Quem é Sofia Afonso Ferreira?: Jogo de Espelhos (ACTUALIZADO)
Nos últimos dias, ganhou contornos de romance policial uma suposta ligação do Bloco de Esquerda a empresas do Paquistão relacionadas com serviços de emigração. Tudo isto porque, como se pode constatar pelo Google Maps/Earth ou outro, o Bloco de Esquerda partilha o nº268 da Rua da Palma, onde se situa a sua sede, com algumas lojas que estão no tal beco (ou pátio, o que é indiferente), assim como com habitações.
Tal não teria mistério. Como surgiu, então, a tal ligação? A obreira de tal chama-se Sofia Afonso Ferreira. E quem é Sofia Afonso Ferreira? Poucos são os que sabem.

Curta biografia de Sofia Afonso Ferreira no jornal israelita Times of Israel.
Escalpelizando. Segundo o que é público, Sofia escreve para o jornal israelita, propriedade de um judeu do Reino Unido e de um oligarca norte-americano, Times of Israel. Por lá, apresenta-se como “jornalista” e “consultora de comunicação”. Quanto ao seu trabalho como jornalista, não conseguiu o Aventar encontrar provas de tal actividade. Apenas encontrámos artigos de opinião publicados no Times of Israel, nada mais. Quanto ao trabalho de consultoria, também não foi possível apurar em que âmbito já prestou serviços do género. No entanto, no mesmo site, apresenta-se, também, como “política”. O trabalho de Sofia como servidora da causa pública, esse, é mais fácil de expor e deixar à consideração.

Sofia Afonso Ferreira e um jogo de espelhos.
Quantas greves são greves a mais?
Marques Mendes, no seu espaço de intoxicação alimentar, declarou que, nas escolas públicas, há greves a mais, há baixas por doença a mais e os sindicatos exageram (ouvir a partir dos 12 minutos e qualquer coisa).
Como é que se sabe se uma classe profissional faz greves a mais? Haverá um banco de horas de greve? Haverá um gestor de conta que negue um levantamento de horas de greve porque já se gastou o limite de crédito e agora só para o ano? Deveria existir o cargo de provedor do grevista?
Não sabemos, mas Marques Mendes sabe. Marques Mendes também sabe que, nas escolas públicas, há baixas por doença a mais e sabe que toda a gente acha o mesmo. Como é que Marques Mendes sabe? Acha que há. E também acha que os sindicatos exageram.
Marques Mendes é uma pessoa que acha muito e, por isso, tem opiniões. Só lhe faltam fundamentos e é por não fundamentar o que afirma que chegou a comentador televisivo.
Petição Pública: Ação de cidadãos – Queixa-crime contra André Ventura e Pedro Pinto



“Os cidadãos abaixo-assinados vêm apresentar:
Adriana Cardoso, André Escoval, António Garcia Pereira, Anabela Mota Ribeiro, Ana Gomes, Ana Félix Ribeiro, Ana Pereira Rodrigues, Alina Pinto Seixas, Ana Coelho dos Santos, Anizabela Amaral, Ana Sacau Fontenla, Ana Profeta Alves, Ana Montes Palma, Ana Milhais e Sousa, Ana Boeyen Suspiro, Ainhoa Vidal Beunza, Ariana Furtado Neves Júnior, Artur Augusto Sá da Costa, Álvaro Garcia de Vasconcelos, Alexandre Sérgio Mano, Beatriz Campos de Nóbrega, Bernardo Marques Vidal, Bruno Victoria de faria Braz, Blessing Lumueno, Bruno Ferreira, Brito Guterres, Catarina Marcelino, Catarina Silva, Carmen Granja, Carla Castelo, Capicua, Cláudia Semedo, Carla Martínez Beunza, Carla Veríssimo Sanches, Carlão, Catarina Soares Barbosa, Cláudia Varejão, Cristina do Nascimento Milagre, Cristina Eugênia Bighetti, Célia Costa, Cristina Maria Sá Pinto, Cristina Roldão, Cláudia Semedo, Cláudia Orvalho da Silva Castelo, Claudia Correia Macedo, Claudia Correia Mendes, Cláudia Nogueira Vantacich, Célia Gonçalves Pires, César Mendonça Figueiredo, Cléo Diára, Daniel Oliveira, Eva Rap Diva, Francisca Van Dunem, Francisco Geraldes, Faranaz Keshavjee, Filipe Espinha, Filipe Santos Costa, Gisela Casimiro, Gonçalo Ribeiro Telles, Hélio Morais, Helena Coelho, Hugo Van der Ding, Inês Melo Sampaio, Inês Afonso Costa, Joana Gomes Cardoso, João Maria Jonet, João Costa, João Miranda, João Oliveira, João Moreira da Silva, José Eduardo Agualusa, Joacine Katar Moreira, Júlia Machado Garraio, Juliana Pacheco Oliveira, Luísa Semedo, Luís Monteiro, Leonor Rosas, Maria Castello Branco, Mamadou Ba, Maria Escaja, Maria Fátima Cunha Almeida, Mafalda Anjos, Mariana isabel Gomes Luís, Maria Emilia Prado, Maria Teresa Santos Ferreira de Castro Laranjeiro, Miguel Prata Roque, Miguel Sousa Tavares, Miguel Baumgartner, Myriam Taylor, Nuno Markl, Paula Cardoso, Paulo Furtado, Pilar del Rio, Pedro Marques Lopes, Pedro Alpuim, Pedro Tavares, Pedro Vieira, Pedro Coelho dos Santos, Pedro Rei, Pedro Ramos, Priscila Valadão, Prof. Fernando Gomes da Silva, Porfírio Silva, Rita Ferro Rodrigues, Rita Costa, Ricardo Sá Fernandes, Rosa Monteiro, Romualda Fernandes, Rui Martinho Soares Barbosa, Renato Janine Ribeiro, Sara Amâncio, Selma Uamusse Gomes, Sérgio Godinho, Siyabulela Mandela, Sheila Khan, Telma Tavares, Teresa Pizarro Beleza, Teresa Carvalho Amorim, Tiago Mota Saraiva, Maria Manuela da Costa Granja, Mariana isabel Gomes Luís, Manuel Joaquim da Silva Pinto, Vasco Mendonça, Vanda Alves Monteiro, Vânia Tavares Andrade, Welket Bungué, Vhils, Vitorino, Vicente Valentim, Wandson Lisboa, Xavier Viana de Oliveira Rafael.
PARTICIPAÇÃO CRIMINAL
Pelos crimes de:
INSTIGAÇÃO À PRÁTICA DE CRIME
(p.p. artigo 297.º do Código Penal)
APOLOGIA DA PRÁTICA DE CRIME
(p.p. artigo 298.º do Código Penal)
INCITAMENTO À DESOBEDIÊNCIA COLETIVA
(p.p. artigo 330.º do Código Penal) [Read more…]
Os super atletas dos colégios privados

Sabem o que está de regresso?
Os rankings escolares.
E, com eles, todo um novo universo de super atletas com 19 e 20 a Desporto.
Gordo ou magro, marreco ou coxo, os colégios privados portugueses recebem crianças normais e devolvem-nas transformadas em Phelps, Bolts e Comănecis.
Não falha um.
Se eu mandasse nisto tudo, substituía os incompetentes do Comité Olímpico Português por directores de colégios privados deste país. Voltávamos para casa com mais medalhas que os americanos.
Passos Coelho e os que comem criancinhas
No tempo do salazarismo, havia um faduncho anticomunista que servia para alimentar o medo do papão leninista-estalinista-siberiano. Incluía, o dito faduncho, versos como “Maldita seja a Rússia soviética!” e “Malditos os que comem criancinhas!”. Quando se pensava que já não seria possível reencontrar um discurso tão primário, eis que Passos Coelho reaparece para reavivar fantasmas em que ele próprio não acredita, mas que lhe dão jeito para a campanha em que se integra, juntamente com outros intelectuais do mesmo calibre, como Paulo Otero ou João César das Neves, alguns dos autores que integram a colectânea “Identidade e Família”.
Descaindo os cantos da boca, de modo a imitar uma gravitas de estadista, Passos Coelho disse que há uma «sovietização do ensino».
Um dos mitos alimentados pela direita tola
(ou pela direita que fala para tolos)
é o de que a Escola Pública é uma verdadeira madraça dominada por comunistas e outros parentes desgraçadamente próximos que andam a catequizar as pobres criancinhas, que, a não serem comidas ao pequeno-almoço, hão-de transformar-se, por força da doutrinação, em futuros comedores de criancinhas, em consumidores de drogas pesadas, médias, leves e pesos-pluma e em heterossexuais convertidos em quaisquer outros sexuais que tentarão obrigar toda a população a mudar a orientação sexual. [Read more…]
Operação Pretoriano: o Polígrafo estará a exagerar um bocadinho e a massacrar em demasia?

Sabe-se que
#Recorde Em muitos “tweets” há quem recorde a polémica da Tese de Mestrado do líder dos “Super Dragões” que supostamente padece de várias falhas. O Polígrafo pediu uma análise gramatical do texto a Manuela Gonzaga, consultora linguística.
Como?
Porque o Facebook do Polígrafo o disse:



- Há dois dias (parte I)
O possível ministro da Educação da AD ou Mudam as moscas
Vídeo roubado à Missão Escola Pública. Alexandre Homem Cristo é, pelos vistos, um especialista em Educação, estatuto que parece ser atingido sobretudo por gente que procura soluções para enfraquecer o poder reivindicativo dos professores.
O especialista em Educação nem sequer esconde que a concessão de maior poder aos directores das escolas serve para retirar poder aos sindicatos, como se esse poder fosse incomensurável e correspondesse a um problema. É um problema para quem gosta pouco dessas manias da democracia e dos direitos dos trabalhadores. Educação é outra coisa.
Olha para o que eu digo….
É um clássico ver políticos dos dois principais partidos a declarar o seu amor à escola pública colocando os seus filhos no ensino privado…
Não é curto, mas é grosso
Por princípio, não leio comentários. Escrevo, egoisticamente, muito mais por mim que pelos outros. Uma espécie de processo libertador. Não necessito de validação e a maior parte das críticas, passa-me ao lado. Excepto quando, factualmente, demonstram ou até apenas indiciam que posso estar errado. E isso leva-me a repensar o que tinha concluído ajudando a reforçar um procedimento que já me é constante, o de me questionar. Permanentemente. O que pode facilmente ser demonstrado se, por exemplo, confessar que tenho uma antipatia pessoal (derivada de más experiências próprias) pelo povo Judeu (com excepção da Gal Gadot). Emocionalmente, é inegável que se tivesse de elencar os meus Povos favoritos, os Judeus estavam muito longe dos primeiros lugares. Não é, nem de perto nem de longe, anti-semitismo (expressão errada porque não são só os Judeus que são semitas), mas apenas preferências pessoais.
[Read more…]Professor Dorme no Carro e Tem Acesso a Cuidados Básicos na Escola
Vídeo encontrado no canal EnsinoTV
Regresso às aulas – Assistentes operacionais
Regresso às aulas – Renovação e Carreiras
Regresso às aulas – Mobilidade por doença
João Costa e a vulgata antigrevista
Quando nos pisam os calos, no mínimo, exprimimos um gemido de desconforto. Se nos pisarem os calos demasiadas vezes, a coisa descambou para falta de cuidado ou para agressão.
Os professores já andam a ser pisados desde 2005, pelo que é natural que se queixem, que protestem. Talvez se possa mesmo dizer que os protestos são poucos para tanta pisadura.
Entretanto, são os professores e todos os outros profissionais da área que mantêm as escolas a funcionar de uma maneira exemplar, contra ventos e marés constituídas também pela incompetência e pelo desinteresse das sucessivas equipas ministeriais, que se limitam a cumprir instruções superiores, aprofundando um desinvestimento constante e ignorando problemas já estruturais (formação inicial de professores, atracção dos jovens), até porque não estão lá para resolver. Graças aos professores, os alunos estão, pelo contrário, sempre em primeiro lugar.
Tenho pelas greves um respeito quase religioso, mesmo quando não sou praticante, porque cada um deve reagir às pisaduras como muito bem entender. Permito-me duvidar de métodos de luta que não consigam ferir verdadeiramente o adversário, mas isso é outra questão.
Entre os políticos no poder, mesmo em democracia, há uma vulgata antigrevista a que João Costa não resiste, tendo afirmado que lamenta (que é diferente de lamentar) a convocação de greves, uma vez que os alunos deveriam estar em primeiro lugar. Trata-se de demagogia pura e tem por objectivo propagandístico transformar o grevista num irresponsável ou mesmo num agressor. O poder, mesmo em democracia, na verdade, sonha com a ditadura e a greve deveria, no máximo, existir em teoria.
A greve é, assim, uma resposta a uma agressão. Chega a ser cómico ouvir o agressor queixar-se da reacção do agredido.
Miguel Sousa Tavares: mentiroso ou desinformado?
Num texto do Paulo Guinote, fiquei a saber que Miguel Sousa Tavares escreveu na sua crónica do Expresso de 25 de Agosto que os professores reclamam “retroactivos”, o que não corresponde à verdade.
Outro comentador, então televisivo e, na altura, presidente da câmara de Lisboa, já tinha afirmado o mesmo. Também não era verdade e não passou a ser. Esse mesmo comentador é hoje o ministro das Finanças.
Já não é a primeira vez que Miguel Sousa Tavares faz afirmações erradas sobre professores. Se o faz propositamente, é mentiroso. Se o faz sem querer, é incompetente.
Em qualquer dos casos, é contumaz, tal como o Expresso.
Looking for sugar man I Shall Be Released
Na semana que passou morreram dois músicos, Sixto Rodriguez (dia 8 de Agosto, com 81 anos) e Robbie Robertson (9 de Agosto , com 80 anos).
Sobre o primeiro há que ver um filme sobre a sua vida, Searching for Sugar Man. Foi tão só uma bandeira anti-apartheid para a juventude da África do Sul no início dos anos 70. Um trovador esquecido durante trinta anos. Uma vida.
Sobre o segundo, dizer que foi o guitarrista da banda de suporte de muitos músicos, tendo-se transformado naquilo que hoje conhecemos por The Band. Ele foi o cimento, por exemplo, do célebre álbum que Bob Dylan gravou, Blonde on Blonde (1966) e o ainda mais célebre The Basement Tapes (gravado na chamada casa The Big Pink) álbum conceptual gravado em 1967, após o acidente de moto de Bob Dylan, mas apenas lançado em 1975.
Robbie Robertson tornou-se o músico (bandas sonoras e arranjos) de Martin Scorsese em muitos filmes.
Claro que todos nos lembramos do filme (e respectivo triplo álbum) The Last Waltz.
Há que ouvir.
O estranho fenómeno da twitterização da vida e do desfasamento das novas gerações

Dizem que são “luxury lovers”, ouvem podcasts sobre economia onde jovens brancos mimados que não entendem um cu de economia debitam alarvidades, nunca abriram um livro nem sabem o que é um “relatório” ou uma “ficha técnica”, rejeitam todo e qualquer meio de comunicação tradicional com a premissa de que é tudo “um lixo”, mas adoram youtubers e tiktokers com discursos vazios de “auto-ajuda” e acham que o MaisLiberdade é o pináculo da “literacia financeira” e da independência (spoiler alert: há gráficos para tudo, consoante o que se quiser mostrar e não, não é independente, é da IL) e que o Ventura até diz as verdades (spoiler alert: um relógio parado está certo duas vezes por dia). Acham que comportamentos racistas, xenófobos ou homofóbicos são mera “liberdade de expressão”, e exercem-na no Twitter ou no Facebook, porque nunca leram a Constituição para perceberem que tais actos são crime, não opinião e que liberdade de expressão é outra coisa.
Admiram o Elon Musk de cada vez que este se peida, acham que o Raul Minh’Alma é o melhor escritor português e o Cristiano Ronaldo é o role-model das suas vidas, consomem Prozis porque vão ficar muito bombados (e assim sempre estão na moda), acham que são os impostos o grande flagelo das sociedades, acreditam piamente que uma taxa plana de 15% num ordenado de 1000€ os vai deixar milionários, são contra taxar as grandes fortunas mas ganham menos de 1000€/mês… e vivem num T1 em Gueifões pelo qual pagam quase um ordenado mínimo, compram na Zara e conduzem um Ford Focus…
Não admira que a Iniciativa Liberal tenha tantos bots que a apoiem, quando vende a política como se de um sonho se tratasse, achando que riqueza é mero sinal exterior de quem “lutou muito para lá chegar”, mas depois quem tem de levar com um barbeiro que cobra 8€ por corte e que paga 600€/mês pelo arrendamento de um espaço comercial, mas que acha que vai ser milionário a trabalhar, na caixa de comentários de um qualquer jornal português sou eu. [Read more…]
O que acontece a quem comete uma ilegalidade?
Já se sabe que impor os serviços mínimos a uma greve às aulas é indecente, para usar um eufemismo já pouco simpático. De qualquer modo, isso só poderia ser um problema para quem sentisse vergonha.
A partir do momento em que essa imposição foi considerada ilegal, a pergunta é: o que acontece a quem comete uma ilegalidade?
Imaturidade Política Liberal

Bernardo Blanco, deputado liberal e filho de Paulo Blanco, acompanhou dois rapazes que vivem da estupidez, um deles acusado de burla num esquema que envolve criptomoedas, numa visita à Assembleia da República que acabou com um outro a ler um discurso, redigido a quatro mãos, em que manda “para o caralho” o primeiro-ministro António Costa.
Se quiserem conhecer mais um pouco do “Youtuber” Windoh, o protótipo do charlatão liberal, aqui ficam dois links:
“Ministério Público investiga esquemas relacionados com youtubers”.
“CMVM alerta que empresa do youtuber Windoh não está autorizada em Portugal”.
E se quiserem conhecer mais do “Youtuber” Tiago Paiva, o protótipo do campeão do teclado liberal no Twitter, ficam aqui links para dois vídeos:
“Extremamente Desagradável: Tiago Paiva é genial”.
“Os Primos: Tiago Paiva no Podroast”.
Quanto à Iniciativa Liberal, se não querem ser acusados de imaturidade política (ou mesmo de falta de integridade), convinha esconderem um bocado que são imaturos (e pouco íntegros) politicamente.
A IL refere que o objetivo de convidar estes youtubers “era mostrar o Parlamento e o seu funcionamento a mais pessoas da sociedade que não acompanham a atualidade política, mas são seguidores destes criadores de conteúdos”, uma vez que estes “fizeram dois longos vídeos em que mostram o funcionamento do Parlamento num registo mais informal, procurando aproximar os mais jovens da atividade política”.
Mas será que a IL sabe que metade dos que vêem os vídeos desses “youtubers” não tem, ainda, sequer idade para votar, que a outra metade são jovens adultos heterossexuais que ejaculam de cada vez que os Musks, os Petersons ou os Tates desta vida abrem a boca e que estes “youtubers” são um exemplo da falta de civilidade e inteligência que reinam nas redes sociais?
Claro que sabe e fica cada vez mais difícil para a IL esconder que podem ser tudo, mas liberais é que eles não são. Cada vez mais a frase “um olho no facho, outro no liberal” faz sentido.
Luta dos professores – um vídeo do Ricardo Silva
Mais uma vez, vale a pena ouvir a voz esclarecida e apaixonada do Ricardo Silva.
Apesar de o vídeo ser muito mais interessante do que qualquer coisa que eu escreva, não posso deixar de notar a minha dificuldade de compreensão.
Não compreendo a que sítio esconso se vai buscar uma pergunta em que se insinua que a emotividade possa ser um problema, como se fosse possível uma pessoa ter razões para se revoltar, ficando impassível ou como se sentir ou mostrar emoções nos retirasse necessariamente a razão.
Não compreendo como é que é possível a maior confederação de pais e de encarregados de educação do país estar contra a luta dos professores. Note-se que ‘compreender’, aqui, significa ‘considerar inaceitável’. A CONFAP tem razões que o coração desconhece.
Ide ver o vídeo, ide, que há razão e coração em doses perfeitamente equilibradas.
Notícias Viriato: uma estória de seis mil euros – parte II

António Abreu, fundador do Notícias Viriato. Imagem retirada do YouTube.
Há cerca de dois meses, o Aventar, pela minha mão, publicou um artigo onde questionava o que tinha acontecido ao “jornal” on-line Notícias Viriato (NV) e onde paravam os mais de seis mil euros angariados pelo seu fundador e único trabalhador, António Abreu, para a suposta realização de um documentário sobre as alegadas vítimas das vacinas administradas durante a pandemia de COVID-19.
Ora, na altura, expusemos aqui o enunciado: que tinham sido angariados mais de seis mil euros para a realização de um suposto documentário e que, pouco tempo depois disso, o Notícias Viriato e o seu fundador António Abreu teriam “desaparecido em combate”. Como tal, enviámos algumas perguntas directamente para o e-mail do Notícias Viriato e para o e-mail de António Abreu. Perguntas essas que, durante uns tempos, ficaram sem resposta. Mas o Aventar insistiu, voltou a enviar as perguntas e, há umas semanas, o Notícias Viriato (que é o mesmo que dizer António Abreu) respondeu-nos às pergunta solicitadas, respostas essas que aqui passamos a reproduzir. Primeiro, relembramos as perguntas enviadas:
1 – O NV surgiu com bastante adesão por parte de alguma direita radical e cavalgou a onda da pandemia. Por que razão não publicam nada desde Fevereiro de 2022?
2 – O NV perdeu relevância depois de contido o vírus e ficou sem material?
3 – Em Outubro de 2021, o NV organizou uma angariação de fundos. Segundo o que foi publicado nas suas redes sociais, conseguiu uma quantia no valor de €6.476, com o objectivo de produzir uma reportagem intitulada “Vítimas do Medo”. Quando sairá essa reportagem, uma vez que não foi publicada, nem no site do NV nem nas suas redes sociais?
4 – Por que razão a última publicação acerca do tema “Vítimas do Medo” foi, precisamente, a informação sobre os €6.476 angariados?
5 – Está o NV disponível para apontar uma data para o lançamento do documentário “Vítimas do Medo”, para o qual angariou €6.476?
A tudo isto, o NV respondeu-nos que: [Read more…]
Má educação
Os profissionais de Arqueologia da Administração do Património Cultural enviaram um documento, em 7 de Março, subscrito por 70% daqueles profissionais, para o Ministro da Cultura (solicitando também uma audiência), para o Governo (1º. Ministro) para a Presidência da República e para a Assembleia da República.
O documento em causa prende-se com o que já abordei aqui e aqui, e as consequências danosas para o nosso Património Cultural.
O que aconteceu então? Os órgãos de soberania ( Assembleia da República e Presidência da República) e o Gabinete do 1º. Ministro acusaram a recepção do documento nos dias seguintes ao envio. Aliás o Presidente da Assembleia enviou o texto para a Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.
Passaram 3 semanas. E dada a ausência de resposta do Ministro da Cultura (nem sequer a acusar a recepção ) o documento foi enviado apenas para o Jornal Público, dia 23, devido ao facto de aquele jornal ter abordado o assunto nas edições de 12 e 18 de Março (curiosamente sem ouvir os profissionais, apenas ouviu pessoas externas à administração do Património Cultural e chefias……).
Passou mais de uma semana. Nada de resposta, nem o Público acusou a recepção, nem “pegou” no assunto, quando os profissionais se disponibilizaram para serem ouvidos! Muito estranho…..
Assim, em 2 de Abril, texto foi enviado para uma série de jornais. O DN fez uma notícia sobre o assunto, nesse mesmo dia. Assertiva e tocando nos pontos essenciais.
O que aconteceu no dia 3 de Abril durante a manhã?
O Ministro da Cultura acusou a recepção do mail e documento, tendo reencaminhado o assunto para a Secretária de Estado da Cultura!
Entretanto foram saindo várias notícias sobre o assunto, aqui, aqui, aqui e aqui.
Luta dos professores – ligações com vídeos
A propósito da luta dos professores, aqui ficam três ligações com vídeos de intervenções do Paulo Prudêncio, do Paulo Guinote e do Ricardo Silva. Em comum, têm a clareza e a informação. Quem vir e ouvir, não poderá ignorar. É de lamentar, no caso do vídeo do Ricardo, a intervenção de um jurista que não apresentou argumentos jurídicos, e que, para cúmulo, acredita ou parece acreditar que é indiferente ser-se professor universitário ou do básico e do secundário.
Sem querer desvalorizar, de maneira nenhuma, outras vozes, é de louvar que as televisões dêem também visibilidade a professores a tempo inteiro. A surpreendente tenacidade da classe docente terá levado a que as televisões sentissem que não era possível ignorar estes contributos, em vez da redundância vazia de outros actores.
O governo, entretanto, continua na senda de fingir que está a negociar, prosseguindo, ao mesmo tempo, um caminho de destruição do sistema educativo. Tudo começou em 2005, no triste consulado de Maria de Lurdes Rodrigues. A perda da maioria absoluta do PS, em 2009, foi fraca consolação, uma vez que o rolo compressor não parou com Passos Coelho e António Costa, sendo indiferente o nome dos ministros da Educação, simples tarefeiros que se limitam a demolir, cumprindo ordens.
“Bitaitar” não chega!
Todos gostamos de opinar sobre tudo e mais alguma coisa. Nos blogs, no facebook, no twitter, no emprego, no café, em casa, etc. Eu não sou excepção. É sobre bola, é sobre política, é sobre o governo, e por aí fora. Não há nenhum mal nisso.
O que acontece é que usamos informação que nos é apresentada (de diversas fontes), e na maior parte das vezes, senão todas, não conhecemos o suporte real que deu origem a essa informação. Mas uso também dois locais onde posso escrever o que penso sobre determinados assuntos que tem implicações na nossa vida. Esses locais permitem que qualquer cidadão se pronuncie e diga (escreva) o que pensa. São duas ferramentas grátis que nos permitem exercer a nossa cidadania, conhecendo o que efectivamente é proposto.
O primeiro é um site onde os diplomas legais ( Decretos-Lei, Portarias, etc.) se encontram para consulta pública, antes de serem ratificados e entrarem em vigor. O segundo é sobre projectos ( Linhas do Metro, Barragens, Estradas, Parques Industriais, Pedreiras, Indústrias, etc.) que se encontram em Consulta Pública.
A nossa participação muda alguma coisa? Não sei, mas eu, que ainda quero mudar o mundo, faço a minha parte.
Usem.
Notícias Viriato: uma estória de seis mil euros
O Notícias Viriato (NV) era uma página que difundia, nas redes sociais, notícias falsas e teorias da conspiração. Inspirado nas milícias trumpianas dos Estado Unidos da América, a página, gerida pelo jovem António Abreu, desde cedo atraiu alguma cambada proto e neo-fascista, liberais e ultra-liberais que, orgulhosamente, apoiavam e partilhavam as notícias de cariz enganoso que o Notícias Viriato propagava.
O seu gestor, António Abreu, jovem na casa dos 20 anos, saltou para a ribalta quando, num desfile na Avenida da Liberdade, decidiu interpelar o activista Mamadou Ba com perguntas desfasadas da realidade, dando-lhe um encontrão para, logo de seguida, afirmar ter sido empurrado pelo activista (quando nas imagens – insciente, decidiu gravar o momento – se via que o “empurrão” foi encenado pelo jovem artista).

Imagem: reprodução/Facebook de António Abreu
MEntiroso: A mentira consciente e a pocilga a que isto chegou
Não é preciso escrever muito sobre o tema.
O governo montou um spin e a comunicação social regurgitou sem digerir.
Público: PGR põe em causa legalidade da greve dos professores convocada pelo Stop
DN: PGR diz que greve convocada pelo S.T.O.P viola a lei
Expresso: Greve “self-service” dos professores convocada pelo STOP é ilegal, diz a PGR
Etc: Ver no Google os resultados da pesquisa “pgr greve professores ilegal” com a data de hoje.
E porque é que é mentira? O Parecer Da PGR Não É O Que O ME Quer Fazer Parecer. É só ler (e saber ler).

Imagem: O meu quintal, de Paulo Guinote










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