Um golão de um miúdo de 17 anos e, aproveitando o embalo, um vídeo com os melhores momentos do ano. Tudo tirado AQUI.
ESTE:
e mais ESTE:
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
“E depois, nem tudo são tristezas: também temos as nossas festas! E para as festas tudo nos serve: o 1º de Dezembro, a outorga da Carta, o 24 de Julho, qualquer coisa contanto que celebre uma data nacional. Não em público – ainda não podemos fazer -, mas cada um em sua casa, à sua mesa. N’esses dias colocam-se mais flores nos vasos, decora-se o lustre com verduras, põe-se em evidência a linda e velha Bandeira, as Quinas de que sorrimos e que hoje nos enternecem – e depois, todos em família, cantamos em surdina, para não chamar a attenção dos espias, o velho hymno, O Himno da Carta… E faz-se uma grande saúde a um futuro melhor!”
A Catástrofe, Eça de Queiroz
Rolf Dohmerer
O seu nome é Dambisa Moyo, uma jovem economista zambiana que estudou nas Universidades de Harvard e Oxford estando actualmente a trabalhar na Goldman Sachs, um dos maiores Bancos de Investimento do mundo. Ela acaba de publicar um livro intitulado Dead Aid, em contraposição ao Live Aid liderado por Bob Geldof.
Dambisa Moyo defende no seu livro o fim das ajudas financeiras dos países ricos para o continente africano. Esta posição defendida por Dambisa Moyo não é nova pois já foi defendida por outros economistas africanos porém nunca ganhou a notoriedade e o protagonismo mediático, como agora, com esta jovem economista zambiana, considerada recentemente pela “Time Magazine” como uma das 100 personalidades mais influentes do mundo.
Relata a TVI24/IOL que Conceição Gomes, directora executiva do Observatório Permanente da Justiça, afirmou hoje que «A Justiça é cega para os problemas sociais. O que me preocupa é que não há aqui uma multiópticas que nos ajude. Não se vislumbra como tratar esta cegueira» e que «Em vários aspectos, é verdade que há uma Justiça para ricos e outra para pobres».
Nada de novo, pois, para quem ouve os constantes alertas do Bastonário da Ordem dos Advogados. Para quem quer ouvir, obviamente…
Na vertigem mediática e blogosférica dos tempos que correm, uma réplica mereceu recentemente mais destaque do que o original. Compreende-se, seja pelo teor da notícia, seja porque, convenhamos, seria difícil utilizar o original para perpetrar a agressão.
Desfeita a espuma volátil do fait-divers, voltemos agora ao esplendor monumental do Duomo de Milão.
Nunca o tinha visto como agora, tão limpo e branco, o mármore tão aparentemente acabado de talhar. Tendo em conta os quinhentos anos que demorou a sua construção, é possível que nenhuma outra geração o tenha visto desta forma, com as suas 3400 estátuas tão inesperadamente resplandescentes, os fantásticos vitrais absolutamente recuperados, a Madonnina refulgente como nos primeiros dias. Mark Twain – e suponho que não só – considerava o Duomo a primeira entre as obras feitas por mãos humanas.
Eu não digo tanto, mas não consigo ir a Milão sem o visitar, vez após vez. No entanto, para mim, apesar de toda a sua monumentalidade, beleza e, acreditem, leveza, a obra mais impressionante presente no Duomo encontra-se, quase discretamente, no seu interior e mantém inalterada a patine do tempo. Trata-se da figura de S. Bartolomeu ( Miguel Angelo pintou-a no Juízo Final, na Capela Sistina, segurando a sua própria pele ) de Marco d’Agrate (1562 ) esfolado vivo, uma das maiores representações do sacrifício, da brutalidade e da intolerância humanas.
Um dia li algures: “Não expliques, os teus amigos não precisam e os teus inimigos não acreditam”. Um tipo lê tanta merda na vida que se esquece onde leu coisas realmente interessantes.
Daí ter perfeita noção que este post é desnecessário. Mas seria injusto se não partilhasse com todos o que me vai na alma sobre o apagão do Aventar. Todos nós aventadores estamos aqui por prazer, pelo gozo da partilha de ideias, pelo divertimento que o blog nos dá e pela possibilidade, quiçá utópica, de criar opinião interessante e importante para os outros. Tal como milhões de bloggers por esse Mundo, é por gosto e com gosto. Os minutos e as horas no Aventar são retiradas aos amigos, aos familiares e a tantas outras coisas que nos rodeiam. Assim se explica a nossa raiva quando ficamos offline.
O que vale a pena, tem sempre que ser conquistado, com determinação, com convicções, com muitas desilusões, mas há que porfiar e não desistir.
Uma delas, e esta reflexão resulta de vários comentários cruzados que temos tido aqui, é a questão da Justiça. Para além do que se pode fazer, melhorar a organização, assentar a progressão no mérito, introduzir meios modernos de gestão e informática, há algo com que temos de viver, sob pena de colocarmos em perigo a nossa liberdade.
As garantias que são dadas a todo e qualquer suspeito ou arguido de ter direito à sua defesa, de constituir advogado, de ter acesso ao processo, de se constituir assistente, gozar de tantos direitos que há quem lhe chame “garantismo”, isto é, que vai para além das garantias razoáveis, são uma uma trave mestra da Liberdade!
Mas tudo isto pode ser condensado numa frase. É preferível ter culpados livres, sem castigo, sejam quantos forem, do que ter um só inocente na prisão!
E este principio tem que ser levado até às últimas consequências, correndo o risco de favorecer quem tem mais meios para melhor se defender, ver casos de pessoas que uma e outra vez não são sequer acusados, pese embora as suspeitas, e mais que suspeitas, provas que aparecem na opinião pública, mas que não têm valor probatório em Tribunal.
No caso dos políticos, há o nível político e o nível do cidadão. Ao nível político, eu sou de opinião que um homem público não pode ficar indiferente ao que a opinião pública pensa dele, mesmo que nada esteja provado em Tribunal. Trata-se de alguem que está fragilizado perante os muitos interesses que tem que enfrentar, perde capacidade e eficácia na resolução dos problemas da governação.
Ao nível pessoal esse homem tem todos os direitos que estão consagrados na Constituição da República Portuguesa. Não pode ser considerado culpado, e goza da presunção de inocência, enquanto não transaccionar em Julgado, decisão de Tribunal competente para o condenar.
É assim o Estado de Direito! Podemos arrancar os cabelos, podemos não acreditar, podemos zangarmo-nos uns com os outros, mas aquele principio é sagrado!
Ai, de nós se assim não fosse!
PS: sou o mesmo LM que ataca uma e outra vez Sócrates e os outros políticos. Não estão enganados. Mas nunca me leram a dizer que são culpados. Mesmo no auge do Freeport, para além dos boys de serviço, eu fui dos poucos que nunca deixou cair essa dúvida. E se não for culpado?
O ACORDO ORTOGRÁFICO E OS SMS
Hoje já ninguém sabe escrever.
Os SMS, forma de escrita usada pala maior parte da população activa, vieram empobrecer a escrita. As abreviaturas, os «kapas», e a limitação do número de caracteres passíveis de serem utilizados numa dessas mensagens, vieram desvirtuar tudo.
Antigamente, foi há bem poucos anos mas parece já ter passado uma eternidade, escreviam-se cartas, algumas, deva dizer-se, de fino trato literário. Uma declaração de amor, escrita, era por vezes um tratado de bem escrever. Uma mentira era escrita com um cuidado extremo, escolhendo muito bem as palavras empregues. O saber de novas e informar das que se sabem, obedecia a uma forma escrita correcta e agradável.
Hoje, os correios já pouco trabalham na entrega desse tipo de missivas. O telefone, primeiro, o correio electrónico, mais tarde, e depois, de novo o telefone na sua versão portátil, com a possibilidade de enviar mensagens curtas, acabaram com essa forma de comunicação.
Escrevi milhares de cartas. Aos poucos, e à medida que a idade ia avançando, escolhia com mais cuidado as palavras empregues, o papel em que as escrevia, e até a esferográfica ou a caneta de tinta permanente que utilizava.
Como toda a gente, cada vez escrevo menos cartas. O correio electrónico e a conversa pelo telefone, vieram substituir na sua maior parte a minha maneira de contactar. Mas continua a existir em mim a paixão pela escrita em papel, preferencialmente feita com caneta de tinta permanente.
Hoje já ninguém sabe escrever. Já não é preciso, dizem os mais novos que na sua maior parte têm uma caligrafia ininteligível. O vocabulário da maior parte dos Portugueses com menos de trinta e cinco anos está reduzido a um mínimo, e o ensino vigente parece apoiar essa redução e aquelas letras que mais parecem hieróglifos.
Recordo-me de há uns tempos ter discutido isto com um casal amigo… casamento é lá com eles, mas com outro nome. Agora, adopção, nem pensar.
E vem isto a propósito da Liberdade dos deputados que parece ser posse do sr. inginheirú, o tal, recordo, que foi primeiro antes de o ser, inginheirú!
Vejamos, estamos na área das liberdades de cada um e é muito bem feito que se possam casar. Cada um tem o que merece! Casem-se que é muito bem feito.
Agora que raio de dúvida é esta: um tipo sozinho pode adoptar. Mas, a viver em conjunto, não pode???…
E um referendo? Já o escrevi, também é simples: a mim, com a opinião acima expressa, dá muito mais jeito que o referendo não aconteça. Porque assim, sei que a minha posição sai DE CERTEZA vencedora.
Isto é, foi assim que Sócrates (e o PSD) decidiram não haver referendo europeu. E no caso da IVG, qual foi o argumento da direita qual foi: venha o referendo porque assim poderemos não perder… É por isso que eu agora não quero referendo – para ganhar!
Parece que estou a ver umas armasitas de destruição maciça no Iémen!!!
Eu até posso ser burro, mas não gosto nada que me comam as papas na cabeça e que me façam passar por lorpa. Leio eu algures, que a tentativa de atentado confirma o Iémen como a terceira frente na luta contra o terrorismo. Peritos em contraterrorismo e forças especiais dos EUA estão desde o início do ano a operar naquele país.
Tenho a sensação de que me estou a engasgar! Batam-me nas costas, por favor!
O Iémen é um país árabe que ocupa a extremidade sudoeste da península arábica, limitado a norte pela Arábia Saudita, a leste por Omã, a sul pelo mar da Arábia e pelo golfo de Áden, e a oeste pelo estreito de Bab el Mandeb e pelo mar Vermelho que permite ligação à Eritreia.
Que local porreiro para fazer uma quinta! Ou um Rancho!
Apesar de se dizer que o Iémen é um pequeno produtor, 95% das suas receitas são do petróleo. O Iémen é classificado dentro dos países que estão crescendo menos, no entanto, é considerado um país cheio de grandes recursos económicos que não têm sido explorados, em especial no domínio do petróleo, do gás, dos recursos minerais e das pescas. As reservas de petróleo, a seguir: [Read more…]
In the 21st century, if you see some situation you are not happy with, it’s probably not the best idea to vote for somebody who tells you that they are going to do something about that situation if elected, because frankly they’re not. Historically, they never do. If there is something that genuinely upsets you, don’t vote for somebody who tells you that they are going to fix it. Try and fix it yourself; that’s the only way it is going to get fixed.
And it doesn’t matter if it’s on the other side of the world. This, I think, is the face of politics in the 21st century. And the face of art, and probably of spirituality and everything: It is down to the individual. If individuals do not like the world that we happen to be living in — and who could blame them? — then I suggest it is up to them to change it.
http://www.wired.com/underwire/2009/12/alan-moore-dodgem-logic/2/
Um professor italiano de Anatomia Patológica na Universidade de Palermo decidiu fazer o que milhares de outros já fizeram: estudar todos os detalhes do mais famoso quadro do mundo, Mona Lisa.
O homem observou, analisou, estudou a obra-prima de Da Vinci e graças ao seu olhar clínico deixou um diagnóstico: além do sorriso enigmático, a modelo de Da Vinci podia também sofrer de colesterol e apresentar níveis altos de triglicéridos.
Ao analisar o quadro, Vito Franco encontrou o que se designa por “xantelasma”, uma acumulação subcutânea de colesterol, na concavidade do olho esquerdo de Mona Lisa e um sinal de um linfoma numa mão.
Como não há possibilidades de concluir o diagnóstico utilizando os tradicionais exames médicos, estas possibilidades não poderão, infelizmente, ser confirmadas. A estas dúvidas juntam-se outras, como saber se Mona Lisa, ou Gioconda, cheirava mal dos pés, padecia de ataques de flatulência, depilava as axilas, cortava as unhas dos pés, tinha mau hálito, entre outros dados relevantes.
Numa reunião do comité central do PCP, realizada em Agosto de 1963, verificou-se uma grave dissidência entre a linha, estalinista, ortodoxa, a corrente maioritária, a de Álvaro Cunhal, e uma minoritária, liderada por Francisco Martins Rodrigues. Sendo insanável a divergência, este, acompanhado por outros elementos daquele órgão dirigente, abandonou o partido, acusando a linha dominante de ser «meramente eleitoralista».
Em Abril de 1964, esse dissidentes criaram a FAP- Frente de Acção Popular, através de cujo órgão de imprensa (o Luta Popular) defenderam a acção armada como única via de derrube do regime salazarista. Em 1965 os principais dirigentes e outros militantes foram presos pela PIDE. Porém seria a partir deste pressuposto, de que o regime só cairia pela violência e nunca pela luta legal, que iriam nascer organizações clandestinas como a LUAR e como as Brigadas Revolucionárias. Organizações que o PCP sempre acusou de serem «aventureiristas», «divisionistas» e «blanquistas».
Abro um parêntesis, para lembrar que «blanquismo» é um conceito proveniente do nome de Louis-Auguste Blanqui (1805-1881), político francês que defendia que a revolução socialista e a consequente tomada do poder, não seria obra das massas proletárias, mas sim de um grupo reduzido de conspiradores, bem organizados em estruturas secretas. Segundo Blanqui, a revolução seria consumada sob a forma de um golpe de estado. Na linguagem dos partidos comunistas ortodoxos, blanquismo é, portanto, um termo fortemente pejorativo. [Read more…]
S – Já almoçaste?
V- Ainda não. Estou um bocado chateado, perdi o apetite.
S- Ai, é? Então porquê?
V- Ó pá, hoje ainda só ganhei dez mil euros, uma miséria, vê lá se dás a volta à crise que isto, assim, não dá para aguentar.
S- Eh, pá, se eu acabar com a crise há outros amigos nossos que se queixam, topas? A minha posição não é fácil. Isto é muito delicado.
V- Eu sei, meu, mas dez mil euros? Quase que preferia correr uma maratona das tuas…
S- Olha lá, porque é que não te inscreves nas novas oportunidades? Fazias-te engenheiro técnico e desenhavas umas casitas nas horas vagas. Eu já fiz isso e vê lá a casa onde moro agora, compradinha com o meu dinheirinho. Tá bem que tive uma fezada, mas as oportunidades, novas e velhas, são para agarrar.
V- Era capaz de ser uma ideia, mas a Guarda já não dá, o pessoal anda a fugir todo de lá. Agora até para Espanha vão.
S-A Guarda não, pá, desenhavas para Vinhais ou, melhor ainda, para Alcochete. Conheço uns tipos que te tratavam das licenças de construção.
V- Em zonas protegidas?
S- Claro, essas é que estão a dar. Compras barato e vendes caro, não tem espinhas nenhumas, hei-de pedir ao TS que te dê umas lições de economia e finanças.
V- Não sei, pá, ainda se me arranjasses um ou dois PIN para construir uns hotéis e uns resortes. Aí, ainda pensava nas novas oportunidades. Começava já a desenhar e a construir, púnhamos as coisas à venda e, entretanto, eu tentava sacar o diploma. Para isso conheço eu uns tipos.
S- Tá bem, acho que podes começar a fazer os rabiscos. Mas aviso-te que agora, sem o Pinho, está mais difícil desenrascar uns PIN de jeito.
V- Caraças, pá, o gajo lembrou-se de fazer aquela porra dos cornos.
S- Nem me digas nada. Uma ganda tanga, foi o que foi. O gajo nem sequer estava a fazer cornos, é o que dá ser um bom ministro.
V- Ah, não?
S- Aquilo era o sinal das torres eólicas, tás a ver, aquilo era a dizer que, nas energias renováveis, estamos à cabeça do mundo. Aquela gentinha da assembleia é que não atina, ainda andam numa de energias fósseis, BMWs, aquela treta toda.
V- Grandessíssimos cretinos. Às tantas há por lá corruptos e a gente não sabe.
S- A gente não sabe, mas há quem saiba…
V- Ai, é? Porque é que dizes isso?
S- Parece que andam por aí umas escutas telefónicas.
V- Eh, pá, isso é grave. Ainda nos arriscamos a ser escutados. Desconfias de quem faz essas merdas?
S- Lá desconfiar, desconfio. Faltam-me é provas.
V- Ó pá, diz lá quem são os tipos, talvez um lugarzinho na administração de um banco os mantenha sossegados.
S- Não digas a ninguém, mas…
V- Porra, isso nem parece teu. Sabes bem que sou um túmulo.
S- E és, desculpa. Desconfio dos Gato Fedorento. Aliás, tenho quase a certeza que os gajos fazem escutas.
V- Os Gato Fedorento?
S- Claro, caraças, como é que tu achas que os palhaços arranjaram informação para esmiuçar um gajo como eu, como o Gama, como…
V- Ah ah ah, e como a velha.
S- A velha? A velha, cá por mim, podiam esmifrá-la. Estão a ouvir, ó gatos? Estão a escutar? Esmifrem a velha, porra, ataquem o sistema informático da esfinge da presidência, mas a mim, que sou humilde e até tenho sentido de humor – foram os meus filhos que mo disseram – deixem-me governar a merda deste país, ouviram?
V- Boa. E não se atrevam a passar por Vinhais, que ainda levam com um robalo nas trombas. E olhem que eu sou um gajo – para vocês é senhor – sério. Se digo que levam com um robalo nos cornos, levam mesmo, até vos arranco as fundações, não há prevenção nem rodovia que vos salve. Nem que isso me custasse dez mil euros.
S- É isso mesmo. Um robalo nas ventas. Porreiro, pá.
Ao contrário do que se julga, a nossa sociedade é muito mais plural e liberal do que se pode pensar. Existe um conjunto de sinais, ditos, procedimento já entre nós enraizadas, que mostram que nós, portugueses, não somos tão quadrados quanto isso.
Já me referi (texto “Vinhas-me ao pau”) à lusitana tradição dos comentários finais entre jogadores de sueca, onde abundam as expressões do tipo “baldavas a tua bisca no meu pau que estava firme” ou “metias-me o pau na copa e ficavas ao corte”, entre outras. Num país homofóbico, tal não seria possível.
Além disso, e na senda da argumentação que somos um país de mente aberta, e onde a ligeireza de linguagem é disso exemplo é cada vez mais corrente o pessoal, para ganhar a vida, oferecer o pacote: seja o pacote de chamadas, seja o pacote de férias, o pacote de mensagens, seja que pacote for. Quanto mais oferecerem do respectivo pacote, mais apelativos se tornam num mercado cada vez mais concorrencial, numa guerra de pacotes sem precedentes.
Ora, deve ter sido este tipo de sinais que levou socialistas, bloquistas e comunistas a antever uma aceitação social minimamente pacífica do casamento homossexual, e, daí, a inexistência de razões para qualquer tipo de consulta popular.
Devíamos era dar graças por ter forças políticas tão atentas aos sinais.
Pergunta o José Freitas se todas as petições ao parlamento são entregues em clima da gala, referindo-se a uma petição sobre “a verdade desportiva”.
Nem todas pá. A petição pelo referendo, por exemplo, foi entregue também ontem mas em clima de galo.
O banqueiro Artur Santos Silva (PSD,/BPI/Partex/Gulbenkian/Jerónimo Martins, etc), veio ontem inaugurar publicamente as actividades da milionária Comissão Oficial do Centenário da República.
Como curiosidade, declarou que …”a república representa a afirmação da liberdade e da cidadania, o combate à pobreza e a celebração do Estado de Direito“. Dada a actual situação que o país vive social, económica, financeiramente, na Justiça e no progressivo cerceamento da liberdade de expressão, a atoarda do sr. Santos Silva não deixa de ser uma originalidade.
De todo o babado e risonho discurso, apenas retivemos desta Comissão, a promessa do tal pau de bandeira com cem metros de altura – o laparotismo autárquico do Guinness – e o anúncio de fazer soar A Portuguesa no próximo dia 5 de Outubro, tocada por “centos de bandas filarmónicas em todo o país”.
Fazem bem. O Hino é patriótico, bonito e como se sabe, bastante apreciado por D. Carlos, a quem foi dedicado pelos seus autores. Aqui deixamos em imagem, a capa da partitura original. Talvez o sr. Santos Silva decida publicá-la para o povo ver.
Ainda têm dúvidas?
“Algo é só impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário” (Albert Einstein)
Passo a traduzir uma notícia tão pequena como notável que encontrei em DER SPIEGEL 53/2009, como segue.
O SUPLENTE
“Não sou político”, diz Gordon Bajnai – uma confissão algo estranha para um primeiro-ministro, por cima para um bem sucedido. Bajnai, de 41 anos, em Abril tornou-se PM na Hungria quando ninguém mais quis o cargo, pois o estado estava falido. O FMI, o Banco Mundial e a UE disponibilizaram 20 mil milhões de euros e exigiram uma estrita economia.
Durante muitos anos o país tinha vivido de empréstimos. Agora procurava-se alguém que fosse radical. Alguém sem planos de carreira política, pois a sua reputação perante o povo ficaria arruinada depois de executada a terapia de choque. A escolha recaiu em Gordon Bajnai, um antigo gestor:
“Era o último candidato na fila”, diz Bajnai. Aumentou a idade da reforma, aumentou o IVA. Entretanto, um ano depois da depressão, a OCDE confirma à Hungria a melhor governação de todos os países membros e já em 2011 o país poderia cumprir os critérios de Maastricht. Bajnai quer demitir-se na primavera, após cumprimento da sua missão – também isso é invulgar.
Rolf Dohmer
Caiu-me no perfil do Facebook mais um vídeo do “À Lei da Bola“.
Desta vez o ENORME Pedro Ribeiro faz uma reflexão sobre os dois critérios que tornam atractivos jogadores para o FCP e para o SCP. Simples:
1 – Ter jogado no Benfica
2 – Ter interessado ao Benfica.
No ponto 1 entra o João Pereira. No ponto 2 o reserva dos suplentes do Atlético, o Falcão, o Pereira… E isto tudo apesar da equipa reserva do Benfica – com Luís Filipe, Carlos Martins e Urreta – ter conseguido esmagar o rival daqui do outro lado do rio.
http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/ziqGZCmTenAM7RJrQT3h/mov/1
E partindo desta ideia gostaria de recorrer ao Aventar para reforçar um Mito azul:
“O Porto torna FANTÁSTICOS os jogadores que no BENFICA não deram nada”.
[Read more…]
Já chorei por muitos animais. Mas o Pantufa era especial.
Cão rafeiro, foi recolhido pelos meus sogros há 16 anos quando uma puta qualquer, que tinha deixado a sua cadela parir, queria afogá-lo à nascença. Teve sorte – dos irmãos, foi o único que se safou.
Foi para lá bebé de dias, corria o mês de Agosto de 1993. Em Setembro / Outubro desse ano, comecei eu a frequentar a casa, como namorado daquela que é hoje a minha mulher. Lembro-me dele muito pequenino, aos saltos por todo o lado e sempre, sempre a ladrar.
Passaram-se os anos. Tratado como um rei, teve a vida que todos os cães gostariam de ter. Teve a vida que alguns humanos gostariam de ter. Com muito espaço para correr e para saltar, com os seus passeios diários, com o arrozinho de frango sempre à espera. E sempre, sempre a ladrar quando alguém chegava a casa.
Teve uma vida muito feliz, o Pantufa. Nos últimos anos, no entanto, vieram os problemas de saúde. Estava velhote. Ultimamente, já nem ladrava. Os rins deixaram de funcionar e, desde Domingo, já não conseguia comer.
Hoje, a minha sogra decidiu levá-lo ao veterinário. Tive o prazer de o conduzir na sua última viagem. Já não havia muito a fazer, o bicho estava em sofrimento e eventuais tratamentos só adiariam o inevitável. Num acto de misericórdia, o veterinário aconselhou a eutanásia. E assim foi. Anestesiou-o primeiro e, em seguida, adormeceu-o suavemente para sempre. Com a minha filhinha ao colo, ainda pude entrar no consultório para afagar pela última vez um corpo já sem vida.
« – Queres fazer uma festinha ao Pantufa, bebé?»
Não quis. Infelizmente, nunca se vai lembrar dele.
Maria veio buscar-me à noite e perguntou-me se eu queria casar com ela. Respondi que tanto me fazia, mas que se ela de facto queria casar, estava bem. Quis então saber se eu gostava dela. Respondi, como aliás respondera já uma vez, que isso nada queria dizer, mas que julgava não a amar. “Nesse caso, porquê casar comigo?”, disse ela. Respondi que isso não tinha importância e que, se ela quisesse, nos podíamos casar. Era ela, aliás, quem o perguntava, e eu contentava-me em dizer que sim. Maria observou então que o casamento era uma coisa muito séria. Respondi: “Não”. Maria calou-se durante uns instantes e olhou-me em silêncio. Depois, falou. Queria simplesmente saber se, vinda de outra mulher com a qual estivesse relacionado do mesmo modo, eu teria aceite uma proposta semelhante. Respondi: “Possìvelmente”. Perguntou então de si para si se gostaria de mim, mas sobre esse ponto, como poderia eu saber alguma coisa? Depois de uns instantes de silêncio, murmurou que eu era uma pessoas estranha, que gostava de mim se calhar por isso mesmo, mas que um dia, pelos mesmos motivos, era capaz de passar aos sentimentos contrários. Como eu me calasse, por não ter nada a acrescentar, tomou-me o braço a sorrir e declarou que queria casar comigo. Respondi que sim, desde que ela quisesse. Falei-lhe então na proposta do chefe e Maria disse-me que gostaria de conhecer Paris. Contei-lhe que lá vivera durante algum tempo e ela perguntou-me como era a cidade. Respondi: “É suja. Há pombas e pátios escuros. As pessoas têm a pele muito branca”.
Albert Camus, O Estrangeiro, trad. António Quadros, ortografia da edição original.
Era um modesto hotel de uma cidade de província. Um desses estabelecimentos semifamiliares, em que o dono parece ter conseguido desenvolver o dom da ubiquidade, não só para controlar os empregados e guardar a sua propriedade, mas também para observar com deleite a nossa cara de susto quando nos surpreendia em cada esquina. Era um […]
E o Ventura que sacou de um “os turcos gostam pouco de trabalhar!”, num país que tem fama de só gostar de “putas e vinho verde”?
Alguém sabe se, porventura, o André tem raízes alemãs?
Elementos da Juve Leo integrarão o pessoal de terra do novo aeroporto: «Estamos habituados a mandar tudo pelos ares na zona de Alcochete.»
Ainda vamos ver o “Ministro” Nuno Melo a propor a incorporação obrigatória dos sem abrigo nas Forças Armadas….
E muitos boys & girls sem emprego. O governo exonerou a mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
“St. Thomas’?”, perguntei aos deuses da Ortografia. “Deveria ser St. Thomas’s!”, exclamei. Felizmente, não estou sozinho — há quem se defenda, alegando que é um plural. Really? Oh dear!
“Morta por dentro, mas de pé, de pé como as árvores” e (peço desculpa pela javardicezita) “Prefiro morrer de pé do que votar no Luís André“. A primeira dá o mote. A outra… A outra… A outra (ui!), valha-nos Nossa Senhora da Agrela.
OK. Já agora, como é que ficou aquela história do “agora facto é igual a fato (de roupa)”? Alguém sabe? É para um amigo.
É o tema do II Congresso dos Jovens da Família do Coração Imaculado de Maria. Aguardo as conclusões para ficar a saber se sou homem, se sou mulher e se sou de verdade.
Às escondidas. Aguarda-se o anúncio de um feriado nacional dedicado ao terrorismo fascista.
Para ouvir com bolas de naftalina nos ouvidos.
Greve geral nas redacções – página do Sindicato dos Jornalistas.
que pode acompanhar neste link. As primeiras notas, inevitavelmente, dizem respeito ao crescimento da extrema-direita.
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