«PCP junta-se ao BE e vota contra proposta de OE tal como está».
Censura está de regresso 49 anos depois de Abril
A Assembleia da República, com os votos a favor do PS, exceptuando 4 deputados, do Bloco de Esquerda e do PAN, aprovou a primeira Lei de censura após 49 anos de liberdade de expressão que o 25 de Abril nos concedeu.
Apelidaram a Lei n.º 27/2021 de Carta Portuguesa de Direitos Humanos na Era Digital, não curando saber que a internet foi o maior passo que demos para a liberdade de expressão em todo o mundo, mesmo para os opositores nas ditaduras, uma vez que ela não se circunscreve à liberdade dos jornalistas!
A liberdade de expressão é uma dos Direitos constitucionais e é protegida pelo Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas, que transcrevo:
“Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão.”
Repare-se que não [Read more…]
XII Convenção do Bloco de Esquerda: Justiça na Resposta à Crise
Realizou-se este fim-de-semana, em Matosinhos, a XII Convenção do Bloco de Esquerda.
Depois de quatro anos de “geringonça” e de acordos firmados à Esquerda com o Governo do Partido Socialista e depois de mais quase quatro anos de oposição a um Governo teimosa e prepotentemente minoritário do mesmo partido, o Bloco de Esquerda reuniu-se a Norte para aferir o pulso aos seus militantes e à sua direccção. Catarina Martins, apesar de algo contestada interiormente, venceu e parte assim para pelo menos mais dois anos à frente do partido.
Mas vamos ao fundo da questão. Depois de quatro anos em que o objectivo foi, em conjunto com o PCP e com o PS a governar, reverter a maioria das medidas da Troika, o PS partiu para as eleições de 2019 a apostar em dois trunfos: um, o primeiro, o da maioria absoluta; esperança acalentada até ao fim, tratada como tabu publicamente, mas objectivo premente nas hostes internas; o outro, menos significante para António Costa e Cª, a da continuação dos acordos à Esquerda. Contudo, findado o acto eleitoral de 2019, decidiu o PS governar sozinho, minoritariamente, julgando que podia ceder à Esquerda e à Direita quando melhor lhe conviesse, arregimentando, assim, votos de um lado e do outro, e secando a oposição. Podemos dizer, ainda assim, e tendo por base as sondagens que têm vindo a público, que a estratégia do Partido Socialista não tem saído, de todo, furada – mas, neste ponto em concreto, teríamos base para outro texto.
Fazendo jogo duplo, julgou o PS que, chegada a hora da votação do Orçamento de Estado, tudo se decidiria sem sobressalto. Enganou-se. Para o OE’21, o Bloco de Esquerda insistiu num x número de medidas – que, diga-se de passagem, nem eram todas quantas o partido idealizaria -, entre as quais o reforço do SNS (através da contratação de mais profissionais, sejam médicos, auxiliares ou enfermeiros), a reversão das medidas do Governo PSD/CDS, impostas pela Troika, no que diz respeito à Lei Laboral, e um aumento da rede de protecção social, para prevenir o desemprego e ser possível responder ao aumento anunciado do mesmo, face à situação pandémica. A nenhuma destas propostas atendeu o PS, preferindo, todavia, ceder noutras matérias propostas pelo PCP e contar com a abstenção dos comunistas (e do PAN). Teve azar, o Partido Socialista, pois no Bloco de Esquerda nunca nos contentamos com pouco. Mesmo quando o contexto é mais apertado e complicado, sabemos é que é possível ir mais além e conceder mais a quem trabalha. Ao contrário do PS, não está o Bloco de Esquerda, (bem ou mal, dependendo do espectro político e dos valores ideológicos de cada um) preso às imposições neo-liberais da Comunidade Internacional, encabeçadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América. Está, isso sim, interessado o BE em dar mais condições a quem trabalha, a quem está à margem, a quem não vê reconhecidos os seus direitos nas áreas do trabalho, da educação, da saúde ou da segurança social. E isso basta-nos para sabermos dizer “não” às pretensões do PS de colonizar a Esquerda. [Read more…]
O candidato é da Iniciativa Liberal, o discurso é do Chega
Como em qualquer partido, existe, no IL, gente boa e gente menos boa. Pessoas honestas e trafulhas. Gente trabalhadora e parasitas sociais. Pessoas verdadeiramente liberais e aspirantes a tiranetes, para quem o liberalismo se resume a pagar menos impostos e a impor uma selva económica onde impere a lei do mais forte, restando ao mais fraco o tradicional “desenmerda-te”.
Não sei em qual das categorias se insere o candidato da IL à CM de Viseu, se é que em alguma, mas sei isto: alguém que se refere às suas adversárias políticas como “as mal fodidas das fachistas feministas de género” não fala o idioma do liberalismo. Fala o da extrema-direita. E não, não se trata de um caso isolado. Não é a primeira vez que Fernando Figueiredo usa este tipo de discurso onde o ódio, a misóginia, o insulto e/ou a javardice em bruto andam de mãos dadas. Talvez por isso a sua conta no Twitter tenha sido desactivada. Porque se o candidato é da Iniciativa Liberal mas o discurso é do Chega, não estamos apenas perante uma incoerência. Estamos perante uma fraude ideológica. Ou, quiçá, perante uma tendência que vamos vendo um pouco por toda a Europa, protagonizada por autocratas que desprezam a liberdade e a democracia, mas que não deixam de servir os interesses económicos da elite que nos comanda. Liberais na economia e fascistas – assim mesmo, com “sc” – nos costumes.
É por estas e por outras que o MEL tem tudo para correr bem. Em particular para André Ventura.
Quando o mentiroso é ideológico
«No dia das mentiras, no esquerda.net foi lançado um artigo fiel à identidade do Bloco. O texto é de Bruno Maia, médico neurologista. Também é ativista, claro está. O que podemos ler neste texto é mais uma mentira e uma tentativa de colar os liberais a regimes ditatoriais.»
No preâmbulo do seu último artigo aventaresco, o meu colega Francisco Figueiredo decidiu ir pelo caminho da lama. Tendo o Francisco, como bom liberal que é, uns Stan Smith brancos calçados, desaconselharia o caminho lamacento, envolto em pó e poeira, pelo qual os liberais tanto gostam de caminhar. Desaconselho, por duas razões:
1 – O liberal Francisco Figueiredo não entendeu o texto que leu;
2 – Ao não o entender, mesmo assim, sentiu-se tocado pelas “mentiras de sempre sobre liberais”, cito, e, por tal, enfureceu-se escrevendo um rol de disparates ideologicamente mentirosos.
Vamos a factos. No seu artigo, lançado no primeiro dia de Abril, Bruno Maia, médico neurologista, intitulado “A ideologia liberal é antiga”, faz uma analogia entre o que hoje defendem os neo-liberais para a saúde (e basta consultar programas dos partidos para o aferir) e o que defendia e praticava o Estado Novo. O que defende, então, o Iniciativa Liberal para a saúde? “Queremos mais liberdade para decidir onde queremos ser tratados.”: é o mote do partido para a sua defesa do reforço dos privados e o enfraquecimento do Serviço Nacional de Saúde; diga-se, é essa a proposta do IL: reforçar o capital, aumentar os custos e deixar morrer, aos poucos o SNS, mantendo-o magro e em serviços mínimos (sim, os Mr. Burns da política dir-vos-ão que não, que o objectivo será manter um SNS de serviços mínimos que garanta aos pobres o seu acesso e, por outro lado, dar mais autonomia aos privados – aqui, dir-vos-ão que o objectivo é que mais gente tenha acesso ao privado). Dado o mote, o partido discorre meia dúzia de medidas que acha necessárias para alavancar a saúde que defendem. Passo a enunciar um par delas: [Read more…]
22 anos de Bloquismo
Este fim-de-semana, o Bloco de Esquerda comemorou 22 anos. É um dos maiores partidos e tem uma importância incontornável na nossa História. Infelizmente, é pelos piores motivos. Há 22 anos, nasceu um partido que viria mobilizar pessoas pelas piores características que o ser humano tem: o ódio e a inveja.
A extrema-esquerda ganhou mais forma e está mais do que normalizada, o que é um mérito do Bloco, verdade seja dita. Normalizamos um partido com um espírito antidemocrático. O Bloco é o partido que facilmente critica instituições enormes que promovem a paz, mas que não consegue criticar organizações terroristas. O Bloco é o partido que faz manifestações contra Estados de outros países, mas que não se revolta com ataques ao Estado de Direito de quem lhes deu a mão. O Bloco é o partido que relativiza assaltos a bancos, mas que condena de forma veemente um momento asqueroso de um adversário político. O Bloco revolta-se facilmente, e bem, com atitudes de um ex-presidente dos EUA, mas pouco se indigna sobre bombardeamentos quando muda a pessoa. O Bloco quer policiar pensamentos, no entanto faz manifestações pela liberdade artística de um rapper espanhol. [Read more…]
Notas sobre as Presidenciais 4: a esquerda identitária no divã
Esta nota poderia chamar-se “o Bloco de Esquerda e a ala esquerda do PS no divã”, até porque o PCP, não sua ortodoxia conservadora, é um partido com uma matriz ideológica e programática muito diferente da restante da esquerda, mas este é um problema que não se resume à esquerda partidarizada, mas também ao eleitorado flutuante que, sendo de esquerda, não tem uma lealdade partidária cristalizada.
Quando o Bloco surgiu, alguns já não se lembrarão, teve uma entrada ainda mais fulgurante no panorama político português do que o Chega, num tempo em que não se arregimentavam pessoas nas redes sociais com dinheiro, marketing e algoritmos, mas com propostas concretas e contactos nas ruas, nas empresas ou nos fóruns culturais. Na eleição de 1999, ano de fundação do Bloco, o partido elegeu dois deputados para a Assembleia da República e o foco estava nas grandes questões que verdadeiramente interessam aos excluídos, aos revoltados e aos esquecidos pela macrocefalia lisboeta: rendimento, desigualdade, emprego, acesso ao elevador social. E sim, também lá cabiam outras causas, também elas importantes e estruturais, como o combate ao racismo e à xenofobia, os direitos da comunidade LGBT, o feminismo e outras causas mais identitárias. [Read more…]
Menos combate ideológico
[Francisco Salvador Figueiredo]
A efectiva e ineficaz aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 e o direito de contatar
It’s pretty much what I said before.
— Noam ChomskyWith the communicative paradigm, it has been recognised that the goal of getting foreign/second language learners to have perfect pronunciation may be unrealistic and inappropriate (Jenkins, 1998). Instead, it has been suggested that the goal in teaching pronunciation should be “intelligibility” (Kenworthy, 1987) and “communicative efficiency” (Harmer, 1993).
— Gölge Seferoğlu
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O Acordo Ortográfico de 1990 é efectivamente (ou seja, de facto) aplicado assim:
Isto é, o Acordo Ortográfico de 1990, de facto (ou seja, efectivamente), não é aplicado — se fosse aplicado, perder-se-ia o brilho desta habitacção:
Quanto ao sítio do costume, continuamos sem novidades:
Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.
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A camarada Isabel Vaz e o barulho que o Bloco faz
Isabel Vaz, CEO da Luz Saúde, insurgiu-se recentemente contra a influência do Bloco de Esquerda. Segundo a gestora, que mostrou desagrado com o barulho que o Bloco faz, apesar do seu reduzido peso eleitoral, Portugal é “um Estado que é controlado pela Catarina Martins”. Bons velhos tempos em que o CDS era o único partido de expressão eleitoral reduzida, que fazia barulho e a ocasional chantagem sobre um qualquer Passos Coelho, com vista a promover o líder a vice-primeiro-ministro. [Read more…]
PNR: poderá o líder de um partido inconstitucional ameaçar quem quiser sem consequências?
Lembram-se daquela vez que um grupo de militantes do Bloco de Esquerda marcou uma “manifestação” à porta da sede do PNR, com o objectivo deliberado de intimidar os pobres apreciadores de suásticas?
Lembram-se daqueles deputados do PNR que foram ameaçados de morte por dirigentes bloquistas?
Não lembram porque não aconteceu. O monopólio da violência política grunha está todo nas mãos de tipos como este. E já é tempo de cumprir a Constituição da República Portuguesa e ilegalizar este partido violento. Não pode valer tudo.
JM Branco: “Não vemos malta do povão, da ferrugem”
José Mário Branco no Jornal i sobre o Bloco:
“Burguês?
Com certeza. Não vemos malta do povão, da ferrugem. É preciso procurar muito bem um operário do Bloco.“
Os precários e os desempregados, dois dos principais setores da sociedade que mais sofrem, são um mar de gente no Bloco, quer entre os simpatizantes quer entre os aderentes. Enchem o Bloco de baixo para cima. Entre os quadros eleitos do Bloco, mesmo entre os mais mediáticos, a precariedade laboral é praticamente a regra. Quem conhece bem o Bloco, quem frequenta as suas concelhias da pequena à grande cidade sabe que desempregados e precários é mato.
Não, o Bloco não tem tantos operários como o PCP, é verdade. Mas o Bloco está muito mais implantado entre os setores da pobreza mais profunda do país. Alguns destes setores, o PCP tem vergonha de representar (este bitaite do J.M, Branco é muito colado ao que ouvimos do PCP quando critica o Bloco), como os beneficiários do RSI, as etnias minoritárias e os que nada têm e nada recebem (que não são assim tão poucos). O Comité Central do PCP tem muitos preconceitos sobre estes setores, muitos militantes até revelam em conversas informais que se tratam de malandros, ouvem-se mesmo comentários racistas. Mas o mais chato é que estes setores não são nada práticos para o PCP, não entram bem nas caixinhas controladas pelo Comité Central, nos sindicatos e nas organizações profissionais com e sem ferrugem. [Read more…]
O que tem o caso de Ricardo Robles de diferente dos outros
O que tem de diferente é que Ricardo Robles é do Bloco de Esquerda. E um membro do Bloco de Esquerda não podia fazer o que ele fez.
Perguntar-me-ão se um político de Esquerda não pode ser rico só porque defende maior igualdade social, defende os mais carentes da sociedade e ataca os males do capitalismo. Pode, claro, desde que consiga fazê-lo à custa do seu trabalho e não através de esquemas que ele próprio condena publicamente enquanto político.
Como cidadão, Ricardo Robles tem todo o direito de fazer especulação imobiliária, já que a lei o permite. Não pode é fazer especulação imobiliária enquanto, ao mesmo tempo, abre a boca nos comícios contra essa mesma especulação. Demitiu-se pressionado pelos acontecimentos quando nem sequer devia ter aceite o cargo a que concorreu nas últimas eleições.
Para o bem da Esquerda, espera-se que a carreira política de Ricardo Robles tenha terminado aqui. Pode sempre continuá-la no PS, onde se sentirá como peixe na água e onde ninguém o criticará por fazer o contrário daquilo que diz. Onde ninguém achará estranho que enriqueça à custa de cenas manhosas, despejos de senhorios com despedimentos por arrasto e ganhos imobiliários pornográficos em apenas quatro anos.
No PS, no PSD, no CDS… – afinal, é o que esses partidos têm feito, sem qualquer complexo de culpa, desde o 25 de Abril. Quanto ao Bloco de Esquerda, infelizmente, começo a temer que seja igual aos outros.
Não o é, claro. Mas se calhar porque nunca esteve no poder. Dêem-lhe umas décadas a mandar e verão se não se torna igual aos outros. Com o caso da Anita de Salvaterra de Magos, nem foi preciso tanto tempo. É azar que a titular da única Câmara Municipal do Bloco de Esquerda tenha sido acusada pelo Ministério Público de corrupção, com ajustes directos pelo meio, mas é um sinal. [Read more…]
Incêndios: Bloco de Esquerda arrasa Governo
“Incompetência do Governo não pode encontrar justificação na meteorologia”
“Sabemos que as condições meteorológicas constituem uma variável importante no número de ocorrências de fogos florestais, mas não é legítimo responsabilizar apenas as condições meteorológicas como o Governo está a tentar fazer”, avançou. Para o dirigente bloquista, “a incompetência do Governo não pode encontrar justificação na meteorologia”.“Sabemos que a região sul da Europa e Portugal têm condições da floresta e meteorológicas propícias para a deflagração de incêndios, mas compete a um Estado competente colocar um dispositivo no terreno que permita contrariar os efeitos, tanto ao nível do ataque directo como da prevenção”, salientou o membro da comissão permanente do Bloco.“Não se conhecem deste Governo políticas florestais nem políticas de prevenção para a florestas”, acrescentou, sublinhando que, pelo contrário, o executivo tem apostado na liberalização do eucalipto e no ataque aos baldios, com a recente revisão da legislação.
O amigo de António Costa, os 13 ajustes directos da sua sociedade de advogados e os «velhos hábitos» do PS
Há alguns anos, António Guterres celebrizou a expressão «no jobs for the boys».
Não passava, como vimos, de um daqueles lugares-comuns que os políticos gostam de cuspir em véspera de eleições. A verdade é que, nos primeiros 6 meses, a picareta falante nomeou quase 5600 pessoas (quase metade para os gabinetes ministeriais) e chegou ao fim do mandato com um número de nomeações que nem José Sócrates nem Passos Coelho conseguiram atingir.
São os tais «velhos hábitos» do PS de que Catarina Martins falou ontem. «Velhos hábitos» que, como lembrou, são extensíveis ao PSD. Aliás, a reacção do anterior primeiro-ministro ao falar de Diogo Lacerda Machado é de uma hipocrisia notável, como se ele não tivesse feito igual ou pior. Mas o pessoal da Geringonça não é melhor. Vir criticar as declarações de Passos Coelho sem uma palavra que seja para criticar o PS nesta questão é ainda mais notável.
Quanto ao amigo do primeiro-ministro, é mais do mesmo. Primeiro, começou por representar o Estado sem qualquer vínculo nem retribuição e apenas pelo facto de ser… amigo do primeiro-ministro. Depois, lá vieram os tais dois contratos no valor de cerca de 30 mil euros. E agora, prepara-se para ser nomeado administrador da TAP depois de ter participado na solução negocial que está em vigor.
Pelo meio, vemos que a sociedade de advogados de que faz parte, a BAS, já recebeu quase 876 mil euros + IVA em 13 contratos de ajuste directo com o Estado desde que António Costa tomou posse como primeiro-ministro. Lá está, os amigos são para as ocasiões. [Read more…]
Um enorme embaraço para PCP e Bloco
Não votei no PS mas votaria de boa vontade num projecto que envolvesse, em regime pré-eleitoral, uma aliança entre os três partidos que hoje concertam posições na Assembleia da República. Se é para estarmos sob chantagem da Europa, reféns do terrorismo financeiro, antes um governo que garanta alguma dignidade aos portugueses do que uma caranguejola de sabujos da precaridade, a salivar por mais empobrecimento e pelo desmantelamento do Estado Social.
Agrada-me particularmente que esta aliança não tenha descaracterizado os partidos que a constituem, em especial PCP e Bloco, que não deixaram de colocar o executivo de Costa contra a parede sempre que tal se exigiu, sendo o caso mais recente aquele que envolveu a tentativa de descida da TSU como moeda de troca para o aumento do salário mínimo. Ao contrário deste PSD, com a sua espinha dorsal de caracol, PCP e Bloco sempre foram contra tal possibilidade e, porque não são um CDS oportunista, assim se mantiveram. A medida foi chumbada, Costa apresentou um plano B e a questão parece agora resolvida. [Read more…]
Mais um Passo(s) para delapidar o PSD
Há 4 anos atrás era a favor. Há um mês atrás era a favor, de acordo com que o foi referido por um dos seus vices. Até a obsoleta Rádio Renascença deu com a marosca.
Hoje é contra, curiosamente, contra.
A questão é antiga mas ao mesmo tempo reveladora da desorientação geral em que vive nestes dias a liderança do PSD. Sem rumo político, quer no plano nacional quer na preparação das ansiadas autárquicas (nas quais, o PSD como histórico leader nacional e máquina caciquista que é pode estar à beira de um total e redondo colapso, colapso que certamente modificará muita coisa dentro do partido) com uma liderança de navegação à vista nos últimos meses, cheia das habituais posições modificadas, de ideias que oscilam entre o barato da feira da ladra e o horrível surreal e de uma choradeira sem fim (“porque fomos nós que ganhámos as eleições, pá”) aliada a uma desorientação colectiva no que diz respeito à preparação do acto eleitoral que se avizinha, denota-se a largas vistas que Coelho deu mais um Passos para a desgraça na questão do descida da TSU para as empresas caso a esquerda leve a medida lavrada na concertação social a votação na AR.
À atenção do Bloco e do PCP
A Ana Moreno, no seu esforço hercúleo e permanente para alertar e denunciar os perigos do CETA e do TTIP, voltou ontem à carga:
Já dizia o outro: não te preocupes, está tudo bem. Que interesse têm dois tratados aborrecidíssimos, para os quais nos estamos nas tintas, e sobre os quais ninguém fala? Não devem ser assim tão importantes. Se fossem haveria mais debate, mais alertas. Mas alguma vez uma multinacional poderá processar um Estado pelas perdas de lucros geradas por algo tão simples como o aumento do salário mínimo nacional? Isso são disparates de teóricos da conspiração. [Read more…]
Mais uma mentira descarada (e conjunta) do SOL e do I
Ainda que se venham a retractar, este tipo de lixo jornalístico proliferará pela internet, transformando-se em verdade absoluta para uns quantos, os tais que condenam violentamente o Bloco por não aplaudir o monarca espanhol ao mesmo tempo que assobiam para o lado quando o PSD falta às comemorações da Restauração da Independência. Fica o comentário, objectivo e absolutamente claro, da Uma Página Numa Rede Social. Lembrem-se disto da próxima vez que os abutres vos bombardearem com o discurso imbecil da imprensa controlada pela esquerda. [Read more…]
O fim do Bloco e outras “zandinguices” de João Marques de Almeida
Para um tipo que tem uma licenciatura, um mestrado e um doutoramento em Relações Internacionais, para além de ter leccionado e investigado na mesma área, João Marques de Almeida aparenta ter sérias lacunas analíticas. Pelo menos neste caso. Ou então é um daqueles que vende a honestidade intelectual por meia-dúzia de patacos. Talvez seja do ar que se respira na redacção do Observador ou, quem sabe, o facto de ter estado tempo demais exposto a Durão Barroso, de quem foi assessor. [Read more…]
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