Malchik (“Menino”, em russo) tem uma estátua na estação de metro de Mendeleyevskaya, em Moscovo. Era ali que vivia e foi ali que morreu, assassinado. Era um cão rafeiro, de pêlo negro, e viveu na rua até procurar refúgio na estação. Tornou-se conhecido dos utilizadores do metro por guardar a estação do ataque de outros cães e afugentar os bêbedos que provocavam desacatos. Quem passava por ali todos os dias deu-lhe um nome, fazia-lhe festas, levava-lhe comida.
Estima-se que vivam nas ruas de Moscovo cerca de 35 mil cães. Destes, cerca de 500 vivem nas estações de metro, um número impressionante se tivermos em conta que a cidade conta com um total de 200 estações. E entre estes, um número reduzido, aí uns 20, usa o metro para deslocar-se na cidade, um feito notável e que tem chamado a atenção dos estudiosos do comportamento animal. Imaginem um cão capaz de usar escadas rolantes, de escolher a linha de metro e a estação em que deve sair. Que não se assusta com o ruído da locomotiva, com a hostilidade do ambiente, que, seja pelo cheiro ou porque reconhece o nome da estação quando pronunciada pelo aviso sonoro, ou ambos, consegue orientar-se no labirinto subterrâneo. [Read more…]
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