Quando escrevo contratados no título do post estou a pensar na questão do emprego e não na condição A ou B porque, em abono da verdade, o que fez mexer a classe foi o receio pelo emprego, foi o medo de ter ou não ter trabalho. E, por isso, qualquer análise, mais ou menos apaixonada deve ter como base esta questão – o emprego.
Pergunto: a acta assinada garante ou não o mesmo nível de emprego hoje existente na profissão?
Sim e talvez até aumente o número de contratados. Como?
Simples:
– a Direcção de Turma que o MEC tinha tirado da Componente Lectiva regressa à casa de partida (3 mil horários que continuam);
– há actividades até agora por regulamentar que passam directamente para a componente lectiva, o que significa mais horários;
– 6 mil docentes com a aposentação pedida não irão ter serviço a 1 de Setembro. São mais 3 mil horários;
– a componente lectiva fica como está, ou seja, não aumenta o nosso tempo de aulas. Falava-se em 3 horas a mais na componente lectiva. Se fossem 3h por cada um dos 100 mil professores no sistema…
– a redução por idade na componente lectiva não sofre qualquer alteração.
– a componente individual fica claramente definida, algo até agora mutável ao sabor de cada Director.
– um professor só será enviado para horário zero se não tiver mesmo qualquer hora na sua escola.
Podia ser mais e melhor?
Claro. Poderia até haver um ponto sobre o aquecimento global e a caça às baleias, mas num país ditatorialmente gerido pela TROIKA, num país onde mais ninguém se levanta para dizer não, o que se conseguiu é, pelo menos, positivo. E, em termos de emprego docente, é brutal!
E, mais uma vez, os Professores foram exemplares na forma como lutaram!
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