quem se utilize da “candura” de outros e outras.

Em programas televisivos norte-americanos já vi bem pior, com os dólares a acenar, jovens e gente adulta a fazer declarações sobre a sua vida privada que me deixa estarrecido!

Por acaso eu aprendi depressa, quando cheguei ao local da reportagem é que descobri que tinha o bairro todo contra mim, eu era o gajo que atirava com o fumo da chaminé do hospital para cima da roupa a secar às janelas e nas varandas e, segundo a “tia” de serviço, bastava haver boa vontade da minha parte.

Enfim, fiz figura de besta e imbecil tudo no mesmo programa!

PS: podem começar a fazer sugestões sobre “souvenires” a trazer de Angola. Nada de diamantes nem petróleo e muito menos uma jibóia juvenil…

O que é um sismo, quanto tempo dura, quando pode ocorrer?

Esquema representativo da libertação de energia, quando se dá um sismo

Em Junho de 2008, profissionais de camionagem e algumas empresas de transportes fizeram um bloqueio em alguns pontos do país que teve a duração de quatro dias. Tal bastou para que se formassem longas filas nas bombas de gasolina, os combustíveis esgotaram em algumas regiões, a água, o peixe, carne, frutas e legumes frescos faltaram noutras, as dificuldades de distribuição ameaçaram paralisar Portugal. Numa sociedade tão interdependente como a actual são vários os riscos (naturais ou artificiais) que podem conduzir rapidamente a situações de caos: greves, ataques terroristas, pandemias, quebras no fornecimento de energia electrica e de água, derrames petrolíferos, incêndios, etc. De todos esses factores, poucos terão o potencial destruidor de um sismo de grande magitude. Mas o que é, afinal, um sismo, como acontece, quando pode ocorrer?

Eis o que nos diz a Autoridade Nacional de Protecção Civil:

Um sismo é um fenómeno natural resultante de uma rotura mais ou menos violenta no interior da crosta terrestre, correspondendo à libertação de uma grande quantidade de energia, e que provoca vibrações que se transmitem a uma vasta área circundante.

Na maior parte dos casos os sismos são devidos a movimentos ao longo de falhas geológicas existentes entre as diferentes placas tectónicas que constituem a região superficial terrestre, as quais se movimentam entre si.

Ao longo dos tempos geológicos, a terra tem estado sujeita a tensões responsáveis pela construção de cadeias montanhosas e pela deriva dos continentes. Sob a acção dessas tensões as rochas deformam-se gradualmente e sofrem roturas. A rotura do material rochoso ocorre após terem sido ultrapassados os seus limites de resistência, provocando vibrações ou ondas sísmicas, que se propagam no interior da terra. São estas vibrações que se sentem quando ocorre um sismo. [Read more…]

Justiça à Portuguesa…

Aqui ESTÁ um bom exemplo de como empolar ainda mais a coisa. Quem sabe, vai-se a ver e as cópias surgidas no Canal Manhoso da Meo vieram de mão amiga na casa.

Uma notícia que deve ser lida com cuidado por ESTES meninos que hoje animaram o Aventar – podem ser os próximos a ser investigados pela PGR, ehehehehehe. E algo me diz que foram eles os responsáveis por ISTO

Hugo Colares Pinto: reflexos (4)

Diálogos com a Ciência – A simbologia da palavra na Ciência Militar – Debate

Na terceira parte desta conferência e a pretexto da atribuição do prémio Nobel da paz ao presidente dos EUA, Barack Obama, quer o general Loureiro dos Santos, quer Rodrigues do Carmo discutiram o estado do mundo a nível geoestratégico. Desde a intervenção dos EUA no Afeganistão à crescente importância do Irão, não esquecendo também o papel crescente da China no mundo do séc. XXI.

Duração total: 39:13
Podem descarregar o programa directamente ou subscrever o podcast através deste link .
Também disponível em vídeo na TV.UP.

Ver Programa Completo das Conferências Diálogo com a Ciência.

Sá Pinto e o elogio da coerência (Sá Pinto forever!)


Num momento em que a sociedade portuguesa se rege cada vez menos por valores e princípios, urge fazer o elogio a quem o merece. Ricardo Sá Pinto revela uma coerência ímpar desde que é conhecido no mundo do futebol, mostrando que não é daqueles que pauta a sua actuação pelos interesses do momento ou por tacticismos tão artificiais quão prejudiciais para a verdade desportiva.
Ricardo Sá Pinto resolve o problema sempre da mesma maneira: à bordoada. Foi assim quando Artur Jorge não o convocou para a Selecção Nacional, foi assim quando foi expulso no último jogo da sua carreira (que melhor forma de terminar uma carreira recheada de êxitos?), foi assim ontem com Liedson.
Quem pode condenar um Homem que se limita a dar tudo o que tem dentro de si? Quem pode condenar um Homem que não tem vergonha de esconder os seus mais nobres sentimentos? Quem pode condenar o verdadeiro Menino Guerreiro?
Tivéssemos à frente do país gente desta e Portugal seria muito melhor. Já estou a imaginar, na reunião semanal que se realiza no Palácio de Belém, o Presidente da República a esbofetear furiosamente o Primeiro-Ministro por causa das escutas; ou Jaime Gama, no Parlamento, a levantar-se do seu lugar para pontapear um Deputado que não obedecera à sua ordem para terminar o discurso; ou Maria de Lurdes Rodrigues a torturar um funcionário titular da FLAD que não aceite avaliar um colega seu que não é titular.
Doa a quem doer, esta é a mais pura das verdades, daí que não se perceba a demissão do Sporting desta inquestionável figura do futebol português. Sá Pinto forever!

Poesia & etc.: Manuel Simões

Pela primeira vez, em quase cinquenta anos de amizade e de iniciativas realizadas em comum com o meu grande amigo Manuel Simões, me vou referir ao poeta Manuel (Gonçalves) Simões. O contrário já aconteceu, pois foi o Manuel quem prefaciou a minha colectânea poética «O Cárcere e o Prado Luminoso» (1990). Um texto magnífico, aliás. [Read more…]

O Porto não é pequeno nem é segundo

Espero que depois desta imagem deixem de se referir a Lisboa como o centro. Aliás, peço-o encarecidamente. Se há um centro no oeste peninsular, este é o Porto. E se havia dúvidas, não há nada como o visual para as eliminar. Espero que deixem de falar de TGVs para Madrid, de pontes sobre o Tejo ou de ‘aeroportos nacionais’. Não é do ‘interesse nacional’ investir desmesuradamente em Lisboa, mas apenas do ‘interesse’ de quem lá mora. Já é tempo de exigir o que nunca devia ter deixado de ser nosso.

Nuno Gomes Lopes

O que se diz por aí

Após o jogo com o Mafra, terá havido confronto físico entre Sá Pinto e Liedson no balneário, com murros á mistura. Entretanto o preço parece ter sido a demissão de Sá Pinto e eventual castigo a Liedson. Sá Pinto volta aos velhos tempos, a lembrar a selecção nacional e Artur Jorge. É de leão!
Do Haiti, vão chegando notícias díspares, desde resgates com sucesso, passando por expulsão de jornalistas no aeroporto por banda dos norte-americanos, até ao desespero de muitos haitianos e a evasão por mar rumo aos EUA.
Por cá, fala-se em redução acentuada do preço das chamadas telefónicas . A ver vamos em que é que isso se traduz em euros a cada um de nós.
Os condutores podem trocar a carta nos CTT. Para evitar a imobilização em filas no Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres.
Nesta praça global, parece que já há escutas do processo “Apito Dourado” disponíveis na Internet, tendo sido anunciada a sua disponibilidade no Youtube.
Também é noticiado que a embaixada espanhola em Portugal estaria a ser usada por rede mafiosa, segundo a “Operação Trufas Odesa” – que mais nomes irão inventar para operações de investigação criminal?!
Por fim, continuam os sinais de que em Portugal não há aumento de criminalidade violenta. Isto dos juízes quererem aulas de tiro deve ser apenas uma questão de enriquecimento curricular. Vamos ver daqui a uns tempos se os magistrados serão tão exigentes com os seus pares como são com os agentes policiais ou os cidadãos habilitados quando recorrem a armas de fogo para sua defesa pessoal.

O Homem da Luta e o canal ranhoso…

O Sá Pinto é mesmo um “Homem do Norte, carago!”. Primeiro deu uns tabefes ao Artur Jorge e agora espectou uns sopapos ao Liedson! Entretanto, segundo a RTP, demitiu-se. Eu, se fosse dirigente desportivo, contratava-o para a secção de pugilismo. Foi assim que começou o grande Pinto da Costa.

As escutas do processo Apito Dourado estão disponíveis no Youtube e naquele canal ranhoso dos vermelhos do Meo. O que diz bem dos seus responsáveis e daquilo que representam. Vou esperar, sentado, para ver/ouvir as escutas do Apito Encarnado…

Liedson e Sá Pinto: Sá Pinto demitiu-se

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Sá Pinto já não faz parte do organigrama da direcção do Sporting, ao demitir-se esta manhã do cargo de director-desportivo.

Pagar o IVA – não diminui a receita do Estado!

Em época de negociações para o OE 2010, recordamos que toda a oposição esteve de acordo com a proposta do IVA com Recibo aquando da discussão da petição na AR em Julho 2009. O Movimento IVA com Recibo enfatiza que esta medida pode salvar milhares de Micro empresas e PMEs e proporcionar o aumento do Emprego. O Movimento pede assim que os Políticos actuem de forma responsável para com 99,6% do tecido empresarial Português.

Todos os partidos da oposição ao Partido Socialista na Assembleia da República concordaram com os princípios formulados pelo Movimento Cívico IVA com Recibo, aquando da discussão da petição no dia 22 Julho 2009. O PS que detinha a maioria não viabilizou esta medida que em muito ajudaria milhares e milhares de PME portuguesas, e considerou-a uma demagogia política. No entanto, o contexto político alterou-se e agora a oposição tem o dever de fazer valer a sua opinião unânime.

“Com o equadramento económico actual, linhas de financiamento que não chegam às empresa e a perspectiva de aumento das taxas de juro, o que as PMEs querem é libertação de tesouraria para que possam desenvolver o seu negócio. Muitas empresas estão a realizar livranças relativas a facturas que não são pagas, de forma a poderem pagar o IVA e os salários. Por exemplo, uma livrança de 50,000 euros, a 90 dias, referente a facturas em atraso de grandes empresas, implica cerca de 400 euros de custo. Estes custos adicionais fragilizam também a empresa relativamente a novas contratações”, afirma Sofia Santos, coordenadora do Movimento e micro-empresária. [Read more…]

Liedson e Sá Pinto: dois leões zangados

É sabido que os ânimos têm estado agitados para as bandas de Alvalade nesta época desportiva. Um clima que ajuda a explicar os problemas exibicionais e os fracos resultados da equipa durante meses. Sim, o plantel é desequilibrado, como dizem os especialistas. Sim, há lacunas de elementos de qualidade em alguns sectores. Mas também já havia uns e outros na época passada e as coisas nem correram muito mal. Pelo menos não tão mal como nesta época.

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As notícias sobre as alegadas agressões – sejam empurrões, murros ou simples impropérios -, entre Liedson e Sá Pinto, ajudam a tentar perceber o que se passa no reino do Leão.

Os jornais desportivos dizem que não se sabe – ainda – se Sá Pinto e Liedson chegaram “a vias de facto”, mas fala-se em murros e empurrões, na presença, quer de todos os jogadores da equipa, quer do treinador Carlos Carvalhal e de que os ânimos só terão serenado quando Liedson foi retirado do balneário. Vale que é levezinho.

Ora, uma alegada crítica de Sá Pinto ao erro do guarda-redes Rui Patrício, que deu origem ao segundo golo do Mafra, não parece motivo para uma reacção e zanga séria de Liedson em defesa do colega de equipa. Há aqui algo mais.

Em particular com o ‘levezinho’. Desde pedir ao treinador, ainda no tempo de Paulo Bento, para parar porque as coisas não estavam a correr bem. E agora este caso. Aguardemos pelos próximos episódios.

O problema da História

O problema de se escrever sobre História, ou de se realizar um filme sobre um qualquer tema ou personagem Histórica é quase sempre a questão da fidelidade aos factos. Muito poucos filmes ou mesmo livros (Wolf Hall grita-me uma vozinha no meu cérebro) são acurados. Isto acontece por muitas razões e parece-me que a primeira é que muitas vezes a realidade não é tão excitante como a ficção. E isso não é condenável, uma obra de arte não tem que factual. Podemos depois falar em puro desconhecimento de factos por parte de escritores ou realizadores ou mesmo diferentes interpretações deles.

O que salta à vista é uma questão que acaba por estar acima de tudo isto: Nem sempre, na História, é possível saber-se tudo. Mesmo que se saiba muito sobre um assunto e mesmo que haja factos que estejam mais que provados, há sempre outros factos e aspectos e pormenores que não se sabem, ora porque não há fontes ou porque elas são muito problemáticas ou por outra razão qualquer. Por outro lado, também há certezas na História. Quando se diz que os nazis mataram 6 milhões de judeus, isto é um facto não há volta a dar.

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Programa da Associação 31 de janeiro

DIA 30
21h30 – Ateneu Comercial do Porto – Conferência subordinada ao tema:
“Como construir a República na século XXI”
Conferencista: Prof. Doutor Amadeu Carvalho Homem

DIA 31

10h00 – Cemitério do Prado do Repouso (Entrada Largo Padre Baltazar
Guedes)
– Intervenções junto ao monumento evocativo do 31 de Janeiro.
– Hino Nacional cantado por alunos do 2o Ciclo do Colégio dos Órfãos.

17h00 – Praça dos Poveiros – Descerramento de placa alusiva ao
centenário da República.
18h00 – Ateneu Comercial do Porto – Abertura da exposição, “Quem
fez a República”

18h30 – Ateneu Comercial do Porto – Apresentação do livro: “A
Maçonaria e a implementação da República” pelo Professor António
Reis.

PS: convite recebido por mail

No Haiti o jornalista é notícia…

Eu a pensar que o jornalista se tinha atirado para debaixo de um prédio para salvar alguem, ou na confusão de gente infeliz, ter levado uma surra ou, enfim, um episódio dignificante que justifica-se a notícia de o jornalista ter ido parar ao hospital. Mas não, partiu um pé e deu uma cabeçada num muro a fugir depois de ver o hotel a abanar.

Estes jornalistas são uns pândegos de morrer a rir, consideram-se uma classe à parte, são conhecidos, aparecem na televisão, gente do mundo numa palavra. Correm para o Haiti aos montes e mostram-nos aos montes as mesmas imagens, mortos, edificios destruídos, gente cheia de pó branco, com um ar de fantasma, os únicos que estão frescos como uma alface são os jornalistas, banhinho tomado no hotel, microfone em punho a dizer-nos que houve um terramoto e há uma grande destruição.

Quando da cobertura da Guerra do Golfo os nossos intrépidos jornalistas apareciam de capacete na cabeça, a centenas de Kms da frente de batalha, a darem-nos notícia do que tinham lido nos jornais ingleses do dia anterior. Mas o capacete dava um ar do caraças, o homem estava mesmo lá, onde “está a notícia”!

E se estes senhores em vez de andarem ali a prejudicar quem trabalha, quem mete as “mãos na massa” , se ajudassem e admitissem que dia após dia nada têm para dizer ?

Larguem o microfone, as câmaras de filmar e ajudem,  enviem uma vez por dia uma “notícia” : esta destruição, estas mortes, têm a ver com a miséria a que foram votados os Haitianos pelos mesmos que agora “às pinguinhas” enviam umas quantas garrafas de água e uns pacotes de bolachas!

E, porra, quando se partirem partam alguma coisa que se veja!