Mamonas assassinas estão de volta

Mulher acusada de tentar asfixiar namorado entre os seios

Profissionais do Sexo querem pagar impostos

Confesso que fiquei surpreendido. Foi um dueto completamente improvável:

– Nicolau Santos, jornalista do Expresso e Alexandra Lourenço, amante profissional.

Aconteceu, ontem no programa da RTP 5 Para a Meia-Noite.

E todos merecem um aplauso:

– o programa 5 para a Meia-Noite que continua a ser um marco na televisão em Portugal (televisão pública);

– o Nicolau, homem com um currículo fantástico e que esteve muito bem em todo o programa, procurando colocar as coisas como elas devem ser colocadas;

– a Alexandra Lourenço que merece um aplauso pela qualidade da participação e pela óbvia coragem que manifestou: vale a pena conhecer o blogue da Alexandra.

Uma outra Alexandra, Oliveira de família, docente da FPCEUP tem defendido também essa  proposta.

Confesso que numa primeira análise me parece óbvia e justa esta luta – parece-me que vale a pena abraçar este debate:

Solução para o défice: pornografia (com vídeo)

Portugal exporta filmes pornoO Aventar disponibiliza um filme completo.

A Happy Woman menos feliz

A Happy Woman foi a revista de moda com a maior queda de vendas em Portugal, embora continue a ser a mais vendida.

São mais de 18 mil mulheres as que deixaram de comprar revistas de moda em Portugal. A ‘Vogue’ foi a única a subir.

Outras viram-se obrigadas a fechar.

Pelo contrário, na China, as revistas de moda são fenómeno. Este país é um “autêntico paraíso para o mercado do luxo e as revistas de moda”.

As portuguesas estão a poupar no supérfulo, claro, enquanto “que a maioria das chinesas está a sair da pobreza para a classe média e alta (…)”.

Tudo ao contrário… uns a sair outros a entrar na pobreza.

«Aprenda a ler o destino na palma das mãos»; «Os novos medos que nos estão a dominar»; «As despedidas de solteiro que eles escondem»; O meu signo»; «Venha a um leilão de escravos»; «Envolvi-me com o meu psicólogo»; «Demos a exprimentar os melhores sex toys», as promessas da Happy Woman para este mês por apenas 2,50€!

Dia mundial do orgasmo: reflexões inesperadas

Não sou um estudioso do orgasmo, porque há assuntos que não devem ser tratados nos livros. Para além disso, graças às palavras sábias de Duarte Marques percebi que a frequência de bibliotecas pode impedir-me de lidar com pessoas, expectativas e emoções, tudo coisas úteis para se atingir um orgasmo. [Read more…]

Momento erótico: a UGT entrega-se ao Governo

A UGT, sempre convenientemente debruçada sobre a mesa das negociações, espreita o Governo por cima do ombro e finge-se indignada com o facto de se ter vendido. Enquanto está a ser devidamente usada, vai produzindo frases pornográficas no mau sentido, fingindo, ainda, que manda na relação, chegando mesmo ao ponto de dizer ao amado que “dê corda aos sapatos”. Com uma voz sensualmente irada, abafando um risinho mal disfarçado, a UGT fala na necessidade de andar mais depressa com “políticas activas de emprego”, expressão que provoca no Governo uma leve tremura, ao ver em tudo isto uma suave reprimenda que quer dizer “sim, sou tua”. [Read more…]

PCP, sexo e prazer

Segundo o Público o tema está quente (aqui daria para um trocadilho fácil!) nos States.

Um potencial asterisco a candidato dos Republicanos teme que

“o sexo seja desconstruído ao ponto de se tornar simplesmente prazer”.

Ainda estou a ver o PCP a votar favoravelmente esta questão.

Heterossexuais: As minhas memórias

amar uma mulher

 Penso que mentia se dizesse que é o adjectivo menos usado em esta época. Os de homossexual e lésbicas, por ser uma minoria dentro da população e denominar seres que praticam diferente forma de amar, engulhem o adjectivo em questão. Heterossexual designa quem sente atracção ou interesse sexual pelo sexo oposto. [Read more…]

A psicanálise e os seus heróis: As minhas memórias

Simund Freud

Bem sabemos que o nosso pensamento não é livre, como gostaríamos que fosse. Não apenas por causa das descobertas de Sigmund Freud da existência das faculdades dos actos conscientes ou ego, o inconsciente ou superego ou do vigiante destas faculdades.
Cada uma destas faculdades das capacidades humanas tem uma tarefa a cumprir, como o define o nosso herói do pensamento humano. É verdade que era médico, mas a sua prática fê-lo descobrir que muitos doentes queixosos de mal-estares não tinham outra doença que não chamar a atenção de parentes, vizinhos ou amigos, porque, como comentava no meu ensaio sobre a resiliência, essa surpresa para mim, estavam faltos de carinho, emoção ou de alguém que amasse a pessoa ou, simplesmente, que tivera um intimidade que leva-se a pessoa até ao orgasmo. [Read more…]

Legislativas: a opinião de uma profissional do sexo

Voltámos a contactar Maria e conseguimos obter, novamente, depoimentos desta profissional do sexo acerca dos momentos de intimidade que viveu com os dirigentes dos partidos com assento parlamentar. Já soubemos, entretanto, que Garcia Pereira irá interpor uma providência cautelar para que Maria seja obrigada, também, a recebê-lo. [Read more…]

o som de um ninho vazio

…para os meus discípulos de Etnopsicologia da Infância e para os meus netos…

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Devo confessar que a frase do título não é minha. Antes fosse. É a frase de Mac Kinsey ou Clare McMillan, a mulher do Biólogo, Entomólogo e Sexólogo, o Professor Doutor Alfred Kinsey, o autor do denominado Relatório Kinsey, sobre a sexualidade da vida adulta e das crianças, escrito após reparar que nos anos 60 do Século XX nos Estados Unidos, as pessoas nada sabiam sobre a vida sexual. É verdade que os meus Santos Padroeiros, Freud, Klein e Bion, tinham referido consequências e sequelas da vida sexual entre membros da sociedade ocidental, mas como doenças e problemas. Alfred Kinsey e Clare MacMillan organizam um Instituto de pesquisa sobre os mitos, os desejos, o imaginário da vida sexual entre adultos. A frase de Clare MacMillan, é, antes, a frase de uma mãe, que também refere que as crianças crescem num instante e o ninho lar fica vazio. Vazio da responsabilidade de tomar conta de seres a explorarem o mundo, a entender a relação amorosa, a emotividade e os sentimentos eróticos, que sentem mas não sabem que é procura de uma outra pessoa para amar, tocar, se esfregar, ter um compromisso. Clare entendia o seu dever emotivo, o seu marido, entendia de estatísticas, de como medir o saber de seres humanos sobre a sua reprodução, sem falar de amor: o amor não pode ser medido, donde, não é sujeito de pesquisa científica. [Read more…]

Presidenciais: a opinião de uma profissional do sexo

Exclusivo Aventar: declarações explosivas da prostituta que prestou serviços aos seis candidatos presidenciais

Em mais um rigoroso exclusivo, e após uma investigação cuidada, o Aventar descobriu Maria (nome fictício), a prostituta cujos serviços, por coincidência, foram solicitados pelos seis candidatos presidenciais, durante a presente campanha. Porque a perspectiva desta profissional do sexo pode permitir aos nossos leitores uma visão diferente dos seis homens que poderão vir a ocupar a cadeira presidencial, aqui deixamos as declarações de uma mulher que partilhou a intimidade de todos eles, ainda que por breves momentos.

No geral

“Olha, amor, os políticos são na cama como na rua: falam muito e não fazem nada. Tirando o Manuel João Vieira, que é um homem como deve ser, que sabe portar-se como um porco, nunca mais aceito clientes vindos da política, até porque isto pode vir a saber-se e fico malvista e eu posso ter muitos defeitos, mas sou muito limpinha, ficas a saber.” [Read more…]

Vaginas contra a crise

Penetrações pagam taxa a partir de 1 de Fevereiro

Face ao agravamento das condições económicas, e tendo em conta que as medidas aprovadas não serão suficientes para a recuperação das contas públicas, o governo decidiu que, a título definitivo, todas as penetrações vaginais a partir de 1 de Fevereiro serão taxadas, de modo a contribuir para a diminuição do défice. Para tal, serão implantadas em todas as vaginas portuguesas dispositivos que permitirão assinalar cada penetração, tornando-se, ainda, obrigatório colocar identificadores em todos os pénis dos portugueses maiores de idade, bem como em vibradores, garrafas, vassouras e na maior parte das frutas e legumes. [Read more…]

Sexo, cebolas e gás lacrimogéneo

Lágrimas femininas diminuem apetite sexual dos homens

De acordo com esta notícia, a desculpa da dor de cabeça ou o recurso ao pontapé nas partes baixas para rejeitar os avanços sexuais está prestes a acabar. A partir de agora, bastará picar uma cebola ou atirar gás lacrimogéneo para si própria, para que o mais insaciável dos brutos seja alvo de amolecimento não só psicológico. Entretanto, a indústria pornográfica já manifestou a sua enorme preocupação face à possibilidade de se poder vir a comercializar lágrimas de mulher.

O novo "Philosophical Way of Sex"

Novas definições de sexo

Simples informação

Mera informação aos amigos do Aventar

 Tenho vários livros contendo poemas, mas livros propriamente de poesia tenho dois, ou melhor, quatro, dado que o segundo é um conjunto de três pequenos volumes, com os subtítulos “Poemas do lusco-fusco”, “Poemas de ser e não ser” e “Poemas estoricônticos”. O primeiro livro intitula-se “Esta água que aqui vem dar” e foi editado em 1993, com a prestimosa ajuda do meu amigo Eugénio de Andrade. O segundo tem o título “Nova ponte sobre um velho rio” e é de 2006.

 Estou a preparar um novo livro a que darei o título “Vai o rio no estuário”, com subtítulo “versos de braços abertos”. Neste livro, procurarei dar a poemas novos e a antigos que eu resolver reformular, uma nova forma, em que os versos se abrem e se espraiam como os braços de um estuário, tal como em criança eu abria os braços de par em par, quando chegava ao fim da corrida. Porei de lado o velho conceito de estrofes e a sua classificação quanto ao agrupamento de versos, versos que não submeterei a metrificações, encadeamentos e rimas previamente concebidos em esquemas. Uma espécie de versos livres, versos ao calhas, ao sabor do vento suave que afaga as águas de um estuário.

 Procurarei fazer com que os poemas que doravante o Aventar fará o favor de publicar (deixo aqui lugar a uma ou outra excepção) obedeçam a este princípio. Tudo isto porque há muito me sinto um tanto enjoado com a poesia que por aí se faz e se consome. Talvez porque, embora tarde, comece a ter consciência das margens apertadas do meu rio e a sentir a atracção da liberdade de abrir os braços no fim da corrida.

 Darei aqui um exemplo do que pretendo tentar fazer: [Read more…]

O Importante é Andar com a Cabecinha Erguida

Não nos importem as dificuldades que este governo nos impõe.

Não nos interesse o quanto o fisco nos tenha depenado.

Não nos preocupemos com a fome e o desemprego que grassa no nosso País.

Não nos importe o sexo que o governo quer fazer connosco.

Mantenhamos a nossa auto-estima acima de tudo.

E tudo isto porque: [Read more…]

Nunca Paguei, Bruna!

Como Se Fora Um Conto

Devo pertencer a um grupo minoritário, creio, que nunca pagou para ver/ter uma revista com fotografias de mulheres nuas, que nunca pagou para ver/ter um filme cuja classificação dada fosse «para adultos», que nunca pagou…

Há dias, estava eu a passar um fim de semana maravilhoso no planalto mirandês, quando uma notícia percorreu o País.

Na zona onde me encontrava, Mogadouro, não se falava em outra coisa. Ali perto, numa cidade vizinha, quase toda a população correu aos quiosques a comprar uma revista, esgotando os espécimens disponíveis. [Read more…]

Depende da prioridade…

Segundo um estudo publicado pelo site Retrevo, 10% dos jovens com menos de 25 anos acha normal escrever mensagens enquanto tem relações sexuais.

Até já imagino uma parte do texto: Tou dar 1 queca!

Venha o Diabo e escolha…

…entre esta, esta e esta. Não faltava mais nada!

Como Se Fora Um Conto – 25 de Abril de 1974, o Dia de Todas as Perdas

Amanheceu cedo o dia de todas as perdas.

Amanheceu muito cedo o dia de alguns ganhos.

Dali para a frente, tudo foi feito às avessas.

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Naquele tempo, cumpria o serviço militar, e naquela manhã, estava «desenfiado». Desenfiado era o termo utilizado pelos magalas para definir quem, devendo estar de serviço dentro do quartel ou instituição militar, se encontrava fora, normalmente em casa, a dormir.

Ora na verdade, eu estava desenfiado. Dormia a bom dormir quando, pelas oito da manhã, uma tia me telefona a perguntar o que sabia eu da revolução. Nada, não sabia nada. Se calhar era outra intentona como a de Fevereiro, disse. [Read more…]

Comentário do próprio Eric Frattini

(Comentário de Eric Frattini a Nuno Resende, no meu post “Los papas e el sexo”. Vale a pena ler).
Querido amigo Nuno,
Siento no poder responderte en portugués, porque no lo entiendo, pero paso a contarte una cosa. Desde 1960, el Vaticano ya conocía de forma oficial los abusos sexuales sobre niños y seminaristas. Juan XXIII firma un documento de 62 páginas en las que da instrucciones a la Curia para que escondan todos los casos y que los pederastas sean tratados como ‘pecadores’ y no como ‘delincuentes’.
Y en eso llegó Juan Pablo II y el cardenal Ratzinger. Desde 1981, Ratzinger tenía ya sobre su mesa cientos y cientos de casos de abusos sexuales por parte de altos cargos, no sólo sacerdotes. ¿Qué hace Ratzinger? pues redacta un docunento, en forma de adendo sobre el documento de Juan XXIII, en el que da instrucciones a todo el clero para que los casos de abusos sobre niños o seminaristas sean tratados en el Vaticano y de que en ningún caso pueda ser denunciado a las autoridades policiales del país en donde se cometió el delito o ‘pecado’.
Así es que amigo, Nuno me creo bien poco las disculpas en forma de ‘carta pastoral’ de Benedicto XVI. Si quieres más información, lee mi próximo libro que saldrá en Portugal en el mes de octubre de 2010, titulado ‘Los Papas y el Sexo. De San Pedro a Benedicto XVI’ (Bertrand Editores), en donde hago un gran repaso histórico de como los papas han tratado el sexo y como la mayor parte de ellos, lo han practicado.
Como dijo un día un sabio: “De todo hay en la Viña del Señor”.
De cualquier forma ha sido un placer responderte.
Estaré en Lisboa el 25 de mayo, presentando mi nueva novela en El Corte Inglés y editada por Porto Editora ‘El Laberinto de Agua’, una novela por cierto, condenada por el Opus Dei en España. Será todo un placer saludarte en Portugal, así como a todos los que formáis parte de este blog….
Un saludo a todos

ERIC FRATTINI

http://www.ericfrattini.com

"Los papas e el sexo"

“Los Papas e el sexo”

Eric Fratini, nascido no Peru em 1963, é um dos maiores investigadores e conhecedores dos meandros da Igreja Católica. Escreveu cerca de vinte livros, publicados em quinze países, uma boa parte deles à volta do Vaticano e da Igreja. Professor universitário, professor em academias policiais, conferencista, escritor, ensaísta, novelista, analista político, guionista de televisão para as principais cadeias de televisão, correspondente no Médio Oriente.

Estou a ler o seu penúltimo livro “O Labirinto de Água”, que trata da descoberta do Evangelho de Judas Escariote, e de todos os crimes que a Igreja Católica fez por intermédio do cardeal Lienart, Secretário de Estado do Vaticano, e do seu grupo secreto “Octogunus”, constituído por oito padres espiões e assassinos, para impedir que a verdade que se esconde nesse pergaminho conheça a luz do dia. Este livro foi best seller em Espanha no ano passado e foi editado agora em Portugal. [Read more…]

A pulseira do sexo serve para quê?

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Desconfio que me transformei naquilo que os brasileiros chama de “careta”. Não é que só hoje descobri uma coisa chamada “pulseira do sexo”? É que a coisa já existe desde há quatro anos – quatro -, e eu nem desconfiava que esta coisa existia.

Mas, como se costuma dizer, mais vale tarde que nunca. Por isso, senhores e senhoras, eis a pulseira do sexo: é uma pulseira, como o nome indica, usadas por quer as quer usar, como um ‘jogo’ em que o dono e portador é castigado caso a rodela rebente. O castigo passa por um simple abraço, um beijo pequeno, um beijo médio, um beijo mais prolongado, outras ternuras equivalentes e… tcharam… sexo.

A rodela colorida passou a ser usada por adolescentes em Inglaterra, em 2006. Enfim, numa daquelas opções de rebeldia típicas dos adolescentes a roçar o imbecil. Agora, no Brasil, a polícia de Manaus, na Amazónia, está a investigar a morte de duas adolescentes e relaciona-as com as ditas pulseiras, que até foram proibidas em alguns estados canarinhos.

Ora, a minha questão, a par do reconhecimento do facto de andar distraído das matérias importantes do impressionante mundo dos adereços, está mesmo em perceber se a actual geral de adolescentes é assim tão depravada.

O Papa pedófilo


Dir-me-ão que não é a mesma coisa – ser pedófilo ou ser cúmplice de pedófilos. No fundo, vai dar ao mesmo. É tão ladrão o que rouba como o que fica à porta. É tão pedófilo o que viola crianças como o que sabe e fecha os olhos.
Nada de novo, afinal, na história da Igreja Católica. Se olharmos para trás, veremos o exemplo do Papa Júlio II, sodomita «coberto de úlceras vergonhosas» e com vários filhos ilegítimos; Paulo III, um dos mais promíscuos de toda a história do Vaticano e pai de 4 filhos ilegítimos; João X, amante de uma mulher e da sua filha, Marózia, que planeou a sua morte (ela própria amante também do Papa Sérgio III); João XII, que transformou a Basílica de S. João de Latrão num bordel e que se dedicou durante o seu pontificado à prostituição e ao incesto; Vítor III, violador e assassino; Bento IX, que patrocionou e participou em orgias; Alexandre VI, pai de Lucrécia Bórgia e outros 9 filhos ilegítimos e amante de Giulia Farnese, irmã do papa Paulo III; Paulo II, que morreu durante o acto sexual com um pajem de tenra idade; Júlio III, que foi amante e nomeou Cardeal Innocenzo Ciocchi del Monte, um rapaz de rua de 17 anos; Sisto IV, que trocava benefícios aos seus favoritos por prazeres sexuais; e muitos outros que seria fastidioso enumerar.
Dir-me-ão que saber de casos de pedofilia na Igreja e nada ter feito é muito diferente dos casos que citei como exemplos. Pois é. Atendendo a que estamos no séc. XXI, é muito mais grave.

Nota: Na Wikipedia, encontra-se uma referência a Bento XVI, que “deleitou-se em imoralidade” e que era “um demónio do inferno sob o disfarce de um padre”. Trata-se provavelmente de um lapso.

Deslumbrei-me com 30 gramas de chouriço


Era o homem mais bonito que já tinha visto em toda a minha vida. Conheci-o na discoteca, saí com ele uma ou duas vezes e ao terceiro encontro não resisti: saltei-lhe para cima.
Foi uma noite memorável. Durante horas e horas, fui a mais feliz das mulheres. Ali, a levar-me ao paraíso, estava um macho como eu nunca tinha visto. Para além de ser lindíssimo, tinha um corpo perfeito e um dote que… bem, não queiram imaginar.
Aquelas semanas foram tão maravilhosas que acabei por casar com ele. Era um sonho que se concretizava.
O pior veio a seguir. Um pesadelo. Mal chegámos da lua de mel, durante a qual apenas conheci tectos de hotel, deixou de trabalhar. Que se dava mal com o patrão e com os colegas, que ganhava pouco, que ia arranjar melhor. Acreditei, mas os meses foram passando e nada. De manhã, ia para o café, chegava a casa à hora de almoço para comer e ainda protestava se eu, que tinha apenas uma hora para vir a casa, não tinha a comida pronta. À tarde, metia-se em frente ao computador a jogar e não fazia mais nada até ao jantar. Feito por mim, claro, depois de um dia de trabalho. Por vezes, comia um bitoque no café e não avisava.
Depois do jantar, ia para o café outra vez e nem me perguntava se queria ir com ele. Chegava por volta da meia-noite, ia ao frigorífico buscar uma cerveja e punha-se em frente à televisão a ver futebol.
Havia dias em que não chegava a tirar o pijama. Não fazia a barba, não tomava banho, não olhava sequer para mim.
Nos primeiros tempos, só a visão daquele Deus grego, todo nu, era-me suficiente. Aquelas horas de sexo frenético, de manhã e à noite, apagavam tudo da minha memória. Mas no dia em que começou a adormecer em cima de mim, ou a arrotar em pleno acto, achei que era demais.
Desisti. Divorciei-me. Agora, estou casada com um homem normal. Um bocado para o feioso, atarracado, pila pequena, mas pelo menos é trabalhador, limpinho e gosta muito de mim. Quanto a sexo, nada! Mas já tive a minha conta com o Arnaldo e não me posso queixar.
Por isso, amigas leitoras, aqui fica o conselho: nunca vão pelas aparências. Quando ficarem completamente deslumbradas por 30 gramas de chouriço, lembrem-se sempre que, no final, vão ter de levar o porco inteiro para casa.

Ana, leitora do Aventar

Outros posts de Ana: Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo
A minha noite escaldante de sexo com Mickael Carreira

Brasileiro dotadão no Jornal de Notícias

 

Adivinha: destes dois anúncios, qual foi publicado no «Jornal de Notícias» e qual foi censurado?
Pois, pois, o JN é muito criterioso na escolha dos seus anúncios…

Sócrates é como o sexo

Se julgam que vou fazer brejeiras comparações entre a fornicação e a governação socialista, desenganem-se porque a minha intenção não é essa.

Olhando para a comunicação social e para a blogoesfera,  somos forçados a reconhecer que, tal como o sexo na publicidade, José Sócrates vende. Está sempre em forma.

Não me refiro às qualidades comerciais de José Sócrates, que as tem, é inegável – veja-se a magnífica campanha feita em El Salvador, em que apresentou e distribuiu na XVIII Cimeira Ibero-Americana, o nosso Magalhães, o nosso portátil “tipo lancheira” que todos os assessores do Primeiro-Ministro usam (ou pelo menos usavam) (ou pelo menos foi publicitado que usavam) (não interessa…). José Sócrates vence e ainda convence, e isso é digno de registo.

Refiro-me mesmo ao facto de que José Sócrates é sempre um tema que suscita interesse, curiosidade, fale-se de suspeitas, de onde faz compras, ou de milhões. Tanto é, que é capaz de arrastar multidões que, de tanto peso – imagine-se! -, fazem cair um servidor, com direito a desabafo.

Ratinha húmida e peludinha no Jornal de Notícias

Adivinha: estes dois anúncios deviam ter sido publicados no «Jornal de Notícias». Um foi publicado, o outro foi censurado.
Qual é que foi censurado e qual é que foi publicado?
Pois, pois, o JN é muito criterioso na escolha dos seus anúncios…

“Bosh é Brom”, slogan criado por Alexandre O’Neill

Volto à polémica campanha anti-tabaco, em França, abordada no ‘Aventar’ pela Carla Romualdo e pelo Fernando Moreira de Sá, cujas opiniões reflectem o que eu penso. Mas neste instante, o interesse da abordagem é outro: prende-se, sobretudo, com o recurso ao tema ‘sexo’ em publicidade, o que me permite, confesso, um regresso virtual a esse inconfundível mundo de marketers e publicitários, que coabitei em determinada fase da minha carreira profissional.

O ‘sexo’ tem sido, desde sempre, um tema recorrente para criativos de publicidade. Não me recordo, porém, de casos em que isso tenha sucedido à custa do estilo grosseiro e ultrajante, característico da citada campanha antitabágica. De facto, no dia-a-dia das nossas vidas de telespectadores, é fenómeno comum – anúncios de perfumes, por exemplo – visionarmos a aplicação, com sentido estético e sensatez, de sábias mensagens de insinuação erótica; seja a promover a água-de-colónia típica do homem duro, machão, do género do Hugh Jackman no ‘Austrália’, seja a divulgar o perfume com que qualquer mulher sonha ser uma provocadora sensual, alma gémea da Scarlett Johansson. Este jogo, a meu ver, é habitual e ninguém fica chocado, a não ser a D. Maria que trabalha para o Sr. Pároco Augusto e que, naturalmente, sente os fígados revoltados com tamanhas blasfémias – Ai que horror, Nosso Senhor!

A história da publicidade portuguesa é composta de excelentes e ricos exemplos de talento, estética e eficácia comunicacional – e sublinho o uso da história porque o presente, dominado por multinacionais, é muito bisonho e está praticamente confinado a exercícios de mimetismos, como aquele da Sónia Araújo a testemunhar as virtudes dos corantes da L’Oréal, justamente no estrito respeito pelo estilo da ‘petite vedette’ francesa que faz o anúncio original.

Actualmente não é bem o caso, mas as estratégias de marketing, durante muitos anos, implicaram políticas de comunicação sintética, clara, incisiva e socialmente transversal; isto é, ao jeito do velhinho slogan, “Farinha Predilecta, para o avô e para a neta”. É, pois, dentro destes princípios, também impostos por meios de comunicação de alcance mais limitado e precários, que deve relevar-se os contributos de vários intelectuais, nomeadamente poetas, no papel de ‘copy-writers’. De entre eles, é justo destacar três figuras: Fernando Pessoa que, em 1928 e ao serviço da agência “Hora”, criou para a Coca-Cola o conhecido slogan: “primeiro estranha-se, depois entranha-se”; Ary dos Santos que, nos anos 60, foi o autor de “Cerveja Sagres, a sede que se deseja”. Por fim, Alexandre O’Neill que, igualmente nos anos 60, propôs o slogan “Bosh é Brom” que o lápis azul transformou em “Bosh é Bom”.

Os três casos são demonstrações de elevada capacidade criativa e poder de síntese na comunicação. Mas, de todos, a frase original de O’Neill, “Bosh é Brom”, constitui exemplo da possibilidade de fundir, em três palavras, a criatividade, a estética, a comunicação eficaz, a malícia e o humor, dispensando, claro, a boçalidade. ‘Bosh’ é uma marca de bens duradouros e na expressão, como nas imagens, o foco era o produto e apenas o produto.