Julgo que será mais ou menos consensual que ninguém esconde 75 mil euros em livros e garrafas de vinho, a menos que tenha algo a esconder.
E Vítor Escária tinha, pelo menos, uma coisa: evasão fiscal. Os 75 mil euros encontrados pelas autoridades no gabinete em São Bento não tinham sido declarados.
O que esconderiam?
Talvez nunca venhamos a saber. Em Portugal é assim.
O que sabemos, porque o seu advogado nos disse, é que os 75€ são provenientes de trabalho de consultoria para um cliente angolano.
Que cliente será esse, para Vítor Escária sentir a necessidade de esconder o dinheiro?
Julgo que deveríamos estar a olhar mais para isto do que para o montante.
Mas ninguém parece interessado em seguir o rasto dinheiro.
Estranho. Ou talvez não.
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