No jornal I (versão reduzida no Ionline) Joana Amaral Dias entreteve-se a exercer a sua profissão com gente que não conheceu viva, e que em pelo menos um caso desconhece enquanto morta.
A História, que é uma ciência, vive também do contributo de todas as outras ciências, mas pedem-se trabalhos sérios, e que obedeçam aos mínimos de rigor científico. Muitos médicos, por exemplo, tentaram diagnosticar doenças dos nossos monarcas e não só, algumas vezes com uma probabilidade muito razoável de certeza.
No caso que mais me interessa não vou discutir se Afonso VI era ou não psicopata. Discuto sim que os médicos da época lhe diagnosticaram um “imódico uso de Vénus” não por serem médicos mas por pressão política, que Afonso VI foi vítima de um dos mais escabrosos processos da História de Portugal, onde a mãe de um filho que provavelmente teve negou tal paternidade sob as pressões do costume, tudo às ordens de Versailles, que era quem cá mandava à época.
Afonso VI tinha um uso tão imódico de Vénus que pouco tempo depois de a sua esposa contratada cá ter chegado escreveu que dentro em breve esperava dar um herdeiro à coroa, e duvido que a senhora acreditasse em métodos in vitro, já que a despeito de ter sido uma das mais pérfidas personagens que ocuparam o cargo de rainha em Portugal de parva não tinha nada. [Read more…]
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