Albergue Espanhol

A coisa promete pois o elenco é de luxo! Não é uma casa de tapas mas cheira-me que vai tapear muito. É um novo blogue e que abre a casa aos fregueses já amanhã: Albergue Espanhol de seu nome. Olé!

Venham de lá essas postas!

Orçamento: governo não mostra o jogo

Constâncio já veio dar o pontapé de saída. O déficite tem que ser dominado já em 2010. Isto traduzido quer dizer que o governo vai tentar  a) controlo das despesas b) o investimento sabemos que não c) aumentar impostos,d) vender património e empresas

O a) sabemos qual é o resultado, não é controlado nada, pelo menos ao nível que seria necessário. o b) investimento, sabemos que pelo contrário, o governo não desarma dos mega-investimentos, o que virá aumentar a dívida e com taxas de juro cada vez maiores. Resta o c) aumentar impostos, e para ser rápido e pouco doloroso vai ser o IVA, o d) já pouco há a vender e os tempos não estão para compras.

Isto é o habitual, o Estado precisa de dinheiro vai buscá-lo ao bolso dos contribuintes!

Andou a utilizar o dinheiro dos contribuintes para fechar buracos na banca, resultantes de negócios especulativos e , a mais das vezes, fora da lei, mas com governos destes a música é sempre a mesma.

Hoje, na imprensa, já apareceram as vozes do costume, é preciso estabilidade, deixar passar o Orçamento, a Oposição não pode cair em tentação…

Ora, o que resta da margem de manobra política, tem que ver com a dívida, e esta tem que ver com os mega-investimentos, e estes têm contra, o Presidente da República e o PSD e, a favor, com nuances, o PS e o PCP e o BE.

O CDS está numa embrulhada quer investimentos mas para as PME, vai dar uma no cravo e outra na ferradura?

E o PCP e o BE com a dívida monstruosa, vão escolher o quê? Mais dívida? É por tudo isto que o PS e o governo não mostram o jogo!

Pelo menos atrasar os mega investimentos em TGVs, manda o bom senso que seja a a medida a tomar, mas contra o bom senso temos a fome insaciável das grandes empresas e dos gabinetes de advogados e consultores, e a Banca!

Hoje, já se fala sem rebuço, no congelamento de salários na função pública como única forma de conseguir suster a despesa. Milagres não há e, no nosso caso, também não há mérito, pelo que vamos assistir a trocas entre investimentos que não se fazem já, e cortes nos salários dos trabalhadores.

Como todos previam e que só Sócrates e o seu séquito, negavam. Mas o que tem que ser tem muita força, e o momento da verdade mais tarde ou mais cedo, chega. Vai chegar com o Orçamento!

Hugo Chávez discursa na cimeira de Copenhaga

Por favor, deixem-me transcrever este texto

 

Por: José Niza – In ”O Ribatejo”1. Depois do que aqui escrevi na semana passada sobre “o dinheiro”, não esperava tão depressa voltar ao assunto: preferia que, em tempo de Natal, a caneta me conduzisse para outras paragens, e me levasse por caminhos que fossem de procura, ou de descoberta, de uma réstia de esperança, de uma festa numa praça de amor, de paz e de canções.
Mas não. O homem põe. E a banca dispõe.
2. Um relatório há poucos dias divulgado pela CMVM – a Bolsa – deu-me um murro no estômago. Não é que eu tenha andado distraído da ganância e dos festins da nossa alta finança. Mas tudo tem que ter limites: os números revelados nesse relatório sobre os salários dos administradores dos bancos e das empresas mais importantes do País, para além de aterradores, são um insulto ao povo português e, em especial, aos mais de 500 mil trabalhadores que estão no desemprego.
3. O salário mínimo em Portugal é de 450 euros por mês. 90 contos por mês. 3 contos por dia. Muito pouco para pagar a renda da casa, a comida, as roupas, os sapatos, a água, a luz, os transportes, talvez o telemóvel… [Read more…]

Todas as petições são entregues em clima de gala?

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Para evitar chatices fica a declaração de interesses: Não sou ‘doente’ pelo futebol e gosto de ver erguida a verdade desportiva. Agora, ao que me traz.

Hoje, além da petição pelo referendo ao casamento homossexual, foi entregue na Assembleia da República a famosa petição “pela verdade desportiva”, promovida pelo jornalista Rui Santos. O documento defende o uso de novas tecnologias para auxiliar os árbitros de futebol. Nada tenho contra o propósito da petição. Já a formulação prática desta medida me deixa dúvidas. Seria uma espécie de júri de quatro ex-árbitros a ver duas ou três repetições televisivas que iria determinar a opção do árbitro? E o jogo ficaria parado, enquanto analisavam e discutiam a coisa? E seria passível de recurso, com visionamento de câmaras de outro ângulo?

Claro que as discussões de segunda-feira iriam perder todo o interesse. As queixas dos treinadores teriam de ser orientadas para outros alvos, como os cameraman das televisões, que não captaram o lance do melhor ângulo. Os presidentes teriam de passar a acusar outros, talvez os empregados dos bares dos estádios, em vez de assumir erros próprios.

Em todo o caso, e voltando ao que aqui me traz, não percebi a razão de tal aparato e de tantas celebridades na entrega de umas assinaturas. Uma cerimónia pomposa que teve o ar de uma gala. Enfezada, claro, sem glamour, sem caras larocas a apresentar os protagonistas, mas com muito aparato. E gente ‘in’. Ele era o presidente da SIC, o presidente da Liga, o presidente da federação, presidentes de clubes e muitas outras pessoas. Até jogadores. De gravata, portanto era gente importante.

O presidente da AR, Jaime Gama, já garantiu uma análise cuidada à petição. Sempre são sete mil pessoas a assinarem o dito cujo documento. Daí a minha questão: todas as petições são entregues com uma festa deste género? Ou todas as petições são importantes mas umas mais importantes que outras?

Parabéns ao Delito de Opinião

lego

Um blogue que tenho lido com prazer e agrado. E no Aventar não sou o único a olhar o céu.

finally,you have been born!you are!

Baby ilsley. 7lb born 10.46 today. Good natured,peaceful and hairy. We could not be more in love with her! Xx

Baby ilsley. 7lb born 10.46 today. Good natured,peaceful and hairy. We could not be more in love with her! Xx

I shall not say too much or write far too many words. There are more important feelings and ideas than words.

Your photograph speaks by itself. The way you look: your sweet, very serene and lovely face, your similitude to both of your parents. The way you look after the far too long fight to have a life of your own, away from Mum’s tummy, speak up by them. Is not only the relieve of having left Mum and Pa at ease as you arrived well and healthy into this cold world, cold as we have a crisis, cold, because is winter, cold, because so many babies are being born these days and you become one of far too many others. The peaceful face made your mother to write on the upper part of the photo that you had been born at 10.45, 7 pounds and of a good nature and so serene, that one could not less that love you. Or so it seems to me were the words oh exhausted parents. [Read more…]

Isto nada tem a ver com futebol

Há não sei quantos dias que os profissionais de um desporto profissional ou, melhor, de um espectáculo desportivo, estão em férias.

Enquanto isso, em Inglaterra, jogam furiosamente, de três em três dias, no período a que chamam “box day”. Recebeu o nome da caixa das esmolas que neste período se colocava à porta das Igrejas e nos largos das cidades onde se praticavam jogos,  cujos resultados revertiam em dinheiro para a tal caixa.

Esta forma de olhar para esta actividade tem consequências, como seja, que no próximo mês as nossas equipas vão jogar intensamente, recuperando o atraso, só que correm o risco de ficarem pelo caminho nos campeonatos europeus que dão a massa a sério. Iniciam Janeiro sem ritmo, ao sabor das rabanadas e entretanto, metade dos interessados já não sabem a quantas andam. Como se viu ontem em Alvalade. Quando lá cheguei, havia tão pouca gente que julguei ter-me enganado no dia.

Ao contrário, os Ingleses já despacharam grande parte do trabalho, com muito dinheiro a entrar nos cofres dos clubes e agora é só recuperar do esforço.

Esta é a visão dos dirigentes , não dos clubes, mas do dirigismo nacional, que precisam de férias no Natal e então maribam-se para os clubes, para o muito dinheiro que se pode perder e para os clientes pagadores.

Enquanto em Inglaterra, há a visão da programação, da eficácia, de manter uma actividade que é uma industria muito importante e que move milhões, em Portugal, a visão é a da preguiça, das férias , da falta de respeito por quem, legitimamente, acompanha o jogo da bola!

E o pior é que esta diferença se alarga a todas as outras actividades…

Regionalização: tachos x 5

Já que o referendo, esse instrumento tão democrático que passou num ápice, a mau da fita, tem sido glosado por todos quantos não concordam com a sua realização a propósito dos casamentos gay, recuperará o seu estatuto se for utilizado na Regionalização?

Temos cinco regiões a que correspondem cinco Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e que o PS quer ver transformadas em cinco regiões administrativas com poderes alargados.

Nos últimos cinco anos os serviços foram desconcentrados em cinco regiões-plano num processo que já tem o Algarve como ensaio na gestão de competências autonomas. Falta agora acertar o processo de implementação que o governo quer ver ser objecto de um largo consenso com a Oposição.

Em 1997 esta matéria dividiu seriamente a opinião dos portugueses pelo que é natural que só se avançará com a garantia que um amplo consenso pressupõe, que no essencial só tem a oposição do CDS.

Se as vantagens são evidentes, o peso de mais cinco estruturas de políticos, num país tão pequeno e tão pobre como o nosso, faz temer que as desvantagens não sejam menores. Eu apostaria na legitimidade democrática das autarquias e avançaria para estruturas de coordenação regional, na proporcionalidade resultante das eleições autarquicas.

Este alargamento, com reforço de poderes (a par da legitimidade democrática, é o real reforço dos poderes e real descentralização de meios, o que realmente importa) permitiria o aprofundamento das políticas a nível regional em contraponto, com as políticas locais que a actual divisão territorial administrativa admite.

Sem o peso atrofiante de custos com estruturas políticas que nada acrescentam à eficácia da implementação no terreno, das políticas regionais fundamentais.

Crise No Sector Automóvel

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ISTO VAI DE MAL A PIOR
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A venda de automóveis vai mal.
Neste ano de 2009, venderam-se tantos carros como em 1988, ano em que a importação estava muito limitada.
Neste ano, não houve qualquer limitação. As pessoas não compraram carros, porque não podiam.
E não puderam porque não tinham dinheiro. A crise está aí para lavar e durar, com a falta de emprego a continuar a ser o nosso maior problema.
Claro que houve quem quisesse comprar, para beneficiar dos incentivos do governo, e não tivesse podido, pois que os carros não chegaram na medida das encomendas. E tudo por causa dos importadores que os não importaram a tempo, e também porque nos países de origem, guardaram os carros para venda aos seus nacionais, que estavam a comprar normalmente. Mas isso são outras histórias.
Em Portugal é assim. O nosso governo entende que tudo estará bem se nos continuarmos a endividar, se a oposição se comportar como deve, e se não se fizerem muitas ondas, etc..
Os Portugueses, entretanto, apertam o cinto, sabendo que esta crise está para durar, e que isto vai de mal a pior. Os piores dias ainda não chegaram cá. É que teremos que aguentar este governo pelo menos mais um ano e tal, e ficamos sem saber se o País aguenta. Melhor, se nós aguentamos!
Em contrapartida, no resto do mundo, e na Europa em particular, a retoma já começou.
estive nos últimos dias em Roma, e o que vi não é, nem de perto nem de longe, um País em crise. A retoma está florescente.
No que respeita à venda de automóveis, o que se passa em muitos países, que não em Portugal, é a prova provada da capacidade que existe nesses lugares para dar a volta à crise. Em França, o aumento da venda de automóveis em Dezembro de 2009, relativamente ao ano anterior foi da ordem dos 40%. Em Inglaterra terá sido de quase 60%. No Japão foi de 37%.
E o nosso governo, no entretanto, acabou com os incentivos ao abate e troca de veículos, numa medida, a todos os níveis, “inteligente”.
O fundo do poço está aí, e ninguém parece interessado em querer vê-lo.

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O Ano da Res Publica

No início do ano que comemora os 100 anos da implantação da república acho que vem a propósito referir-me ao livro Cidadãos pelo Ambiente editado pela Esfera do Caos.

Uma das motivações para comprar este livro foi ter começado a fazer parte da Campo Aberto, isso levou-me a querer conhecer um pouco mais do que já foi feito na área do ambiente nos últimos anos, principalmente no domínio da participação pública e através de associações.

Este é um livro com relatos variados desse tipo de actividades, desde campanhas para tentar evitar que fossem cometidos alguns atentados ambientais até projectos concretos de implementação no terreno de projectos, por exemplo, de conservação ou recuperação de espécies animais / vegetais.

Ficam-me alguma notas gerais a propósito deste livro, uma delas é o apoio que algumas empresas normalmente conotadas com aspectos mais negativos na sua relação com o ambiente deram à execução de projectos ambientais. Nos dias que passam parece-me inevitável ficar de pé atrás em relação aos reais objectivos destes apoios… eu tento não ter uma abordagem muito cínica no que diz respeito a este tipo de acções… acima de tudo questiono-me se há coisas que têm valor absoluto e não podem ser objecto de simples medidas compensatórias.

Outro dos pontos é a relação com o estado, a política e as leis. Uma relação normalmente complicada porque muitas vezes fica a ideia que as leis não são para cumprir, que qualquer formalismo serve para impedir que as eventuais boas intenções com que essas leis foram feitas sejam depois efectivamente implementadas.

E no entanto este não é um livro negativo, apesar de me ter focado em dois pontos que se calhar podem ser vistos dessa forma. Acima de tudo este é um livro inspirador porque demonstra o que outros já fizeram… nós só temos que conseguir fazer melhor!

Como Se Fora Um Conto – O Meu Dia de Reis


O MEU DIA DE REIS

Durante muitos anos, nos meus tempos de ganapo e mais tarde de adolescente, a noite de 5 de Janeiro era uma perfeita e completa chatice.

Meu pai, não dispensava ao jantar, o bacalhau e as batatas e as couves e o polvo cozidos, e o vinho tinto (que eu não podia beber por causa da idade, só a água me era permitida) e o pão e os doces (que eu detestava) e mais nada! Em tudo igualzinho aos jantares do dia 24 e do dia 31 de Dezembro. Chamava-lhes a consoada de Natal, de Fim de Ano e de Reis. O problema era que como a consoada do dia 31, não tinha as prendas do Menino Jesus no sapatinho, e ao contrário desta e da do dia 24, não era feriado no dia seguinte.

Era, como disse, uma chatice (termo que na altura se não podia dizer, que era feio, usando-se ao invés a palavra aborrecimento, muito mais suave e que a meu ver não traduzia devidamente a real chatice que tudo aquilo era). Se ainda fossemos espanhóis, que eles ao menos tinham as prendas nos Reis e as nossas já há muito estavam estragadas ou nós cansados de brincar com elas pois que nessa época era só uma prendita para cada um, vi-me eu a dizer uma ou outra vez, sem saber, como é evidente, o que dizia, que isto na altura era complicado com a peseta a valer metade do escudo, e os maus ventos que se dizia que de lá vinham, e os maus casamentos e tudo.
Mais tarde, quando eu e os meus primos começamos a casar e nos fomos dividindo pela casa dos avós e pela casa dos pais e avós dos/as nossos/as consortes, ano sim num lado, ano não no outro, e quase nunca era possível encontramo-nos, decidi reinventar o dia de Reis. Assim consegui reunir nesse dia, em minha casa, toda a família de sempre e mais os que ao longo dos anos se foram juntando por via do casamento ou por nascimento. E era uma enorme e maravilhosa festa anual. No 3º ano, decidi juntar aos familiares, alguns amigos, poucos, que no dia-a-dia se tinham mostrado mais família que família. E a festa aumentou. Chegamos ao lindo número de setenta e cinco pessoas. E a festa engrandeceu, e nesses dias, os arrufos, as desavenças, as chatices, e fosse o que fosse de menos bom, desaparecia. Tudo quase como antigamente nos dias de Natal em casa de meu avô paterno.

E assim foi enquanto as despesas com tal reunião se não tornou incomportável. Depois, acabou! Acabou e descobri nessa altura que não havia ninguém que me substituísse, decidindo fazer nas casas deles o que eu tinha vindo a fazer ao longo dos anos, fosse em que formato fosse, dividindo despesas ou não, reduzindo o número de presenças ou outra coisa qualquer. Assim acabou o meu dia de Reis. Foi bom enquanto durou, mas lamentavelmente, os mais novos, os que já chegaram depois do meu dia ter acabado, não vão poder usufruir da felicidade que era ter tanta gente amiga e bem amada, junta.
Hoje, na nossa sociedade, ninguém se importa com tais reuniões. Só alguns mais velhos e saudosos vão mantendo essa maneira de viver, essas festas de família, que serviam em muito para um crescimento são, dos nossos filhos e sobrinhos. Hoje é cada um para o seu lado, em suas casas, na esperança de que ninguém os chateie, bastando haver uma vez por ano essas reuniões que custam um dinheirão e que normalmente se realizam no Natal.
O meu dia de Reis, era, esse sim, o meu Natal anual, a minha maneira de, de novo, ter a alegria de estar com os meus em sã alegria, e a minha maneira de ensinar aos mais novos o que uma família deve ser. Espero ainda poder, num ano próximo reeditar esse dia maravilhoso, ou convencer alguém a ajudar-me a concretizar esse sonho.

Memória descritiva: Luta armada contra a ditadura (2)

Já vimos que os comunistas estavam bem organizados. E os anarquistas?

Os anarco-sindicalistas estavam, sobretudo, filiados na Confederação Geral do Trabalho. Tinham tido grande implantação entre as classes trabalhadoras, mas aos poucos, o PCP ia-lhes reduzindo o espaço de manobra e hegemonizando as organizações de classe. Em todo o caso, ainda estavam activos, mesmo depois de todas as suas estruturas terem sido ilegalizadas pelo golpe de 1926. Prepararam um atentado contra o ditador que, por muito pouco, não resultou.

Na manhã de 4 de Julho de 1937, na Av. Barbosa du Bocage, em Lisboa, Salazar saiu do carro que o transportara até junto da capela particular de um amigo para assistir á missa dominical quando a escassos metros rebentou um engenho explosivo. O atentado fora preparado com cuidado, estudando a rotina do ditador nas manhãs de domingo, a bomba fora colocada, sob o pavimento, no local onde o carro costumava parar e seria accionada manualmente por elementos escondidos num prédio vizinho.

Tudo correu como o previsto, só que o carro estacionou a metros do local habitual e o visado apenas apanhou um susto. Emídio Santana (1906-1988), um dos autores do atentado, foi perseguido. Fugiu para Inglaterra onde acabou por ser preso e, entregue às autoridades portuguesas. Foi condenado a 16 anos de prisão. [Read more…]

Quando se aproximam os Magos, nada como recordar como foi o caminho para Belém

Quando vejo os socratistas tão azucrinados com o Presidente da República em versão Cavaco, lamechinhas de choro e ranho, dá-me uma coisa na puta da memória e a gaja cospe esta lembradura: mas quem é que foi buscar Mário Soares à senilidade e à reforma só para impedir que Manuel Alegre tivesse disputado pelo menos a 2ª volta das presidenciais com o sr. Aníbal? Quem é que acreditou na coabitação pacífica com o homem de Poço de Boliqueime?

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Os três magos, mosaico séc VI, Basílica of S. Apolinário, Ravena

É certo que o vate de Águeda até podia ter tido, se eleito, condições para acabar com o socratismo depois do cavaquismo, o que era obra épica demais para ele, desconfio, e falamos de ses, e nesse caso andariam agora  os choramingas com problemas no emprego.

Mas um bocadinho de vergonha. Eu sei: perderam-ma toda, que a vida está difícil. Mas disfarcem.

Apontamentos de Inverno (11)

Melgaço

(São Gregório, Melgaço)

RTP2 – Nilton e o Porto:

Mr. Bean ‘preside’ à União Europeia

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Em Espanha diz-se que o primeiro-ministro José Luiz Zapatero é parecido com Mr. Bean, a personagem criada pelo comediante Rowan Atkinson. Por cá, olhamos a Guilherme de Oliveira Martins, o simpático presidente do Tribunal de Contas, e dá ideia de terem sido separados à nascença.

Voltando a Espanha. À conta dessa alegada semelhança, que não consigo vislumbrar, um grupo de hackers quebrou a segurança do site oficial da presidência espanhola da União Europeia e aplicou uma fotografia de Mr Bean saudando os visitantes do site. A imagem, colocada na tarde de ontem, ainda ficou algum tempo no site mas este acabou por ser retirado do ‘ar’ enquanto os técnicos espanhóis conseguiram resolver o problema.

O Governo de Espanha deverá pagar 11,9 milhões de euros às empresas Telefónica e Telefónica Móviles para prestarem assistência técnica e segurança na web da presidência espanhola. Quanto lavariam os hackers para fazer o mesmo serviço?

Frases de ontem, muito actuais

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A propósito da problemática afirmação de Artur Santos Silva, presidente da Comissão Oficial do Centenário, em que sentenciou a actual Justiça como …”pior que a do Estado Novo”, convém relembrar alguns singelos desabafos da autoria de Ramalho Ortigão:

Caracterizando o período do rotativismo  como um período de “decomposição da sociedade”, ia dizendo também que …”nenhum dos dois partidos (o Progressista e o Regenerador) a si mesmo se distinguia do outro, a não ser pelo nome do respectivo chefe, politicamente diferenciado, quando muito, pela ênfase de mandar para a mesa o orçamento ou de pedir o copo de água aos contínuos” (in Dom Carlos, o Martirizado).  Mais, Ortigão esclarecia que a sociedade ia sendo “lentamente, surdamente, progressivamente contaminada pela mansa e sinuosa corrupção política (…) a indisciplina geral, o progressivo rebaixamento de caracteres, a desqualificação do mérito, o descomedimento das ambições, o espírito de insubordinação, a decadência mental da imprensa, a pusilanimidade da opinião, o rareamento dos homens modelares, o abastardamento das letras, a anarquia da arte, o desgosto do trabalho, a irreligião, e, finalmente, a pavorosa inconsciência do povo”.

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As loiras devem poder comprar carros? Faça-se um referendo!

A propósito do casamento «gay», diz a nossa leitora Helena Romão no Facebook:
Já agora, de passagem, aproveitavam e referendavam se as pessoas loiras podem comprar carros. Assim como assim, uma compra também é um contrato e a cor do cabelo é uma característica pessoal como outra qualquer…
Eu, por exemplo, acho que os loiros e loiras deviam andar só em carros alugados e não lhes devia ser permitido comprar carros. Porque é que acho isto? Porque gosto de ter opiniões parvas sobre coisas que não me dizem respeito.

Vá Tomar Um Cimbalino Onde Lhe Apetecer

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POR 4 EUROS MAIS O PREÇO DO CAFÉ
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, vá com a companhia aérea mais barata do mundo, e volte quando quiser. Por quatro euros pode voar para cerca de quatrocentos destinos diferentes, só mesmo para tomar um café e voltar.
Ofereça a si mesmo uma extravagância. Vá tomar um cimbalino e volte.

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Referendo sobre casamento homossexual

Dado o apoio do BE e do PCP à iniciativa do PS, é óbvio que não vamos ter referendo. O que é curioso é que, nos últimos anos, tem sido na ala Esquerda onde tem havido mais controvérsias acerca de referendos. No caso do aborto o PCP queria que fosse o Parlamento a resolver a situação, com o PS e o BE a defender a consulta popular; na Constituição Europeia, foi o PS (com o apoio do PSD, é um facto) a escusar-se ao referendo, com o PCP e o BE a defender o referendo; agora no casamento homossexual é o PCP e o BE, ao lado do PS, a obstar à pronúncia popular.

Parece-me curioso que a ala política que mais reivindica poder para o povo, que tanto apregoa a participação popular, tenha esta visão tão “conjuntural” acerca do referendo.

Calúnia

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NÃO SE ADMITE
.a bola
Coitado do jornal «A Bola».
Imaginem que os jogadores do clube campeão Nacional, resolveram cortar relações com esses senhores. Não os querem ver nem pintados e ouvir, nem por sombras. E tudo porque os senhores que se dizem jornalistas e escrevem nesse jornal, escreveram ontem coisas que deverão ser calúnias. Assim, com este corte de relações, o jornal vai perder vendas e ainda acaba falido.
Na realidade não acredito que pessoas tão isentas como o serão por certo esses jornalistas, tenham escrito coisas, falseando a verdade. Os jogadores do clube azul e branco, deverão estar enganados. Os acontecimentos narrados terão sido mal interpretados pelos jogadores e bem descritos pelos jornalistas. Só pode ser! Os jornalistas são pessoas correctas e os jogadores uns mentirosos que só querem limpar o seu nome.
De qualquer forma, e por via de dúvidas, não vou mais comprar esse jornal, o que me não fará diferença alguma já que nunca o fiz. Esse tipo de jornais, não entra, por norma, nos meus hábitos literários.

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