Colégios: opções editoriais amarelas

A opção de algumas redacções pelos amarelitos é algo que não surpreende, mas que me fez alguma comichão. Se um mísero corte em apenas 39 colégios (há mais de 2000) levanta esta poeira toda, imagino o que aconteceria se o governo tentasse despedir 40 mil professores da Escola Pública. Até a Igreja viria dizer qualquer coisa.

Mas, não gosto que os meus cometam os mesmos erros e o Jornal Público ainda é o meu jornal e por isso tenho que lhes bater.

Nas últimas horas conheceram-se três factos sobre este processo e todos eles merecem referência no site do Jornal: [Read more…]

A ameaça extremista e os saudosistas do rectângulo

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Nos dias que correm, o significado do termo “liberdade” começa a perder propriedade e passa a servir para tudo. Serve para justificar a especulação e o terrorismo financeiro, serve para legitimar a exploração e a destruição de direitos laborais, serve para subjugar Estados à ditadura dos mercados, serve para que os opositores do Estado Social justifiquem financiamentos estatais ao privado dependente e parasitário e serve também para trazer alguma extrema-direita a reboque. O Partido da Liberdade da Áustria, uma agremiação de fanáticos de extrema-direita neonazi que empunha com vigor a habitual bandeira da xenofobia, é um exemplo que incorpora muito do acima referido.

Acontece que estes fundamentalistas estiveram perto de vencer as Presidênciais austríacas do passado fim-de-semana, embalados por uma oportunista e chico-esperta instrumentalização da crise dos refugiados. Tal como alguns profetas da desgraça que por cá vão saindo do armário, também os nazis austríacos fazem uso, em permanência, da arma do medo. E isso entusiasma os seus pares europeus como Marine Le Pen ou Geert Wilders, sedentos de mais “liberdade” para discriminar, intimidar e reprimir. [Read more…]

Conversas Vadias

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Conversas Vadias – série de entrevistas a Agostinho da Silva, produzidas pela RTP. Vinte e seis anos depois estas conversas continuam actuais, surpreendem pela claridade, perspicácia e saber demonstrados pelo entrevistado.

Página do programa na RTP.

Meteram a viola no saco

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© Red Hook Terminals (http://bit.ly/25qLQw7)

There have always been benevolent aristocrats. That doesn’t make me fall in love with the feudal system.
Noam Chomsky

Alfieri: But this is Red Hook, not Sicily. This is the slum that faces the bay on the seaward side of Brooklyn Bridge. This is the gullet of New York swallowing the tonnage of the world.
— Arthur Miller, A View from the Bridge

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«Perceberam que não tinham razão e meteram a viola no saco», disse hoje António Costa, acerca da forma como Assembleia da República e Governo têm gerido a matéria Acordo Ortográfico de 1990. Efectivamente, depois de terem lido os pareceres (ver nota 13), os deputados e os ministros acabaram por meter a viola … Ah! Não foi sobre o Acordo Ortográfico de…? Foi sobre os colégios. Segundo o primeiro-ministro, os deputados da oposição terão percebido que não tinham razão e meteram a viola no saco. Sobre os colégios. Ah! Não foi sobre o Acordo… OK. Que grande confusão a minha. Peço imensa desculpa. Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.

 

Sporting também vai ser condenado?

Ou o facto do seu Vice-Presidente ter sido condenado no exercício das suas funções e procurando “obter vantagem para o seu clube” não é relevante?

Pedro Abrunhosa lança cântico de apoio à selecção brasileira

Segundo a TSF. Efectivamente, como sabemos, ‘selecção’ ≠ ‘seleção’.

Welcome Zé

#welcomejose

José Mário dos Santos Mourinho Félix assinou pelos Reds!

Lixo jornalístico

Doces

O ministro da Saúde quer acabar com a venda de doces e salgados nos hospitais. O Correio da Manhã chama-lhe cortes, que fica sempre melhor e tem aquele odor a austeridade que ajuda à propaganda. Mas o pior, oh heresia, é que o vilão como chocolates. Porque tem tudo a ver. Hoje os hospitais, amanhã o estalinismo absoluto contra a liberdade de escolha alimentar dos portugueses. O drama, o horror, a tragédia. Já imaginaram o sacrilégio que seria um ministro da Saúde fumador que ousasse implementar medidas antitabágicas mais apertadas? Portugal não aguentaria. [Read more…]

Sobre quem se fez gente no público, mas quer o privado para os que vierem

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“A pressão é enorme”, assegura M., encarregada de educação de um aluno do 8º ano do Colégio Conciliar de Maria Imaculada (CCMI), em Leiria, em alusão aos mais de 20 emails de mobilização para as diferentes iniciativas de contestação contra o Ministério da Educação. [Jornal de Leiria]

Percebo as razões porque se movimentam os colégios privados. Dinheiro. Não há mistério algum nisto e, para eles, os meios, mesmo que reprováveis, justificam os fins.

Percebo, igualmente, porque razão a direita e alguns sectores do PS os apoiam. Dinheiro, novamente. Também não há mistério algum, especialmente agora que é preciso encontrar negócio que substitua as obras públicas. Estas foram, durante muito tempo, parte do trinómio financiamento partidário/negócios privados/enriquecimento pessoal. O Estado, agora, não tem dinheiro para obras, pelo que os serviços públicos são a nova mina, onde educação, saúde e segurança social podem render milhões em negócios.

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Monstro à vista?

monsanto e bayer

Imagem: Campact

55 mil milhões de Euros é a maquia que a Bayer oferece para engolir a mais tristemente famosa transnacional: a Monsanto.

“Estão a brincar”, responde, por agora, a Monsanto e simultaneamente,  só devido a esta hipótese, as acções da Bayer desceram 8%. Obviamente, estes trejeitos fazem parte dos preliminares e a procissão ainda vai no adro. Se o negócio se vier a realizar, estará criada uma mega-corporação que vai controlar quase tudo o que comemos. E o que comemos será produzido com recurso a uma quantidade crescente de fábricas agrícolas, tecnologia genética e pesticidas, já que a fusão só será rentável se a Monsanto-Bayer obtiver ainda mais lucro com o glifosato, a manipulação genética e as sementes patenteadas.

O mercado agrícola global é hoje dominado por meia dúzia de multinacionais: enquanto em 1985 as dez maiores empresas de sementes detinham, em conjunto, uma parcela de mercado de cerca de 12,5%, em 2011 dominavam 75,3%. Uma Monsanto-Bayer passaria a ser a maior produtora mundial de sementes e pesticidas, com um poder de Lobby gigantesco – haja em vista o sucesso da pressão que ambas já vêm exercendo sobre os governos e a comissão europeia.

Além de um quase monopólio sobre a nossa alimentação, a compra da Monsanto – que seria também um caso a analisar à luz da regra de concorrência comunitária – representaria uma aposta de 55 mil milhões de Euros na carta da exploração, manipulação e destruição desenfreada da natureza. Mais um empurrão dos donos do mundo para o precipício, como se houvesse algures um outro planeta novo a estrear. Adeus sonho de uma agricultura agroecológica não industrializada…

O socialismo não falha…

70% dos venezuelanos já vivem em condições de miséria. Mais uns meses e Maduro conseguirá a igualdade plena, uma sociedade sem classes, todos na pobreza absoluta… É fácil apontar agora o dedo ao presidente da Venezuela, apelidando-o de louco, o que até é verdade, à excepção do querido líder da Coreia do Norte não conheço estadista mais bizarro, mas excentricidades à parte, onde é que o socialismo produziu mesmo um resultado diferente? Cada vez que me lembro dos que apontavam a Venezuela como esperança para a economia planificada no sec. XXI… Daria vontade de rir se não fosse uma tragédia humanitária, como sempre acontece quando algum povo de forma voluntária ou imposta experimenta esta pérfida ideologia.

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Helder Cordeiro

Os professores do privado também são piegas, Passos?

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Numa célebre entrevista dos tempos sombrios em que presidiu ao Conselho de Ministros, Pedro Passos Coelho tem uma afirmação que ficaria para sempre ligada à sua acção governativa e que nos diz muito sobre a sensibilidade social do ex-primeiro-ministro. Líder de um governo que promoveu como poucos a precariedade na escola pública, Passos aconselhava os professores desempregados a emigrar. E muitos não tiveram outra alternativa que não fosse seguir o amável conselho. O tempo não estava para pieguices. [Read more…]

Por sorte (deles), ambos estão longe de Portugal…

Ou no 1º caso teríamos a ilustre Raquel Varela a dizer que criar máquinas foi uma péssima ideia, no 2º caso já temos o habitual cortejo de invejosos a clamar pela imoralidade de tais salários…

Felizmente para ambos, Portugal é um lugar distante ou teriam às costas Centeno, Costa, Martins, Mortágua, Sousa & associados, ávidos por sem esforço algum, em nome do Estado esbulharem mais de 50% do resultado da criatividade e esforço alheio, sob a forma de impostos, prática que tenho dificuldade em classificar, será parasitismo ou proxenetismo?

Começam hoje as alegações finais do caso BPN

quanto apostam que os criminosos laranjas se safam todos?

Neoliberalismo no séc. XXI: a exploração infantil e o capitalismo totalitário

HRW

É o capitalismo do deixar fazer. A selvajaria que recusa restrições ou imposições estatais que condicionem a liberdade de explorar sem freio, onde inúmeras são as grandes multinacionais que escolhem tolerar e pactuar com abusos e violações de direitos humanos para garantir o aumento dos seus lucros.

O mais recente caso chega-nos da Indonésia. A Human Rights Watch denunciou que milhares de crianças estão a trabalhar em campos de cultivo e fábricas de transformação de tabaco, sob condições severas e perigosas e perante a passividade do governo de Jakarta. Para além das tabaqueiras locais, duas nobres multinacionais ocidentais estão a lucrar com a exploração de crianças indonésias: British American Tobacco e a incontornável Philip Morris. [Read more…]

Vantagens de ter Cristiano Ronaldo na família

Kátia Aveiro, outrora Ronalda, vai actuar na final da Liga dos Campeões ao lado de Alicia Keys. Para quando um Grammy?

Feliz dia da toalha!

Marvin – Tirado daqui

A entrada para “toalha” no guia é a seguinte:

Just about the most massively useful thing any interstellar Hitchhiker can carry. Partly it has great practical value. You can wrap it around you for warmth as you bound across the cold moons of Jaglan Beta; you can lie on it on the brilliant marble-sanded beaches of Santraginus V, inhaling the heady sea vapours; you can sleep under it beneath the stars which shine so redly on the desert world of Kakrafoon; use it to sail a miniraft down the slow heavy River Moth; wet it for use in hand-to-hand combat; wrap it round your head to ward off noxious fumes or avoid the gaze of the Ravenous Bugblatter Beast of Traal (a mind-bogglingly stupid animal, it assumes that if you can’t see it, it can’t see you — daft as a brush, but very very ravenous); you can wave your towel in emergencies as a distress signal, and of course you can dry yourself off with it if it still seems to be clean enough.

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Tudo estaria bem se fizesse o jogo da direita

Apesar de ter sido eleito pela Direita, só tem feito o jogo da Esquerda“. Falta-lhe juntar-se aos que anseiam pela desgraça.

Obras na Segunda Circular: Como se poderia fazer (quase) o mesmo sem gastar 12.75 milhões de euros

Neste post  demonstra-se como o Photoshop e o Google Maps podem ser usados para questionar a utilidade das obras que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai realizar na Segunda Circular.

A imagem seguinte tem aparecido, repetidamente, como ilustrativa do que será a Segunda Circular depois das obras que a CML pretende realizar.

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1: Como a CML diz que vai ficar a Segunda Circular depois das obras (fotomontagem)

A primeira reacção que ocorre a quem conhece a área será, certamente, “ena, tanto verde!” E o leitor desatento poderá pensar que vale a pena todo este verde, mesmo que cause algum incómodo. Afinal de contas, quem não quer um melhor ambiente?

Acontece que o verde que as referidas obras irá trazer é muito menor, como se pode constatar na imagem seguinte.
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Bilhete Do Canadá – Cheira Mal / Cheira A Petróleo

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Contractos de Exploração Petróleo e Gás Em Portugal – Maio 2016 (fonte; clicar na imagem para ampliar)

PRÓS & CONTRAS de ontem à noite.  Bem interessante e pedagógico, porque foi o frente a frente de duas concepções de mundo – os humanistas que amam a natureza e os burocratas que a ignoram. No caso, as forças vivas que ali representavam milhares de algarvios e os mercenários que eram a imagem dos patrões gananciosos.  A estes, cheirou a petróleo. Aos primeiros, cheirou mal que ande uma empresa a esburacar o chão para descobrir um óleo sujo que tantos danos tem causado ao ambiente e que, por isso  e por extracção desenfreada, está em queda livre. Por toda a parte se reconhece a urgência das energias alternativas para se tentar travar o aquecimento global que pode acabar numa tragédia, mas os gananciosos não querem ouvir, querem secar os poços de petróleo até à última gota porque isso ainda lhes vai dando uns dinheirinhos. Um contrato com uma companhia cujo dono é, pelos vistos, um sabe-tudo, a avaliar pelos vários ramos de negócio em que anda metido mas que, até provas em contrário,  é um analfabeto funcional, é apontado como estando pejado de ilegalidades. Contrato que o governo Passos – Portas se apressou a fazer pouco tempo antes das eleições,  devidamente assinado pelo ministro do Ambiente daquela mixórdia governativa, de seu nome Jorge Moreira da Silva, um pequenote sempre empertigado.  Levaram, os servidores do patrão e o anterior governo, uma coça em forma dada por algarvios que não querem ver a sua terra estragada.  E fizeram-no com as letras todas, terminando em beleza por um poema de Miguel Torga.  A opinião pública nacional, segundo o gráfico mostrado várias vezes, estremeceu, abriu os olhos e votou contra a golpaça passista.

Pena foi o Jorginho Bilderberg não ter aparecido.  Escusou-se por ter a agenda cheia. Pois. Vê-se pelas fotografias  em que faz de pimenteiro da alta galheta de vinagre que anda pelo país, com um ar desgraçado, a carpir mágoas por já não ser primeiro  ministro.  Corajosos rapazes.

Manifesto a favor da livre escolha

Augusto Nogueira

De repente, perante as aleivosias e sandices, os ressabiamentos e os extremismos que eu julgava estarem ultrapassados na nossa sociedade,
decidi publicar uma brincadeira que escrevi no outro dia. É o…

MANIFESTO A FAVOR DA LIVRE ESCOLHA PORQUE eu sou eu…e escolho a Escola do meu Filho!

Porque quero ter direitos de escolhas, faça-se a minha vontade! Ámen, Senhor! “Pois mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma agulha…”
Quero ter o direito a ter o direito de escolher …pois eu não sou eu?

Muitos, por aí, “ com olhos doces” e “palavras melífluas”, dizem que temos direito a escolher a educação dos filhos…
Têm toda razão! Assino! A educação são os pais que a dão aos filhos e cada pai escolhe a educação que lhe aprouver … em casa, quando começam a transmitir os primeiros valores e princípios que vão reger os filhos durante a vida…
Que raio! Estes valores, estes princípios, a moral, a religião, o clube e tutti quanti, afinal, são educação ou imposição?
E a criança cujo pai vive na direitolândia ?! Escolheu o pai, a mãe, os irmãos, os tios, os avós, os primos, a religião, a casa, a rua, o país, o planeta…?

Porque eu sou eu e o mundo gira à minha volta.
Porque quero ter direitos de escolhas, faça-se a minha vontade! Ámen, Senhor! “Pois mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma agulha…”
Quero ter o direito a ter o direito de escolher … pois eu não sou eu? [Read more…]

Os contatos são regulares

Chomsky

Foto: Graeme Robertson/The Guardian

It’s like seeing a child in the street and a truck coming rapidly. Do you say, “Look, I’m too busy thinking about interesting questions, so I’ll let the truck kill the child”? Or do you go out into the street and pull the child back?

Noam Chomsky

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Efectivamente, os fatos são constantes. Contudo, os contatos são regulares. Exactamente. Desde Janeiro de 2012. No sítio do costume.

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No sítio do costume e alhures.

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Aplaudamos a estupidez em pé: a JSD está de volta

JSD

Lembram-se do episódio do cartaz do BE, que tanta polémica causou? Lembram-se dos argumentos dos indignados que, à direita, vociferavam contra o desrespeito pelas crenças e sensibilidades de terceiros que eram cruelmente violentados pela brincadeira de mau gosto do Bloco? Estão recordados?

Pois bem, a JSD elevou a fasquia. No mesmo campeonato, ou não fosse a JSD parte integrante do PSD, as camadas jovens do partido que até integra um grupo parlamentar europeu onde se destaca o ditador fascista da Hungria voltaram a fazer das suas com um cartaz que compara Mário Nogueira a Stalin. Isto é imbecil de muitas maneiras, e a imbecilidade fica bem patente nas palavras do deputado e líder da JSD, Simão Ribeiro, que afirmou ao Negócios tratar-se de iniciativa que visa firmar “uma posição política e fazer entender ao país que falta um debate sério sobre o modelo educativo desejável”. Portanto este anedótico ser afirma pretender um debate sério e a forma que encontrou para o iniciar foi comparar um líder sindical eleito pelos seus pares e um ditador sanguinário. Aplaudamos a estupidez em pé. [Read more…]

Um fardo de palha

Há duas hipóteses. Ou a ignorância é tanta, que o idiota não percebe o que é que está a comparar. Ou, por outro lado, os meios justificam os fins. Eu acho que estamos perante um caso de acumulação.

“Da mesma forma que Estaline se considerava o único interpretador correcto do verdadeiro comunismo, parece-nos que estamos perante um caso em que Mário Nogueira e o Partido Comunista Português, com o senhor ministro da Educação e o Partido Socialista a dizerem ámen, julgam-se os únicos iluminados naquilo que diz respeito às políticas de educação em Portugal”, justifica ao Expresso Cristóvão Simão Ribeiro, líder da JSD.

O ser em causa não percebe duas coisas. A primeira é sobre a falha na lógica do raciocínio. Se aceitarmos como válida a explicação e atendendo ao facto de defenderem um modelo radicalmente diferente (até falam em o ensino público estar a fazer concorrência desleal ao ensino privado), então é igualmente válido dizer que os do seu clube também são os únicos “iluminados” quanto a políticas educativas. Consequentemente, justificar-se-ia, nesta lógica da batata, meter a cara do seu querido líder onde espetaram a do Nogueira. Ou, mais apropriadamente, para estar no extremo político correcto, meter as belas faces destes jotinhas numa montagem onde rapazolas de braços esticados cumprimentam um Passos ornamentado com um bigodinho daqueles.

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JSD, hitleriante

JSD

A JSD – e muita dessa nova direita radical que saiu recentemente do armário – tem, indubitavelmente, um fetiche com a União Soviética. Um fetiche que faz emergir o que de mais demagogo e idiota existe entre as camadas jovens de um partido outrora posicionado no centro-esquerda, hoje acantonado no sector mais radical da direita, imediatamente antes do PNR.

Em Novembro foi engraçado vê-los meter os pés pelas mãos com um cartaz que retratava a tomada de Berlim pelas tropas soviéticas, que só por acaso até combatiam ao lado dos EUA e do Reino Unido contra a Alemanha nazi, a qual era apresentada pelos doutos jotinhas com uma conotação negativa, numa tentativa falhada de atacar o acordo de esquerda e cujo resultado foi uma humilhação pública. Durante alguns dias, a JSD voltou a ser anedota nacional. Hitleriante. [Read more…]

Escola Pública: Faça a sua parte, assine!

Há momentos em que tudo se torna mais simples e, ainda que a vida seja feita de muitos tons, a verdade é que há situações em que a realidade nos apresenta duas partes. De um lado os amarelos, do outro, os defensores da Escola Pública. Já fez a sua opção? Assine!

Os fatos são constantes

Chomsky

Foto: Graeme Robertson/The Guardian

«unfortunately the world won’t go away»

Noam Chomsky

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Como é público, os “fatos constantes” portugueses nasceram em Janeiro de 2012, no Diário da República.

Exactamente: em Janeiro de 2012.

Efectivamente, são constantes.

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Nick Menza (1964-2016)

CETA: Luz verde para a destruição do planeta

industria areaias betuminosas

Imagem Reuters

Desde que, há três semanas, a Greenpeace divulgou grande parte do texto do TTIP, lá vão aparecendo nos media portugueses, aqui ou ali, artigos dedicados ao assunto – tarde, mas melhor do que nunca. Já o irmãozito canadiano do TTIP, o CETA, que, pressurosamente e pela mão do Conselho da UE, lhe pretende aplanar a entrada, é votado ao ostracismo pelos nossos gloriosos meios de comunicação.

E no entanto, as funestas disposições – à cabeça das quais está uma justiça paralela para investidores (ISDS/ICS) que pode condenar estados a indeminizações milionárias por regulamentação social ou ambiental – também lá estão consagradas.

Um outro “exemplozinho” é a importação de combustíveis resultantes de areias betuminosas canadenses. O petróleo assim produzido tem formidáveis custos ambientais, muito superiores aos dos combustíveis fósseis convencionais. Na região de Alberta, no oeste do Canadá, áreas imensas de bela floresta boreal são dizimadas e transformadas em desoladas paisagens lunares, com montanhas de enxofre e enormes lagos artificiais cheios de caldo tóxico (ver Fotos aqui). [Read more…]

Oriente (2)

oriente

Hélder Renato